A
Lei Dos Semelhantes
Em Meados do século XIX
Samuel Hahnemann muda a história da arte de curar ao enunciar a Lei dos
Semelhantes e sistematizar a sua aplicação.
Na verdade, a possibilidade de cura pelos
semelhantes já havia sido referida por vários médicos das mais diversas épocas
e regiões. Em Hipócrates encontramos no livro “Dos Lugares do Homem”, uma clara
referência ao método homeopático de curar.
“As
dores serão removidas por meio de seu oposto, cada uma de acordo com suas
próprias características. Assim, o calor corresponde à constituição quente que
foi acometida pelo frio, e assim por diante. Outra modalidade é a seguinte: por
meio do similar, a doença se desenvolve, e pelo emprego do similar a doença se
cura.”
“Assim,
aquilo que produz tenesmo urinário na saúde, cura-o na doença...Se isso vale
para todos os casos, torna-se fácil tratar, ora segundo a natureza e origem da
enfermidade pelo contrário, ora segundo a natureza
e origem da doença pelo similar.”
O conhecimento dos
textos Hipocráticos sobre a relação terapêutica da similitude incitou Hahnemann
a buscar na literatura médica outras observações em favor de uma ação curativa
pelos semelhantes. Posteriormente ele tentou ver , por uma experimentação
provocada nele mesmo , segundo o método recomendado pelo grande fisiologista do
século XVIII, Albrecht von Haller, se existia um vínculo lógico entre os
efeitos de uma droga no homem sadio e sua atividade sobre o doente.
Paracelso tmbém era
adepto da cura pelos similares, como podemos observar neste trecho de um de
seus escritos:
“O
que causa icterícia também cura icterícia... As drogas que curam a paralisia
devem provir daquilo que a causa.”
“
Em 1790, escreve Hahnemann no prefácio do volume III de seu Tratado de Matérioa
médica Pura , fiz em mim mesmo a primeira experimentação pura com a casca de
quinino(com o intuito de constatar sua propriedade de provocar uma febre
intermitente); e estes primeiros ensaios trouxeram com eles a aurora que agora
esclarece a terapêutica...”(Hahnemann, 1821, trad. Fr., 1834).
É por sua maior
intensidade e pela semelhança de seus sintomas que a doença
artificial(medicamentosa) se substituirá à doença natural. Para mostrar que os
processos naturais de cura efetuavam-se de acordo com sua hipótese, Hahnemann
tomava exemplos clínicos de seus contemporâneos, Larrey, Jenner, Hunter...
Cita-os amplamente e, como eles, refere-se a entidades patológicas, a doenças
específicas no sentido da antiga medicina, o sarampo, a varíola, etc. Assim, curiosamente,
Hahnemann baseia-se sua teoria apoiando em conceitos nosológicos rejeitados por
ele(com nuanças referentes às doenças epidêmicas contagiosas).
Isso pode explicar o
interesse manifestado por alguns de seus adversários por essa teoria, como
Trosseau, e, ao contrário, as crítias severas de numerosos discípulos. Escreve
Trousseau:
“Quando
Hahnemann emitiu esse princípio terapêutico, Similia Similibus Curentur, provou
sua assertiva apoiando-a em fatos retirados da prática dos médicos mais
esclarecidos. Com toda certeza, as flegmasias locais são curadas frequentemente
pela aplicação direta dos irritantes, que causam uma inflamação análoga,
inflamação terapêutica que se substitui à irritação primitiva.
O
que era verdadeiro sobre as doenças locais e os agentes tópicos, o era
certamente muito menos para afecções gerais e remédios gerais; mas Hahnemann
deslumbrado pela verdade de uma idéia que ele entrevira e formulara, logo
exagerou, como todos os inovadores, a importância de sua descoberta” (Trosseau
e Pidoux, 1862)
[...] a doença é produzida pelos semelhantes e
pelos semelhantes que o produziram [...] o paciente retorna da doença à saúde.
Desse modo, o que provoca a estrangúria que não existe, cura a estrangúria que
existe; a tosse, como a estrangúria, é causada e curada pelo mesmo agente
(HIPÓCRATES apud PUSTIGLIONE, 2000).
Ambos
fundamentos hipocráticos foram adotados por Hahnemann no advento da homeopatia
como podemos constatar nos parágrafos 19 e 27 do seu Organon da Arte de Curar.
