Na
Contemporaneidade vivemos um emaranhado de sentimentos sem saber o porque.
Trabalhamos,compramos, vendemos e construímos relações sociais; discorremos
sobre política, economia e ciências, mas no fundo somos crianças brincando no
teatro da existência, sem poder alcançar sua complexidade. Escrevemos milhões
de livros e os armazenamos em diversas bibliotecas, mas somos apenas crianças.
Não sabemos quase nada de quem realmente somos. Só sei que somos bilhões de
crianças que, por décadas a fio, brincam neste deslumbrante planeta.
Das
muitas vezes nos sentimos poderosos e com total capacidade de cuidar de nossas
vidas. A falsa capacidade embebedada no egoísmo, ou melhor egocentrismo nos fez
marginais de nossa própria existência. Um olhar 360° nos mostra: medo,
angústia, perda, insegurança e dor. As sociedades modernas se tornaram um
grande manicômio global, onde o normal é ser ansioso, estressado, e o anormal é
ser saudável, tranqüilo e sereno.
Os
profissionais de saúde são poetas da existência, tem uma missão esplêndida, mas
jamais podem colocar um paciente dentro de um texto teórico, e sim um texto
dentro do paciente. Não enquadre excessivamente seus pacientes dentro dos muros
de uma teoria, caso contrário reduzirá suas dimensões. Cada sinal e sintoma
pertence a um doente. Cada doente tem
uma mente. Cada mente é um Universo infinito.
O poder
que trazemos dentro de nós é infinitamente grande, forte e belo. Mas nossa
ignorância criada e alimentada no medo encobriu a potência, a luz que somos. A
doença é o espelho da ignorância, do não saber quem realmente somos. Criamos
buracos negros em nossa mente, em nossos sentimentos e alimentamos diariamente
esses buracos.
Não é a
dor que nos muda, como há milhares de anos pensamos, mas a utilização
inteligente dessa dor que fazemos ao longo da vida.
Grandes
Mestres nos ensinaram e nos ensinam diariamente, cabe a cada um de nós
aproveitar ao máximo a oportunidade que temos. Aprender é diário, o saber é
infinito o amar é constante. Obrigada pela oportunidade que tenho de aprender,
do saber e do amar.
Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata