quinta-feira, 24 de agosto de 2017

THUYA OCCIDENTALIS

            





Thuya Occidentalis, Thuya do ocidente ou Thuya do Canadá, é uma árvore resinosa da família das Coníferas. Originais da Virgínia e do Canadá onde foi importado pela França no século XV e é cultivado em Jardins como planta ornamental.
Árvore sempre verde, medindo até 15 m de altura, folhas aromáticas, flores brancas, pequenas, frutos ovoides, originária da América do Norte e aclimatada no Brasil, sendo cultivada em Jardins, como ornamental.
Apresenta pequenas calosidades como ervilhas nas folhas e na casca. Existem registros de espécies gigantes com até 50m.
Tintura mãe é feita à partir de folhas amarelas colhidas no inicio do verão e maceradas em álcool.
Thuya é uma resinosa, da família das coníferas, produzindo resinas de cuja destilação extrai-se essências, e o resíduo destas destilações sendo o alcatrão. Sabemos que o alcatrão é cancerígeno. Outros medicamentos derivados do alcatrão como Pix líquida e o Kreosotum, são úteis em certos cânceres.
A mentalidade analítica que reina em nossa época, desenvolvendo insensatamente as vacinações, intoxicando o sangue de todos para evitar as doenças em alguns, multiplicando desmedidamente a sicose, multiplicando assim os cânceres de longa distância extremamente agressivos e silenciosos.
No ano de 1804 em Torgau, Hahnemann recebeu em seu consultório um sacerdote com uma queixa de corrimento uretral inexplicável, deixando uma série de dúvidas e questionamento, pois o quadro era idêntico ao da blenorragia.
Hahnemann com seu olhar atento, observou-o mais de perto para entender o enigma.
Todas as manhãs o padre lia seu breviário numa alameda perto da casa paroquial e então, ele arrancava folhinhas aqui outra acolá de cedro branco(uma planta conífera, a Thuya Occidentalis), e mastigava enquanto fazia suas orações. Hahnemann estabeleceu uma relação de causa e efeito passando a utilizá-la como um grande medicamento das infecções genito-urinárias.
Revela-se um medicamento que age na totalidade da economia, com uma profundidade sintética escapando totalmente ao espírito analítico da escola oficial.(Hod)
INTOXICAÇÃO:                                                                                                                 
Estudos etnofarmacológicos relatam o uso da Thuya no tratamento de reumatismo, hemorroidas, inflamação das gengivas, pólipos uterinos e nas verminoses. É indicada externamente para eliminar verrugas e tecidos esponjosos. Possui propriedades imunoestimulantes, antiviral, adstringentes, diaforética, calicita, e abortiva.

Por ser uma planta que cresce as margem dos rios, é possível entender o caráter marginalizado dos indivíduos que sofrem de Thuya, pois temem o convívio com os outros, devido ao “medo” que carregam que seu segredos sejam descobertos.

Compensar no alimento a carência de amor.
Thuya Occidentalis tende a alterar a constituição sicótica mudando o terreno no qual a doença se desenvolve. Combate a toxina gonocóxica, seu poder em combater a retenção líquida, ajuda no combate aos maus efeitos da vacina.
Duprat, no seu tratado de Matéria Médica, escreveu: “O gênio de Thuya exprime-se no seu possante poder sicógeno, produtor de figos e verrugas. Ele corresponde ao quadro clínico da sicose crônica, de origem gonorreica ou vacinal, adquirido ou hereditário, com suas manifestações hidrogenoides catarrais espessas, suas hipertrofias do tecido linfoide, seus fenômenos nevrálgicos e neuríticos da mesma natureza, ou favorecidos pela umidade.(Hod)
Grauvogl diz que a toxina gonocócica afeta o organismo humano produzindo alterações profundas em certas constituições, classificando de hidrogenóides, quer dizer, que retém muita água em seus tecidos. Alguém com esta constituição oferece um terreno maravilhosamente preparado para a infecção gonocócica que após ser contraída, o doente fica predisposto a desenvolver a diátese sicótica.
Nas pessoas com a constituição hidrogenóide, a sicose age de maneira particularmente nefasta pois para eles, a vacina se torna muito mais perigosa do que ela já é, deixando traços crônicos profundos.
Kent escreveu que Thuya Occidentalis é um medicamento extremamente enérgico para combater consequências deploráveis da vacinação.
O gênio do medicamento Thuya occidentalis, corresponde essencialmente a um estado crônico atingindo toda a economia. Deste estado, Hipócrates já fazia menção, mas o espírito analítico que reinou depois de galeno a negligenciou e caiu no esquecimento. Este estado no seu estágio evolutivo caracteriza-se pelo aparecimento, principalmente na pele e mucosas, mas também em certos casos, não importa que parte do corpo, de verrugas, figos, pólipos, condilomas, e mesmo tumores benignos ou malignos, que são a assinatura de uma alteração constitucional subjacente, dos “humores” do organismo. Se é um estado fácil de reconhecer quando as excrescências estão presentes, por outro lado, é muitas vezes difícil de estabelecer antes do seu aparecimento. Este estado existe muito tempo antes, evolui durante longos anos, e o tumor não é senão o resultado da alteração profunda dos humores. Hipócrates já o havia compreendido, mas não descobrira as causas.

O papel antisicótico de Thuya, age de uma maneira especial sobre o sistema nervoso; além dos sintomas particulares da mente encontrados em sua patogenesia. Age sobre as glândulas, provocando dores agudas e dilacerantes, principalmente nos ovários.

Características Físicas
Sua face possui pele brilhante e gordurosa ou seca e descamada, abundante de cravos e acnes. O queixo e o sulco nasolabial apresentam uma vermelhidão característica muito acentuada, no qual a pele é luzida e vermelha. Na fronte, na base do nariz, até o meio da fronte, no alto e nas sobrancelhas de cada lado há vermelhidão eczematosa. As rugas são muito pronunciadas. As pontas das sobrancelhas estão comidas. Sobre as pálpebras frequentemente aparecem terçóis e calázios. O corpo apresenta pele gordurosa, cabelos secos e quebradiços, crescendo lentamente sem força e sem brilho caindo muito. Apresenta também, películas e crostas  descamativas, secas e caspas brancas no couro cabeludo. As orelhas se inflamam, supuram apresentando pequenos pólipos. As unhas são frágeis, racham e quebram facilmente.
É um indivíduo com mau humor e tristeza, emotivo, principalmente quando ouve música, podendo chorar e ter tremores. Com tendências a ideias fixas, que um estranho está a seu lado; que na rua o perseguem ou alguém anda do seu lado; que a alma e o corpo estão separados ou tem alguma coisa viva no seu abdome; que o corpo é de vidro frágil e ao menor toque pode quebrá-lo.


Simbolismo:
Deus, o arquétipo, é alado, a alma criada a sua imagem possui suas próprias asas. Se o homem se afasta de Deus pelo pecado original, perde também suas asas; se retorna, as obtém de novo”(Gregório de Nise)
“Caminhar é realizado com extrema facilidade; sente como se de seu corpo nasceram asas; ela corre muitas milhas num tempo incomumente curto e com inusitado alto espírito”. (Hahnemann).
“Os pés são o símbolo da alma. As asas representam a espiritualidade, imaginação e pensamento”. (Circlot). (Roger)
Chevalier fala do simbolismo das asas: “Traz consigo sempre a noção geral de ligeireza espiritual e elevação da terra ao céu”.(Cataldi.)
“Luz tremulante que lhe dificulta a visão. Fantasiosos escrúpulos de consciência com uma sensação precisa como se lhe viessem do interior do abdome para o coração. Coração e abdome estão simbolizados na caverna. O coração é o bom, o bondoso, o amoroso e o maternal; o abdome é o instintivo, o mau. Sensação dos órgãos caídos: sua queda como anjo; a queda em sua animalidade, não pode diferenciar o Bem do Mal; não saiu da caverna para poder ver a verdadeira luz (separou-se do mundo)”. (Schaeffer).(Roger).
Thuya a árvore da vida, que habitava o paraíso, num contexto religioso, associa a pessoa com a penosa carga de um pecado inominável. (Cataldi).
Desprezo de sua condição humana, da relação corpo e alma; quis ser essência pura, mudar de hierarquia, foi contra sua natureza, contra sua existência corpórea, contra si mesmo e sua identidade. Homocentrismo, quis converter-se no centro do mundo; soberba; egocentrismo brutal, egoísmo, portanto o castigo seria perder a vida. Perda de sua imagem de Homem; ao invés de ir para cima, foi para baixo; perda da lucidez, perda da ligação corpo alma. Castigo: sofrer as consequências da perda de sua condição humana, ao querer ser tudo, converte-se em nada. (Eizalde)

