O
nome provavelmente deriva da palavra alemã “Zink”, que significa metal. Foi
descoberto no século XVI por Paracelsus.
Zincum
Metallicum é um metal sólido, laminado,
maleável, de cor branca azulada. É quebradiço e seco até mais ou menos 200°,
logo só pode ser deixado a uma temperatura intermediária. No ar úmido cobrindo
de uma ligeira camada de hidrocarbonato aderindo fortemente ao metal, impedindo
outras oxidações. Quando aquecido, queima em chama verde, fornecendo óxido de
Zinco (ZnO).
A
exposição ao ar causa oxidação, mas a camada inicial de óxido impede que a
oxidação progrida. É utilizado para fazer camada de proteção, como em calhas, por
exemplo.
O
Zincato de Natrum, NaZnO4, é utilizado como amaciante da água.
Este
metal é bastante abundante na natureza, mas sempre em combinação
Poucos
práticos o usavam granulado contra a tênia e como meio puramente mecânico para
combater este enterozoário. E se muitos
de seus compostos figuram em fórmulas atuais, o Zincum Metallicum não tem
espaço. Foi Hahnemann que encontrou seu lugar na terapêutica, e depois de seus
trabalhos os homeopatas obtiveram muito sucesso graças a este remédio.
AÇÃO GERAL DO MEDICAMENTO
Zincum
Metallicum age sobre o conjunto do sistema simpático é cérebro espinhal,
contudo sua ação é principalmente sobre o plexo do tronco e do baixo ventre,
assim como nos feixes nervosos, que distribuem movimento e sensibilidade ao
aparelho locomotor.
A
primeira fase de sua ação consiste em uma exaltação da sensibilidade e
contração, mas os efeitos espasmódicos ou convulsivos resultantes são
passageiros, logo cedendo lugar a fenômenos astênicos: fraqueza excessiva, insensibilidade geral,
que são próprios de seu gênio e que se caracterizam pelo fato de que o Zincum
Metallicum pode provocar, em certos casos, dores muito agudas ou determinar
alterações nos fenômenos de inervação, sem que outras funções orgânicas sejam
sensivelmente alteradas. Entretanto não se deve ignorar que na plenitude de sua
ação, o zinco é antes de tudo um remédio depressivo, transtornando a nutrição a
ponto de determinar caquexia e provocar a morte por paralisia do coração e
pulmão.
Afeta
de maneira especial, por intermédio do simpático, diferentes tecidos do
organismo, especialmente mucosas e pele.
Nas
mucosas leva a sintomas tóxicos, determinado por convulsões, nevralgias ou
susto. E seus sintomas hipertóxicos, às inflamações subagudas das conjuntivas,
uretra e vagina, com uma secreção serosa ou corrimento muco purulento,
queimação prurido, sensação de escoriação e ardor.
Enfim,
na pele, Zincum metallicum faz aparecer herpes secas, com crostas que caem ou
úlceras herpéticas, cujas bordas irritadas estão rodeadas de pequenas bolhas
furunculosas.
É o
remédio das nevroses principalmente as do coração e dos pulmões.
Zincum
apresenta sensação constante de inquietude nas pernas, movendo continuamente.
Nervos excessivamente sensíveis, excitáveis e trêmulos, dores dilacerantes ao
longo do trajeto dos nervos; estremecem e se excitam por qualquer coisa.
Zincum
Metallicum reproduz o quadro do esgotamento cerebral ou nervoso, a antiga
neurastenia, consecutiva a um estresse por causa de estudos prolongados ou uma
atividade mental excessiva; a repetidas vigílias ou veladas noturnas. Tem uma
dificuldade e lentidão para compreender e responder. Confusão mental,
principalmente ao despertar. Acentuada fraqueza da memória com dificuldade de
coordenação de seus pensamentos com escassez de ideias; estupidez progressiva e
imbecilidade, sendo muito esquecido não recordando nem o que fez no dia. Antes
de responder uma pergunta, sempre a repete, como se tentasse recordá-la ou
fixa-la melhor, respondendo lentamente.
