quarta-feira, 16 de agosto de 2017








PHOSPHORUS

Phosphorus é um corpo simples da família dos metaloides, que extraímos dos ossos calcinados pelo processo de Scheele. Sólido, flexível, luminoso no escuro; é insolúvel na água ligeiramente solúvel no álcool, na glicerina, no éter, clorofórmio. O seu melhor solvente é o carbonato de enxofre.
A preparação de Phosphorus faz a partir de uma solução de fósforo com glicerina e álcool sendo a 1ª diluição é a de 1/1000 ou 3ª decimal.
Fósforo é o elemento químico não metal portador de LUZ sem calor. Possui LUZ própria amarelo-esverdeada. A luminescência é consequente à oxidação. O fósforo branco é facilmente INFLAMAVEL (60°C) e pode pegar FOGO espontaneamente. Através de um processo de EXPANSÃO o fósforo vermelho se transforma em fósforo branco. Tem grande afinidade e facilidade de estabelecer  combinação com outros elementos químicos. - PHOSPHORUS vem do grego:  PHOSPHOS + PHORUS (luz + carrego).           

O Phosphorus como elemento químico tem a característica de ser facilmente combinado com outros elementos químicos; possui uma grande afinidade e facilidade para estabelecer combinações.

Daí se depreende uma característica mental muito notável deste medicamento, deste personagem: é a grande facilidade que tem para relacionar-se com o meio ambiente e a grande sensibilidade dos estímulos que podem receber do meio.
Phosphorus  pode se apresentar como um indivíduo inteligente, vivo, sensível, artista, protetor, afetuoso, muito conectado, muito desperto e rápido.

Ou como um indivíduo podendo entrar num processo destrutivo, apático, desconectado, indiferente ou com ódio, com ressentimento e ataques ferozes; é o fósforo queimado, o que está destruído em sua intimidade.

Por outro lado, pode acontecer de termos um indivíduo Phosphorus ditador, prepotente, ambicioso, que acredita ser uma grande personalidade chegando a uma egolatria tão grande que se sente dois (dobrado).

Indivíduo de combustão acelerada e um grande desgaste; tendo uma grande necessidade de incorporar calorias de uma forma exagerada.
Phosphorus é tal qual a chama que se acende rapidamente, entra em combustão, se queima, e se esgota. Paschero dizia que o sujeito de Phosphorus é um sujeito que oscila entre a excitação, veemência, a cólera, a raiva, o afeto, a paixão e a depressão, a apatia, a indiferença. É como uma chama que se acende e imediatamente se apaga.




Temas: Luz/ Escuro/ Conhecimento/Desamparo/Fraternidade.

SIMBOLISMO:

                                
Todo medicamento que tiver um componente fosfórico traz algum problema com o CONHECIMENTO. Tem a problemática do CONHECIMENTO. Invejou ser o Espírito Santo, quis ser a essência do conhecimento, a luz. Pensem na imagem do  palito: acende  rapidamente, é consumido rapidamente. Queima: precisa de muita água para aliviar-se. Captação extra sensorial:  percebe coisas que mais ninguém sente. Na chama do fósforo detecta um campo magnético e  oscila com ele. Quando está apagado, é o mais frio que possa existir. Um paciente Phosphorus. “apagado” é diagnóstico diferencial de Sepia., a frialdade total. Todo medicamento que tiver um componente fosfórico traz algum problema com o CONHECIMENTO. Como Calcarea phosphorica que quer conhecer e transmitir a boa nova.



