domingo, 10 de outubro de 2010

Auto Estima







AUTO-ESTIMA

O estado de "espírito" tem grande influência sobre o bem-estar e a saúde. A tristeza, o medo, a raiva, os aborrecimentos, a mágoa, as preocupações e uma auto-estima baixa podem afetar muito a saúde. Por outro lado, a alegria de viver, a despreocupação, o descanso e uma auto-estima positiva têm efeitos muito benéficos.
A auto-estima é um dos fatores que mais influi no desenvolvimento pessoal, no bem-estar e na saúde integral. É sobretudo uma experiência íntima, um sentimento construtivo, uma consciência que se auto-afirma, um conceito positivo que se elabora a respeito de si mesmo, embasado em atitudes corretas, éticas e na integridade do caráter; é o respeito e o apreço da pessoa por si mesma. Diariamente, há a necessidade da conscientização da importância da auto-estima e, portanto, de seu cultivo. É preciso nutri-la, despertá-la e aperfeiçoá-la.

A função da auto-estima

A função primordial do sistema imunológico é a de proteger o organismo contra as diversas infecções e contra o desenvolvimento de câncer. A auto-estima tem função análoga, a de proteger a pessoa dos perigos, das agressões, dos desrespeitos, da vulnerabilidade e dos sofrimentos.
Assim, quando alguém se valoriza e se respeita, ou seja, tem a consciência da importância de seus valores pessoais, deixa-os transparecer naturalmente a outras pessoas, através de seu jeito de ser, de suas atitudes; também, passa a escolher com mais critério as pessoas com as quais, obviamente, identifica-se e com as quais necessita se relacionar. Por exemplo, patrão, empregados, amigos, parentes, vizinhos...
A auto-estima positiva torna os seres humanos melhores e mais conscientes em relação à vida. Quem tem uma auto-estima positiva é mais sábio, pacífico e não vê a natureza, o seu semelhante com indiferença e como ameaça.
Pode-se dizer que existem três tipos de auto-estima:

Auto-estima positiva: não é competitiva e nem comparativa. É constituída de dois importantes sentimentos, o de capacidade (de que se é capaz) e o de valor (de que se tem qualidades, de que se é uma pessoa valiosa, na medida do esforço de aperfeiçoamento). É resultante da confiança, do respeito e do apreço que uma pessoa possa cultivar em relação a si mesma.

Auto- estima relativa: oscila entre o sentir-se apta e não, valiosa e não, "acertada" e "desacertada" como pessoa; tais incoerências se manifestam nos sentimentos e nas atitudes; às vezes, a pessoa age com sensatez, às vezes, com imaturidade, reforçando-se assim a sua insegurança. A supervalorização das próprias capacidades revela uma auto-estima confusa e não um excesso de auto-estima.

Auto- estima baixa: caracteriza-se pelo sentimento de inferioridade e de incapacidade pessoal, de insegurança, de dúvidas a respeito de si mesma, de culpa, pelo medo de viver plenamente, pela sensação de que o que se é não seja suficiente, pelo baixo aproveitamento nos estudos ou no trabalho, pela imaturidade afetiva e pelas relações interpessoais destrutivas.
É necessário que cada pessoa avalie e reflita profundamente a respeito de sua auto-estima, pois nem sempre os sentimentos de uma auto-estima deficiente são reconhecidos e admitidos.
Desenvolver uma consciência saudável a respeito de si mesma é de grande importância para a própria vida e para as outras pessoas, pois a auto-estima positiva torna a pessoa perspicaz, zelosa, capaz, benevolente, apta, generosa, saudável e valiosa perante a vida e aos seus semelhantes. A forma como alguém se sente intimamente influencia os diversos aspectos de sua existência, desde a maneira como age no trabalho, em casa, na escola, nos relacionamentos, no amor, no sexo, até na paternidade, na maternidade, nas possibilidades de aperfeiçoamento na vida...
Portanto, a auto-estima positiva é a chave para o despertar da consciência, do êxito ou do fracasso.
Na infância, o amor, o apreço, o respeito, a segurança, o apoio e o incentivo dos pais e educadores são indispensáveis para a elaboração de uma auto-imagem positiva e saudável. No entanto, a contribuição negativa das pessoas, as críticas, o ciúme, o autoritarismo dos pais, as companhias destrutivas, o descuido com a integridade e a honestidade, a falta de responsabilidade e de disciplina, dentre outros fatores, podem afetar negativamente a auto-estima.
Na juventude, as pessoas podem alimentar ou prejudicar a confiança e o respeito do jovem por si mesmo, se o respeitam ou não, se o amam ou não, se o valorizam ou não e o estimulam ou não a ter confiança em si. Apesar do que possa acontecer na vida, a pessoa é plenamente capaz de libertar-se das experiências desastrosas e de desenvolver uma auto-estima positiva, se assim, verdadeiramente, almejar.
Os sintomas da baixa-auto-estima
Alguns sinais, sintomas e comportamentos refletem uma auto-estima baixa (com exceção dos distúrbios fisiológicos): inaptidão para a vida, insegurança, sentimento de inferioridade, sentimento de "desacerto", angústia, depressão, medo de relacionamentos, o abuso do álcool, o tabagismo, o uso de drogas, o baixo aproveitamento escolar e o baixo rendimento no trabalho, o descaso com a saúde, os hábitos dietéticos errôneos, o maltrato às mulheres, o maltrato aos homens, uma vida sexual promíscua, a violação de menores, toda forma de violência e agressividade, as disfunções sexuais, a imaturidade afetiva, o suicídio, os crimes violentos...
Quando se pensa em auto estima, não se deve relacioná-la ao amor próprio exagerado ou ao sentimento de que se é melhor ou superior aos demais.

                           Patricia Jorge Alves
                     Terapeuta Homeopata

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