Crianças ou pessoas tontas, aparvalhadas e dóceis, depois de afecções meningoencefálicas;
face inexpressiva. Estupor ou inconsciência quando não aparece o exantema nas
doenças eruptivas, ou depois de erupções suprimidas. A criança repete tudo o
que lhe dizem.
Hipersensibilidade
ao menor ruído e as vozes, principalmente quando está dormindo, piorando quando
pessoas falam, quer permanecer calado, com uma tendência a ficar sentado
permanecendo quieto.
Atormenta
a todos com suas queixas e suas doenças, geme e se queixa constantemente,
principalmente de dia; tendo um modo de ser muito variável ou alternante, com
tristeza e alegria, desespero e calma, cólera e pusilanimidade. Hipocondríaco,
com moleza e aversão por ocupação. Depressão de todas as faculdades
intelectuais , perda de memória, aversão ao trabalho, melancólico.
Irascibilidade
e impaciência; irritável ao anoitecer, mal humor não quer falar com ninguém;
tem explosões de ira, com uma grande inquietude. Ofendem-se facilmente.
Grita
dormindo, com sobressaltos. Nas afecções cerebrais e meníngeas (grito
cerebral). Sonambulismo, belisca as cobertas. Encontra-se por vezes, em casos
fortes de problemas cerebrais, requerendo paciência. Muitas vezes, o indivíduo,
se enterra gradualmente num estado negligente. Durante o dia, gira a cabeça no
travesseiro, com o olhar apagado, seu corpo emaciado, o rosto murcho,
aparecendo a cada dia mais velho. Língua seca, apergaminhada, encarquilhada
como o couro, assim como os lábios. Perde urina e feses no leito.
Pode
ter paralisia de mãos e pés, parecendo todo o sistema muscular paralisado. A
dor o faz gritar, com gritos agudos e penetrantes. Alguns dias após tomar o
remédio, terá abalos e tremores nas partes que estavam sem movimentos, sendo a
ação do remédio, manifestando-se por uma transpiração copiosa, podendo vomitar,
tendo a sensação de agravamento, mas não é. Retornando a sensibilidade aos
poucos, é acompanhado de um formigamento das partes enfermas com a sensação de
pinicar. Todos esses sintomas são a manifestação de cura (Lathoud).
Na
meningite cérebro espinhal, o primeiro período é a congestão, sendo Belladona
um atenuante, mas quando vem os sintomas mais fortes, Zincum Metallicum é o que
atuará. (Lathoud).
Medo
do anoitecer, da escuridão de ladrões, de fantasmas, de morrer, de cair. Muito
ansioso, com um sentimento de culpa (com remorsos). Pensamentos na morte como
se o fim estivesse perto. Apressado quando come ou bebe.
Insanidade
ou mania por causa de erupções suprimidas. Ri excessivamente. Delírio violento;
acredita que vão prendê-lo por um crime, ou que vão matá-lo, querendo fugir,
custando muito para detê-lo. Impetuosidade. Afecções mentais místicas. Durante
o delírio, pressiona constantemente o púbis ou toca os genitais.
Choro
sem causa, tendência ao suicídio, timidez, ruborizando-se. Aversão ao trabalho
e a caminhar.
SINTOMAS
GERAIS
Movimentos
automáticos e involuntários na boca, nos braços e nas mãos. O sintoma chave de
Zincum Metallicum é nos pés: incessante e violenta inquietude e agitação nos
pés e nas extremidades inferiores, movendo-os constantemente, mesmo contra a
sua vontade e até dormindo, não conseguindo mantê-los quietos.
Há
um acentuado déficit de vitalidade, estando demasiadamente debilitado para
desenvolver os exantemas (Erupção cutânea que acompanha certas doenças
infecciosas), tendo dificuldade de menstruar, urinar, expectorar, originando
uma série de transtornos mentais e físicos. Essas erupções bem como sarampo,
escarlatina por exemplo, podem aparecer lentamente ou até não aparecem ou são
suprimidas.