§
19 do Organon da Arte de Curar sobre o poder de curar depende do poder de fazer
adoecer: "As doenças nada mais são do que alterações do estado de saúde do
indivíduo expressos por sinais mórbidos e a cura só é possível pela volta ao
estado de saúde. É evidente, portanto, que os medicamentos jamais poderiam
curar caso não possuíssem o poder de alterar a saúde do homem, isto é, de
perturbar suas sensações e funções".(HAHNEMANN, 1810).
§
27 do Organon da Arte de Curar sobre o aforismo Similia Similibus Curentur:
"Portanto, o potencial curativo das substâncias medicinais depende do fato
de sua ação produzir sintomas semelhantes os da doença e ser superior em força.
Desta forma, cada caso individual de doença só é destruído e curado da forma
mais segura, radical, rápida e permanente com o medicamento capaz de produzir,
d forma mais semelhante e completa, a totalidade dos sintomas daquela doença e
que ao mesmo tempo seja um estímulo de categoria mais forte do que o que
provoca a doença".(HAHNEMANN, 1810).
Remédio
Único
A simplicidade dos
meios terapêuticos é outra grande característica da doutrina homeopática.
Conhece-se a luta empreendida por Hahnemann durante toda a sua vida contra a
complexidade da medicina de sua época. E à partir de 1805, em seu opúsculo
dedicado à “medicina da experiência”, ele escreve:
“Nunca é necessário usar mais de um
medicamento simples ao mesmo tempo quando encontramos um que se adapte bem ao
caso mórbido”. (Hahnemann 1805 a).
Hahnemann, sob
fundamentação vitalista, afirmava que toda alteração do estado de saúde
devia-se a uma alteração da Força Vital que anima o homem e que mantém a
harmonia de todas suas funções mentais, emocionais e orgânicas conforme podemos
verificar nos parágrafos 10, 11 e 12 de seu Organon.
§ 10 do Organon da Arte
de Curar sobre a função da força vital: "Sem a força vital, o organismo
material é incapaz de sentir, agir ou conservar-se. Todas as sensações nascem e
todas as funções vitais se realizam através do princípio vital que anima o
organismo, seja no estado de saúde, seja no de doença".(HAHNEMANN, 1810).
§ 11 do Organon da Arte
de Curar sobre o processo de adoecer: "Quando o indivíduo adoece,
inicialmente, é apenas a força vital que sofre o desvio imposto pela influência
dinâmica do agente mórbido hostil à vida . É unicamente o princípio vital
perturbado que pode dotar o organismo de sensações desagradáveis e incliná-lo
às manifestações irregulares que chamamos doença. Porém, como a força vital é
invisível e reconhecível somente por seus efeitos no organismo, sua perturbação
mórbida só pode revelar-se através de manifestações anormais das sensações e
funções nas partes do corpo que são acessíveis aos sentidos do observador e do
médico".(HAHNEMANN, 1810).
§ 12 do Organon da Arte
de Curar sobre a causa das causas das doenças: "A única causa das doenças
é a força vital afetada. Portanto, os fenômenos mórbidos acessíveis aos nossos
sentidos expressam em seu conjunto toda mudança interior, isto é, o transtorno
mórbido do dinamismo interno. Em poucas palavras: revelam a doença toda. Por
isso, quando, devido ao tratamento, houver o desaparecimento de todos os
fenômenos e alterações mórbidas das funções vitais, este fato, sem a menor
dúvida, implica necessariamente no restabelecimento integral da força vital e
portanto, à volta de todo o organismo ao estado de saúde".(HAHNEMANN,
1810).
Definia também que a
única missão do médico era a de curar os pacientes.
§ 1 do Organon da Arte
de Curar sobre a missão do médico: "A única e nobre missão do médico é
curar, ato que consiste em restabelecer a saúde ao indivíduo doente".
(HAHNEMANN, 1810).
Afirmava que para
cumprir sua missão o homeopata deveria observar atentamente seus pacientes a
fim de verificar quaisquer alterações no estado de saúde que só poderiam ser
constatados a partir dos sintomas objetivos (observáveis pelo homeopata) e/ou
subjetivos (descritos pelo doente). O conjunto de sintomas mórbidos
representariam, por assim dizer, a doença.