“Um indivíduo que teve uma blenorragia muito rapidamente cortada, ou um vacinado cuja vacina não supurou, quer dizer, cujo vírus passou para o sangue sem produzir o estado de supuração eliminador. Percebo na sua anamnese, que desde então, não passou bem de saúde. Fez erupções, enterite, asma ou toda a sorte de misérias. Evolui em seguida para um estado de anemia e de mau estado geral, mal definido e mais ou menos marcado. Quando evolui desta maneira durante 10 ou 15 anos, vai verdadeiramente declinar, com um aspecto anêmico, lábios pálidos e orelhas quase transparentes, cirroso e com toda a espécie de verrucosidades." (Kent, Filosofia Homeopática, cap.21. Ed. Organon)
O doente desmineraliza-se, os dentes enfraquecem, cariam e caem, a absorção de medicamentos à base de cálcio não modifica nada, pois não há fixação; desenvolve um reumatismo agravando seu estado geral ingerindo medicamentos alopáticos principalmente os corticoides.
Obesidade na adolescência onde se esconde na qual não se arrisca a se encarar, tendo uma dificuldade de se mostrar ao mundo sua nova identidade.
Desenvolve muitas vezes, um estado anêmico, que a escola oficial cura com ferro, extrato de fígado e vitaminas, atacando as “consequências”, sem observar a verdadeira causa. Quando aparece uma anemia insidiosa em um adulto, pensemos em seu estado sicótico; também nas afecções crônicas, diabetes, mal de Bright,etc, não devemos pensar somente no Syphylinismo ou Tuberculinismo, mas também na sicose.
Thuya emagrecida é desprovida de seu revestimento, despida, liberada de processos reacionais podendo acelerar tornando-se incontroláveis em dois níveis equivalentes: proliferação mental anárquica e destrutiva da realidade e a proliferação tissular anárquica e destrutiva da matéria.
Pensamentos invasivos e reiterativos ao redor de um tema, que se acompanham de erros sensoriais; por isso, são tão frequentes os transtornos ilusórios.
Toda intoxicação, crônica e profunda do organismo é suscetível de tocar o sistema nervoso criando irritação e dores, provocando um estado reumatismal, intoxicando os tecidos fibrosos, as serrosas articulares, e os músculos, tornando-os dolorosos.
Um outro aspecto do gênio sicótico é a obtusão da memória, dificultando a compreensão com incapacidade de falar. A dificuldade de Thuya de compreender o mundo das emoções; e com isso busca racionalizar tudo o que faz, mostrando uma característica comportamental de meticulosidade obsessiva, com ideias rígidas e absolutistas, podendo chegar ao sectarismo, dogmatismo e ao fanatismo e defesas cegas. Exagerado, extremista de suas convicções cheios de preconceitos. As ideias fixas de Thuya podem conduzi-lo à loucura.
Comportamento confuso, desorganizado, desordenado. Segue sempre o mesmo itinerário predeterminado .É desconfiado, provocador e intolerante à contradição. Muita preocupação com o futuro.
Emprega o engano para conseguir seus desejos e para encobrir suas debilidades. Dissimulado, isola-se evitando ver pessoas com aversão à companhia. Muito calado, esconde seus sentimentos, e seus verdadeiros pensamentos. Sempre nos cantos, longe de multidão, sempre faz as coisas em segredo, não demonstra seus sentimentos e vontades.