Quando
a menstruação flui, os transtornos melhoram, principalmente os nervosos e
genitais; exceto convulsões e coreia.
Contrações
e sacudidelas em músculos isolados; tremores violentos no corpo todo,
principalmente depois de emoções e sustos. Mal de Parkinson e desmaios.
Não
pode ficar tranquilo e muda constantemente de posição como em Rux
Toxicodendron, pois o movimento alivia a dor, pois ele é nervoso.
Perda
do controle dos movimentos mesmo não estando paralisado. Contrações e agitações
de vários músculos. Espasmos.
Zincum
metallicum pode apresentar uma reação muito rápida e intensa aos remédios; este
poder de reação do organismo contra uma medicação qualquer, mesmo perfeitamente
indicada.
Tem
sintomas marcantes em cardíacos. Sensação de constrição em todo o peito.
Palpitações cardíacas com pontadas e ansiedade. Irregularidades dos batimentos
cardíacos. Pulso rápido. Veias varicosas principalmente nos membros inferiores.
Rigidez
e dores nos músculos do pescoço. Dores e sensação de lassidão na nuca, como se
o pescoço estivesse estado muito tempo na mesma posição. Agrava escrevendo e
por qualquer movimento.
Sensação
de ardor por toda a coluna vertebral. É uma sensação puramente subjetiva. Não
podem suportar que o toquem nas costas, nem a menor pressão nas costas.
Vertigem
como o da bebedeira, com tendência a cair dos lados. Fadiga cerebral. Dor de
cabeça em estudantes cansados. Queda de cabelo com sensibilidade do couro
cabeludo. Hemicrania após as refeições(dor de cabeça contínua, ataca uma parte
da cabeça, enxaqueca).
Exagerado
em seu trabalho: inquietude
Gostam
de fazer seu trabalho, mas tendem a fazer demasiado. São extremamente
inquietos, não conseguem parar e quando não tem nada para fazer, o corpo
continua em movimento. Quando vão dormir, as pernas ainda estão em movimento;
quando falam, a boca faz todo o tipo de movimento extra. Têm muitos tiques,
mãos e pés inquietos, foram criados sob a ideia de que “não é bom ficar sentado
sem fazer nada”, “vá e encontre algo útil para fazer”. Suas queixas pioram
quando são forçados a fazer uma pausa, como nos finais de semana, feriados, mas
também no final de um dia de trabalho e na hora de ir para a cama.
O
rendimento intelectual é muito importante para eles. Sentem-se impelidos a ir
muito bem na escola. Essa pressão para obter realizações pode, inicialmente,
levar a resultados espetaculares, mas também pode levar ao oposto: embotamento
mental. O impulso contínuo para adquirir mais conhecimento pode originar a
sensação de não ter feito o suficiente. Então, ficam bloqueados e não conseguem
mais pensar, sentindo que são os mais idiotas da classe.
A
situação em geral é provocada por uma educação que enfatiza as realizações
intelectuais. Eles devem obter notas altas na escola, caso contrário, não
servem para nada. Geralmente os pais exercem essa pressão psicológica. O lado
“racional”, começa a bloquear seus sentimentos, fazendo com que pareçam
apáticos, sem emoções, inclusive frios.
Repetir
é praticamente o mesmo que ensaiar, apesar que ensaiar está mais ligado a ideia
aprender alguma coisa mais de uma vez. É o tipo de aprendizagem, aplicado
frequentemente, no ensino médio: repetição incessante das mesmas lições até
“decorá-las”. “Aprender de cor” é uma expressão interessante: é como se você
bloqueasse seu coração, enquanto força conhecimentos para a cabeça. (Revisando,
ensaiando)
Têm
tendência a repetir, infindavelmente suas rotinas. Daí sua fascinação por
computadores, pois o que eles fazem com precisão é repetir rotinas. Podem
tornar-se viciados em jogos de computador ou em programação. Um dos usos mais
comuns dos computadores é para calcular e arquivar registros e contas. Esse
sempre foi o trabalho do guarda livros, o burocrata no sentido tradicional do
termo.