O tema de Phosphorus é a iluminação; não aceita que a forma mais elevada do conhecimento humano seja a intuição, aonde intervém a iluminação que Deus dá. Deus ensina-nos coisas de maneira direta, que por nossos meio levaria muito tempo para obter, ou nunca poderíamos obter. Phosphorus quis ser “O” conhecimento. O conhecimento é analógico de “luz”, e “luz” de “fogo”. Em seu anseio por iluminar Phosphorus se queima. E aí temos a outra imagem, o Phosphorus consumido, queimado. Em contraste ao calor anterior, impacta-se pelo frio. Antes de apagar-se, de consumir-se, de dizer “não, não posso iluminar ninguém, então me apago”, enquanto luta por ter a luz, o calor, a chama, sem necessidade de uma hipótese metodológica, temos Phosphorus na imagem do palito: acende imediatamente, queima, é muito  oscilante,  em perigo de ser apagado por uma causa externa – daí seu medo da morte. Não precisa de iluminação, ele  já está iluminado, por isso capta coisas que os não Phosphorus não podem captar. Já tem a luz, já tem o conhecimento. O fogo é  analógico de vida, amor. Daí todos os sintomas clássicos de Phosphorus. Um
Phosphorus com baixo nível cultural vai ter uma sensibilidade para outras coisas. Quantos Phosphorus não são bruxos, bruxos de verdade! O desconhecido deve ser diferenciado: há o absolutamente desconhecido, que por nossas propriedades sensíveis ou intelectuais, jamais poderemos conhecer, e aquelas coisas que certas pessoas podem chegar a conhecer, e que a maioria das pessoas não pode conhecer, porque carece daquelas capacidades. Há mistérios que Deus revela para aquelas pessoas que não têm a capacidade para conhecer, mas que outras pessoas, com determinadas condições, podem conhecer por si mesmas. Daí que temos uma revelação de tipo absoluto, quando Deus revela mistérios que nem a sensibilidade nem a  inteligência podem chegar a conhecer jamais. Como resumo, para ajudar no diagnóstico diferencial,  Phosphorus é “o conhecimento daquilo que está ao seu alcance”. Conhecimento intuitivo. E é apaixonado, porque leva em si a chama da luz do conhecimento. Capta coisas que os outros não captam, hipersensibilidade extra sensorial. Todos são IRMÄOS (Common Brotherhood). Interessa-lhe a possessão da LUZ e secundariamente ensinar.
                                                                                                                          
 Phosphorus se QUEIMA, Arsenicum se APODRECE e Natrium muriaticum SECA. Lycopodium quis ser o PAI, Veratrum album o FILHO e Phosphorus o ESPIRITO SANTO.

Considerações de Guy Loutan: Phosphorus tem a sensação de precariedade de sua existência: tem tanto medo da morte que poderia se suicidar; está perto da extinção: necessidade de magnetismo e de amor por alguém bom; é preciso sempre alimentar sua combustão através da comida, acalmar seu fogo através da bebida. Vive apenas das manifestações que recebe. Depende de laço amoroso para existir, sem os outros,
portanto, ele não é nada. Quando se torna indiferente, é por falta de resposta ao seu amor. Clarividência  que compartilha com os animais, magnetismo, excitabilidade e sensibilidade: ele tem um pé em um mundo e o outro em outro, que as pessoas não percebem: faces diabólicas que riem de seu sofrimento.
Apaixonado que se consome em fraternidade e ternura. Quer ser o coração dos outros, por quem ele existe. Gostaria de ter a luz do conhecimento, gostaria de ser a própria luz e não o reflexo, pois Deus é  belo e perfeito por sua luz. Pode também dar a impressão de viver através da sua hiper sexualidade, sendo uma grande dama ou a aurora boreal. Sensível à beleza que ele percebe, fica tenso entre o real e o mundo paranormal. A luz permite a vida orgânica, mas ele tem medo demais de morrer para dar a própria vida a um amor verdadeiro. (MS 85; AFADH I.89-MS.90) Adora o sol, rega as plantas, fica-se triste  com a sua dor! (Loutan, G. Répertoire de Thèmes et de Matière Médicale Dynamique, 2009).
                                                                                                                  







 Simbologia / Mitologia:


AURORA BOREAL é um fenômeno MAGNETICO.


POLEGAR é o símbolo da CONSCIÊNCIA. (o homem é o único primata que pode fazer uma pinça com a mão)


PROMETEU vem do grego: PRO + MANTHANEIN (antes + aprender, saber, perceber) - Prévidente. PROMETEU, benfeitor da humanidade, era primo de Zeus e o enganou em benefício dos mortais. Roubou uma centelha do FOGO celeste e o levou aos homens, sofrendo puniçäo terrível.
Foi acorrentado no Monte Cáucaso e uma AGUIA (abutre) enviada por Zeus, lhe devorava pedaços do fígado durante o dia, o qual voltava a crescer durante a noite. Foi libertado por Hércules que antes matou a águia. Prometeu representa o despertar da consciência. Ao redor do  fogo reuniam-se os homens primitivos, fazendo desse elemento um importante fator de sociabilidade.