PSORA:
Tem a sensação junto com fantasia de haver cometido um erro, causando um medo tal que seu erro fosse descoberto. São pessoas que carregam dentro de si uma culpa. “Thuya é o medicamento da culpa”. Tirando a culpa aparece os sintomas reativos, sendo demonstrada sua culpa através do apuro, agitação e fantasia de que algo mal poderá lhe acontecer.

SICOSE:
Os indivíduos sicóticos elaboram suas aflições internas equivocadamente, camuflando os reais sentimentos, com soluções inadequadas, pois esconde sua verdadeira angústia.
É um indivíduo cheio de defesas, tanto orgânicas quanto mentais, ajustando-se nas diferentes situações.
Os indivíduos Thuya, equivocadamente elaboram disfarces de seus crimes com ardil da camuflagem, escondendo de qualquer forma sua culpa. Este comportamento psíquico cinde a personalidade tornando-se dissociada e dicotimizada. Esta dupla personalidade e ambivalência o leva a conflitos entre a consciência moral, a instintividade, a agressividade e a culpa.
Apresenta ilusões reportando-se à sua característica de ser dissociado: sente que tem a alma separado do corpo. Paradoxalmente, diz que possui o corpo pesado como pedra ou frágil e delicado como vidro. Relata estar sob influência de poder sobre-humano. Compreendemos seu comportamento dual como um recurso ou artifício para esconder suas falhas. Desta forma, desenvolve ora uma personalidade e ora outra, confunde o outro, disfarçando qual seria o verdadeiro culpado.
Ao mesmo tempo que alimenta ideias suicidas, possui fanatismo religioso, buscando na religião a anistia do criador aos crimes que supõe ter cometido, usando isso para aliviar o peso de sua consciência.



SIPHYLLINISMO:

Apresenta dificuldade de concentração e forte desalento, seus pensamentos desaparecem, perdendo-se em lugares conhecidos, com um forte desânimo pela manhã, onde chora ao ouvir música, falta de inclinação ao falar, tornando-se misantrópicos (defesas equivocadas).
Tem ansiedade de consciência, reprova-se, acredita ter feito mal, sente-se culpado chegando a crer que é um criminoso. A salvação de sua alma gera grande ansiedade.

GENERALIDADES:

No interior da boca, irritação viva. Afta sobre a língua e por toda a boca, apresenta tumores, gengivites crônicas.
Ânus fissurado, rodeado por verrugas chatas (condilomas), varicosas e úmidas. Constrição, comichão e queimação no ânus. Pólipos no reto. Hemorroidas inchadas, cheias de sangue, doloridas, ardentes, piorando ao sentar. Constipação crônica renitente. Dores violentas no reto: após serem parcialmente expulsas, as fezes voltam para o reto.
Congestão e inflamação dos rins com dores vivas na região renal. Inflamação na uretra e na bexiga. Pus na bexiga, paralisia da bexiga. Urina em jatos duplos.
Vagina e períneo há excrescências verrugosas. Condilomas, pólipos, tumefação dos grandes lábios, Prurido vulvar. Queimação na vagina. Grande sensibilidade na vagina impedindo o coito. Regras irregulares, adiantadas, fétidas, misturado com coágulos negros.
Pólipos e fibromas no útero.
Pólipos nas cordas vocais, rouquidão agravado pela manhã ou lendo.
Grande números de sintomas na pele: suja, gordurosa, com mau odor, manchas escuras disseminadas por toda parte. Suor abundante, viscoso com odor fétido. Verrugas em todo o corpo. Frieiras. Crescimento exuberante de pelos em partes inusuais. Herpes em qualquer parte do corpo.
Age em estados inflamatórios e ulcerosos, especialmente no aparelho genitourinário. Psoríase. Erupções papulovesicopustulosas e secreções espessas. Reumatismo(sente a carne violentamente arrancada dos ossos). Hipertrofias de amídalas e adenoides.
Thuya Occidentalis, um grande Policresto!


                                             
 Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata
Professora de Homeopatia




















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