§ 6 do Organon da Arte
de Curar sobre a observação do doente: "Sabedor das especulações
transcendentais que não são confirmadas pela experiência, o observador, sem
preconceitos, deverá notar, em cada caso individual de doença, somente os
desvios ou mudanças na saúde do corpo e da mente que podem ser percebidos
através dos sentidos. Deverá notar somente os desvios ocorridos no estado
primitivo de saúde do indivíduo, agora, doente, tanto aqueles por ele sentidos,
quanto os observados pelos que o rodeiam e pelo médico. Este conjunto de sinais
representa a doença por inteiro, isto é, compõe sua única e verdadeira
imagem". (HAHNEMANN, 1810).
Coletando os principais
sintomas do paciente, o homeopata encontraria a Totalidade Sintomática que
representaria o próprio doente que deve ser curado.
§ 18 do Organon da Arte
de Curar sobre a totalidade sintomática: "Para chegar-se à cura, nada
existe a ser descoberto ou tem de ser levado em conta além dos sintomas e suas
modalidades. Desta verdade incontestável, podemos deduzir que a única indicação
e guia para eleição do remédio deve ser a soma de todos os sintomas e condições
de cada caso individual de doença". (HAHNEMANN, 1810).
A partir da Totalidade
Sintomática, o homeopata deveria escolher um Medicamento Único para que o
doente fosse curado por similitude (em respeito ao princípio Similia Similibus
Curentur).
§ 169 do Organon da
Arte de Curar sobre a escolha do Simillimum: "Na escolha do melhor
simillimum, pode ocorrer a dúvida entre dois medicamentos muito parecidos, mas
que cobrem com mais perfeição sintomas diferentes da totalidade sintomática,
sendo ambos, aparentemente, incompletos ao caso. Seguindo o princípio UNICISTA,
devemos prescrever um único medicamento e acompanharmos todas as alterações
antes de indicar o uso do outro, sem, em hipótese alguma, indicarmos o uso dos
dois em conjunto, conforme retifica o § 273: “não é absolutamente permitido dar
mais de uma substância medicamentosa diferente por vez ao doente!” (HAHNEMANN,
1810)
Experimentação no Homem São
A partir do princípio
Similia Similibus Curentur, Hahnemann catalogou o conjunto de sintomas que cada
medicamento homeopático era capaz de produzir por meio da Experimentação no
Homem São.
§ 20 do Organon da Arte
de Curar sobre as justificativas para experimentação no homem sadio: "Não
somos capazes de descobrir esta força imaterial que se encontra latente na
essência íntima dos medicamentos apenas com os esforços da razão. Só pela
experiência podemos observar claramente os fenômenos que ela provoca quando age
sobre o organismo sadio". (HAHNEMANN, 1810).
§ 21 do Organon da Arte
de Curar sobre o poder patogenético e curativo dos medicamentos desenvolvidos a
partir da experimentação: "Como vimos, o princípio curativo dos
medicamentos é imperceptível por si mesmo. Não há portanto, nas experimentações
puras realizadas com eles nada mais passível de observação que leve a
considerá-los como substâncias medicinais ou remédios do que o poder de alterar
a saúde do organismo humano promovendo o aparecimento de sintomas mórbidos
definidos. Desta forma, podemos deduzir que as substâncias medicinais agindo
como remédios, só podem exercer suas virtudes curativas alterando a saúde do
homem com a produção de sintomas peculiares. Portanto, como revelação de seu
poder curativo íntimo, só podemos contar com os fenômenos mórbidos produzem em
sua ação sobre o organismo são". (HAHNEMANN, 1810).
§ 106 do Organon da
Arte de Curar sobre a importância do conhecimento dos efeitos patogenéticos dos
medicamentos homeopáticos: "(Através da experimentação), devem ser
conhecidos todos os efeitos patogenéticos dos medicamentos. Ou seja, antes de
ter esperança de encontrar e eleger, entre eles, os remédios homeopáticos mais
apropriados para a maior parte das doenças naturais, devemos observar todos os
sintomas mórbidos e alterações da saúde que cada um deles é capaz de
desenvolver no indivíduo sadio". (HAHNEMANN, 1810).