A
repetição leva ao automatismo; a realização de rotinas automáticas está
tornando-se cada vez mais rápida nos computadores modernos. De fato, tornou-se
tão rápida, que não conseguimos mais acompanhar seu avanço. Observemos então a inquietude
de Zincum.
Uma
outra observação: a raça amarela tem uma característica de racionalizar e
repetir os mesmos comportamentos. Os jogos de “SUDOKU”, por exemplo. A cobrança
intensa no aprendizado maquinal, robótico, onde não pode aparecer sentimentalismo.
O autoritarismo, perfeccionismo dentro
de uma visão restrita e racional, extremamente supressora. Grandes catástrofes
ocorreram no Japão onde se observa que a população mantinha-se firme, sérios,
rígidos muitos sem demonstrar desequilíbrios, histerias ou choros. São
excelentes matemáticos, objetivos em suas respostas e sua inteligência é a
repetição exercida por excesso de pressão.
Copiar
e repetir coisas pode levar à poluição. Há excessos por toda a parte, as
pessoas continuam copiando indiscriminadamente e a papelada, acumulando-se. O
mesmo acontece no mundo dos computadores, no qual a informação nova é
acrescentada nos arquivos e ninguém se dá ao trabalho de checar se a informação
antiga pode ser apagada.
A
poluição, em nossa sociedade, se deve em grande parte, a um excesso de
produção: cópias infindáveis realizadas por máquinas. Toda a iniciativa é
sufocada bem cedo pelas máquinas burocráticas de nossa época: você precisa
preencher pelo menos dez cópias de um formulário que será processado por tinta
departamentos diferentes, e, mesmo assim, ninguém sabe quem pode dar a
autorização que você precisa.
Nossa
sociedade está poluída por regras excessivas. Tudo o que você faz é registrado
e o registro é mais importante que os detalhes. Não importa se a informação é
correta ou não, tudo está bem se estiver registrado num formulário.
O
sentido de criação, maleabilidade, movimento e cor passa longe.
Nas
provas, podem se sentir ansiosas com medo de fracassar. É um medo que pode
acossá-las em sonhos durante anos. Sonham que fracassam nas provas.
Sentem
que os outros estão tentando substituí-los no trabalho, especialmente quando as
coisas não estão indo bem. Este sentimento é natural quando são substituídos de
fato. Porém, eles podem sentir-se obstruídos quando ninguém estiver
interferindo em nada, mas eles próprios estão travados, pois ficam repetindo os
mesmos métodos antigos uma e outra vez. Mental analítico.
Eles
trabalham de maneira incrivelmente árdua, mas não percebem que isso é a causa
de seu fracasso. Quando fracassam, sentem-se culpados, como se estivessem
cometido um crime. Sentem-se pressionados pelos superiores, pais ou
professores.
Medos
de: fracassar, cair, alturas, crítica, perseguido, oposição, observado, toque,
antecipação, ladrões, ficar sozinhos, água, morte, escuro, fantasmas,
assustando-se facilmente.
Muitas
ilusões como se os objetos fossem duplos, que foram envenenados, estão sendo
perseguidos, fugindo de assaltantes e que um homem corre com uma faca na boca.
Adoecem
quando o chamam a atenção; se irritam quando é despertado, resmungão, se cobram
em demasia.
Para
Zincum buscar sempre com exaustão e muita disciplina e exagero. Observemos o
metal endurecido, firme, resistente, seco, quebrando-se facilmente.
Procuremos
nos equilibrar, observando-nos para que possamos estar em harmonia com a
Natureza.
Patricia
Jorge Alves
Terapeuta
Homeopata