LUCIFER - é o anjo que se rebelou contra Deus e carregou a LUZ da razão para o homem, para que eles fossem como deuses, conhecendo o bem e o mal (Gên. 3:5). Assim, a LUZ interna, como uma entidade mental conceptual na imagem de Lúcifer, o intelecto materialista, desperta os homens de um estado de infância, inocência inconsciente e paradisíaca, e exalta a si mesmo no  "Filho do Homem" a representar a mais alta e sublime força-princípio da consciência pessoal e universal. LUCIFER vem do latim: LUX + FERO (luz + levar).



Tem um sentido cósmico e universal, CONECTADO com tudo que o rodeia "Deus está em toda parte e eu estou em todos os seres humanos". Medicamento dos grandes ARTISTAS. É um apaixonado, um veemente; se exalta com tudo, não só com o amor. A COMPAIXÄO de Phosphorus é dada pelo amor que tem para os demais, pela sensação de comunidade com o todo. Phosphorus é tal qual uma chama que se acende rapidamente, entra em combustão, se queima e se esgota (E. Candegabe).
Os cinco núcleos fundamentais de Phosphorus säo: o medo da morte, o desamparo, a afetividade, a falta de confiança e a sensibilidade. (Z. J. Bronfman)

Phosphorus vive sua Psora com medo da morte, com sensação e PRESSENTIMENTO. Vive sua MINUSVALIA biológica com sentimento de DESAMPARO, sentindo falta de APOIO em todas as circunstâncias biopatográficas. Hiperexcitabilidade de todos os sentidos, CLARIVIDENCIA, INTUIÇÄO. Magros, frágeis, anêmicos, tendência a dobrar-se para frente, membros com  impressão de peso e disfunção muscular, é um fatigado que procura sempre apoio. (H. Stiefelmann )

Afetividade traço predominante da personalidade fosfórica, é naturalmente marcada pela ambivalência. Necessidade de ternura, frequentemente generosa, mas emanando uma personalidade frágil, vulnerável, exigente, exclusiva e egocêntrica. Sociabilidade fácil e brilhante nos períodos estênicos, mas mudando facilmente para indiferença taciturna em procura de solidão com mutismo e fechamento em si, vergonha de seu estado ou desespero abatido conduzindo ao suicídio.
Alternância mental e orgânica lesional.
É um medicamento difásico convenientes as estados de inflamação aguda de mucosa, de congestão parenquimatosa ou de excitação neuropsíquica, às quais podem suceder estados de comportamento orgânico lesional e de esgotamento nervoso. (Barbancey)
Fósforo está relacionado no organismo com a posse e transmissão de energia necessária para a síntese nucléica, com a comunicação da célula com o meio e com a transmissão da informação.
Fósforo preside as oxidações; é o fogo interior colocando no centro da célula como em seu posto de comando, como a centelha da vida.(Pachero)
O Fósforo está no centro e em íntima relação com os principais fenômenos da vida.

“Útil no pré-operatório, produzindo sedação, prevenindo as hemorragias durante o ato cirúrgico e as consequências da anestesia geral. Vômitos pós operatórios.



Medicamento oxigenóide, levando uma super atividade das trocas teciduais, assimilação e desassimilação extremamente rápidas que traduzem por debilidade. O traço dominante da sua ação é a alteração profunda da vitalidade e o enfraquecimento das forças orgânicas, anulação do processo plástico e decomposição dos tecidos.

Tem uma ação  sobre o sistema nervoso, afetando os dois centros, o cerebral e a medula produzindo amolecimento e atrofia com seus sintomas concomitantes:  prostração, tremores, entorpecimento e paralisia. (Nash)
Sua ação se caracteriza por sensação de calor queimante em várias regiões, sobretudo na pele com agitação, ansiedade sobretudo ao cair da tarde e hiperexcitabilidade de todos os sentidos às expressões externas.

A ação de Phosphorus não se limita ao sistema nervoso mas afeta todos os tecidos. Age profundamente nas mucosas e os ossos, cáries e necroses. O medicamento tem uma ação incontestável sobre os glóbulos sanguíneos.
É um grande policresto. Nas regiões em que age preponderantemente como no sistema nervoso, por exemplo, determina sintomas que dominam toda a experimentação, mas na realidade o organismo como um todo está sob sua ação (Farrington)