Para realizar a Experimentação
no Homem São, Hahnemann selecionava experimentadores de sua confiança e
saudáveis que fossem capazes de descrever os sintomas patogenéticos oriundos da
experimentação de substâncias dinamizadas à 30 CH.
§ 108 do Organon da
Arte de Curar sobre experimentação em indivíduos sadios: "Portanto, para
averiguar os efeitos peculiares dos medicamentos, não há outra maneira
possível, nem caminho mais seguro e natural do que administrar os diversos
medicamentos, em doses moderadas a pessoas sadias a fim de descobrir o que,
graças a sua influência individual, produzem na saúde física e mental [...]
Deve-se investigar que elementos mórbidos os medicamentos são capazes ou tendem
a produzir, visto que, como já foi mostrado: “toda potência curativa dos medicamentos
reside unicamente no poder que eles possuem de alterar o estado de saúde do
homem”. (HAHNEMANN, 1810).
§ 111 do Organon da
Arte de Curar sobre o efeito patogenético (ou sintomas mórbidos) das
substâncias: "As substâncias medicinais produzem no corpo humano sadio
modificações patológicas segundo leis definidas e imutáveis da natureza. Em
virtude destas, são capazes de produzir sintomas mórbidos seguros e dignos de
confiança, cada um com sua própria individualidade [...] A concordância de
minhas observações sobre os efeitos puros dos medicamentos com aquelas
observações mais antigas e a coincidência destes relatos com outros do mesmo
gênero feitos por outros autores, podem, facilmente, convencer-nos disto".
(HAHNEMANN, 1810).
Doses Infinitesimais
Definir
a infinitesimalidade traduz-se por dar limites ao que, etimologicamente, não os
tem. O termo infinitesimalidade está ausente do dicionário; figura apenas o
adjetivo infinitesimal, termo retirado da língua inglesa e que significa
“extremamente pequeno”. Ele vem do latim, finis (“baliza”), expressando no
sentido próprio, o limite de um campo ou de um território,e, no sentido
figurado, o termo, a meta. Finireé, traduzido por “delimitar”, e infinitus, por
“sem limites, indeterminado”. O termo “infinitesimalidade”, com a noção de
desconhecido e até de “vago”, “impreciso”, é capaz de preocupar e chocar
médicos e pesquisadores que não escolhem explorar de imediato um mundo
científico radicalmente novo e cujos pontos de referência devem ser
inteiramente elaborados.Infinitas é a “imensidão”. Quanto ao infinito , é um
conceito facilmente administrado pelas ciências matemáticas, que não
experimentam nenhum embaraço com isso, provando, assim, que ele é compreendido
pelo ser humano. Não sendo estranho ao homem, o infinitesimal não pode e não
deve ser estranho ao médico. A infinitesimalidade é um assunto inteiramente
justificado na pesquisa científica e médica.
Em
Homeopatia, a noção de infinitesimalidade aplica-se à preparação dos
medicamentos que serão administrados segundo o princípio da similitude. Os
medicamentos são diluídos sucessivamente a 1/100 (centesimal hahnemaniana) em
álcool a 70º, um número considerável de vezes. Isso tem como conseqüência a
administração de doses extremamente fracas do produto de origem. A partir de um
determinado número de diluições, a presença de moléculas é mesmo improvável.
“
Não é em virtude de uma opinião preconcebida, nem por amor da singularidade,
que me decidi em favor de doses diluídas, tanto para o quinino ( China offic.)
tanto para qualquer outra substância. Cheguei a isso após experiências e
observações muitas vezes renovadas, e elas me demonstraram que maiores
quantidades de medicamentos, mesmo nos casos em que elas fazem bem, agem com
mais intensidade do que o necessário para obter a cura. Assim, as diminuí, e
como eu sempre observava os mesmos efeitos, desci até as doses mínimas que me
pareciam suficientes para exercer uma ação salutar, sem agir com uma violência
capaz de retardar a cura.” Hahnemann – Organon.
A
demonstração experimental por Hahnemann e seus alunos de uma atividade curativa
de diluições cada vez maiores das substâncias de origem vegetal, animal e
mineral, escolhidas de acordo com o quadro de sintomas que elas desenvolvem no
sujeito sadio.(patogenesias).