Phosphorus sente que se queima tanto em sua forma de ser como em sua forma de sentir dores. Tem dores ardentes localizadas, as mais características são as dores ardentes entre as omoplatas e uma dor queimante que sobe pela coluna vertebral.
É muito sensível a tudo o que sucede ao seu redor, como uma característica com seu comportamento químico.
Melhor quando recebe massagens, seu sono fica melhor. Gosta de ser tocado.
As dores de cabeça são apresentadas quando passas por emoções, ou fome, ou cansaço. A dor de cabeça melhora dormindo e com aplicações frias.
Tem grande fotofobia, toda impressão sensorial o agrava. Tem hipersensibilidade a todas as manifestações externas.
A luz lhe faz mal, são pessoas que dirigem muito bem, mas a noite não conseguem fazer. Os focos de luz não os deixam ver. Trauma por descargas elétricas. Raios e trovões, podendo gostar ou não.
Tem uma hipersensibilidade olfativa a tal ponto podendo desmaiar com cheiros fortes, tem epistaxes, pois uma de suas características é a tendência a hemorragias.
Se cansa facilmente, cai em prospração com um pequeno esforço mental e físico.
Tem uma necessidade a bebidas geladas, com uma característica a má digestão.
Não tolera ficar muito tempo sem comer, se sente fraco e se caso demorar muito tem tendência a desmaiar. Para ele é simples: boa comida, um bom sono tudo se resolve. Seus alimentos são condimentados, gosta de sal e temperos fortes.
Quando está excitado se comunica com as mãos. Tem ondas de calor que correm por dentro do corpo, a sensação de fogo dentro do corpo é um sintoma típico de Phosphorus.
Menstruação é abundante e vermelha escura. Tem desejos sexuais aumentados, podendo ser uma pseudofrígida com grande voluptuosidade mental, em relação com a sua sensibilidade física que está diminuída.
A patologia sexual de Phosphorus é muito profusa. Mentalmente é uma pessoa impregnada de sexualidade. Tem desejo sexual aumentado durante a gravidez, mas também tem durante a lactância, sintoma realmente raro, estranho e peculiar, sendo o único medicamento com esses sintomas.

Descargas emocionais podem enferma-lo. Se magoa com facilidade é um emotivo. Tem dificuldade de lidar com perdas isso o deixa desconsolável. As perdas podem ser afetivas bem como ser despedido do trabalho.

Phosphorus é um hipercomunicado com o meio, sente muita angústia de viver. Para que estou aqui, porque estou no mundo?
É o mais apaixonado e o mais romântico dos adolescentes, o mais vulnerável às decepções amorosas, triste e ansioso no crepúsculo, deprimido até a angústia pela tempestade e as grandes mudanças meteorológicas, o mais generosamente entusiasta por um ideal social, o mais atraído por uma vocação religiosa.
Cresceu rápido demais, aluno brilhante. Na adolescência pode representar para o tipo fosfórico a mais perfeita das finalizações das possibilidades psíquicas, mas se suas deficiências naturais não lhe permitem se adaptar, será o mais exposto aos distúrbios psíquicos juvenis e, em particular, à esquizofrenia.

“Na fase adulta podemos ter um indivíduo Phosphorus com o seu rendimento medíocre devido ao cansaço, podendo provocar problemas práticos ao nível de emprego. Sua sociabilidade é bastante reduzida, rigorosamente escolhida, sua vida familiar e sua vida interior adquirem uma importância menor. Indivíduo menos apto a aceitar ser despedido, quer seja inevitável ou injustamente, enfim, é o que tem maior propensão a depressão tendo dificuldades de lidar com desgraças inclusive as familiares.”(Barbancey)

Podemos encontrar um indivídio Phosphorus lulador, obstinado, crê que vai vencer, dando uma volta de 180°, sendo ele é quem ampara, tornando-se autoritário, mandão, arrogante, falando de negócios, com uma sensação de que está por cima de tudo, tornando desconfiado, mas no seu íntimo carrega a sensação de culpa. (Sycosis)

 Indivíduo Phosphorus apagado, esgotado, parece ter vida somente no espírito, tem a sensação que o corpo está desaparecendo, sem vontade e ânimo para nada. Triste, apático, taciturno, indiferente, sem vida (Syphyllis)


Fase Aguda:

Apendicite; eplepsia; estupor; Deficiência hepática; glaucoma Agudo; laringites agudas; Inflamação na medula; afecções ósseas; osteomielite; peritonite; pneumonia; abcesso pulmonar; úlcera gástrica ou duodenal; catarata; atrofia e paralisia do nervo ótico; glaucoma aguda; fotofobia; degeneração dos parênquimas por esclerose, por degeneração gordurosa; palpitações; hemorragias.



Patricia Jorge Alves

Terapeuta Homeopata

Professora de Homeopatia





















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