O
método hahnemaniano é preparado com frascos separados, comporta uma agitação
muito forte, chamada dinamização. A técnica consiste em bater o fundo do frasco
em posição vertical com golpes secos sobre uma superfície firme, cem vezes,
chamadas de diluições centesimais(diluições sucessivas a 1/100).
É
natural que as diluições infinitesimais utilizadas em homeopatia tenham
provocado críticas desde sua introdução em terapêutica.
Quando
não encontramos mais moléculas em uma dinamização homeopática pelo método da
sucussão temos a memória medicamentosa instalada “in vitro”.
Diluições
totalmente desprovidas de moléculas são, portanto, capazes de transmitir uma
informação; os fatos experimentais estão aí para demonstrar a realidade do
fenômeno. É necessário tentar compreender qual poderia ser o suporte material
dessa informação. Cinco áreas de pesquisa estão envolvidas: a memória dos
átomos, o crescimento fractal, o método do grupo de renormatização, aplicado
aos fenômenos físicos de acordo com as escalas de comprimento, a física relativista
e o movimento browniano, e a eletrodinâmica quântica.
Se
analisarmos nossas células contém memórias de todo o universo, somos compostos
por elementos químicos que estão nas estrelas, planetas, nas rochas, plantas,
em todos os lugares. Fazemos parte de um todo.
§
51 do Organon da Arte de Curar sobre as substâncias medicinais e a cura
homeopática suave: "Esta Lei Terapêutica manifesta-se, claramente, a todo
cérebro inteligente através destes fatos amplamente suficientes para
demonstrá-la. Nos faz também perceber quanta vantagem tem o Homem sobre as
“operações fortuitas”da rude Natureza! Para tanto, basta imaginar quantos
milhares de agentes morbíficos homeopáticos dispõe o Homem nas substâncias
medicinais universalmente distribuídas por toda a Criação para aliviar seus
irmãos sofredores! [...] Estas substâncias contém “produtores de doenças”
semelhantes a todas inumeráveis, concebíveis ou inconcebíveis doenças naturais
às quais se pode prestar ajuda homeopática. São agentes morbíficos artificiais
que: ao finalizar seu emprego como remédio, têm seu poder destruído pela força
vital, então desaparecem espontaneamente, sem necessidade de tratamento para
sua extirpação, como ocorre com a sarna; o médico pode atenuar, subdividir e
potencializar quase ao infinito e; cuja dose pode ser tão diminuída que se
tornam apenas ligeiramente mais fortes que a doença natural semelhante que se
pretende curar [...] Neste incomparável método de cura, portanto, não há
necessidade de qualquer ataque violento ao organismo para erradicação mesmo de
ume doença antiga e inveterada. A cura por este método homeopático se realiza
através de transição calma, imperceptível, porém rápida da doença natural que
atormenta o organismo para o estado de saúde permanente desejado. (HAHNEMANN,
1810).
§
66 do Organon da Arte de Curar sobre a ação secundária às doses mínimas:
"Como podemos concluir facilmente, o organismo sadio não manifesta nenhuma
reação secundária contrária à ação de agentes perturbadores [...] Uma pequena
dose, certamente, produz ação primária perceptível apenas ao observador
extremamente atento, mas o organismo vivo emprega contra ela somente a reação
que for necessária para o restabelecimento do estado normal. (HAHNEMANN, 1810).
§
68 do Organon da Arte de Curar sobre a suficiência das doses mínimas: "No
que diz respeito às curas homeopáticas, a experiência nos ensina que as doses
extraordinariamente pequenas de medicamentos, fundamentais neste método de
“tratamento pele semelhança sintomática”, são suficientes para vencer e remover
doenças naturais semelhantes [...] Após a destruição da doença natural,
certamente, resta alguma doença medicinal no organismo. Mas, devida a
extraordinária pequenez da dose ela é tão pequena e passageira que desaparece
por si rapidamente [...] A força vital apenas emprega contra este distúrbio
artificial da saúde a reação necessária e suficiente para levar o estado atual
para o nível habitual de saúde. Isto é, usa apenas o que falta para o
restabelecimento completo [...] Para alcançar o perfeito equilíbrio, após a
extinção do desarranjo mórbido, ela necessita apenas de um pequeno esforço.
(HAHNEMANN, 1810).
Patricia
Jorge Alves
Terapeuta
Homeopata