SÓDIO
Na antiguidade o carbonato
de sódio natural era denominado “trona” ou “neter”, do qual vem do termo grego
“nitron” e o latino “nitrum”, que na Idade Média os alquimistas tornaram “natron”.
O sódio é um dos
principais componentes do meio interno. Do
ponto de vista metabólico, é o elemento mais importante na manutenção da
pressão osmótica do meio interno, condicionando, assim, a distribuição da água
nos compartimentos orgânicos. Por esse motivo, nas patogenesias dos sais de
sódio encontram-se numerosos sintomas que denotam uma deficiência na difusão,
distribuição e dinâmica dos líquidos (desidratação x edema). Igualmente isso
explica a sensibilidade à umidade e salinidade exteriores.
No equilíbrio com o potássio
(Kali), é um elemento essencial no funcionamento de todas as membranas
celulares, por intermédio da bomba de sódio-potássio que, por um lado, assegura
a nutrição celular, e, pelo outro, a polarização e despolarização da membrana,
elemento fundamental da dinâmica celular. O sódio, representa uma interface
entre o metabolismo celular e as funções correspondentes às células. Igualmente
representa a interface que permite a relação entre o interior e o exterior ,
tanto no âmbito celular, como no organismo em sua totalidade.
Compostos
Homeopáticos de sódio:
Relação
com a fase hídrica: da desidratação acentuada à
hiper-hidratação, com retenção e embebimento tissular (hidrogenoidismo). A
imagem da intoxicação por sódio é a que resulta do excesso de hidratação,
levando a síndrome de intoxicação hídrica. No outro extremo, há a desidratação
hipotônica.
Estabilidade:
embora como elemento químico o sódio seja instável, sua combinação resulta em
compostos estáveis, o que se manifesta nas patogenesias, inclusive no nível
psíquico e social.
Sensibilidade
aos fatores do meio: interno ou externo; é uma característica
presente em todos os compostos de sódio: temperatura, exposição ao sol,
umidade, etc.
Sensibilidade
aos fatores alimentares: particularmente sal e farináceos (ricos
em sódio). A alimentação com muitos aspectos paradoxais, é um dos
fatores de desequilíbrio. Astenia com irritabilidade.
Do ponto de vista Miasmático , o sódio imprime uma
tendência tuberculínica podendo evoluir para a sicose em função da idade,
fatores do meio interno e externo.
Na maioria dos sais de
sódio, há tropismo pelo sistema respiratório e pelo metabolismo. Por isso,
virtualmente todos os medicamentos produzem numerosas formas de catarro,
inflamações bronquiais ou pulmonares, junto a uma tendência para alterar o
metabolismo, da emaciação extrema (Natrum mur.) à obesidade e diabete (Natrum
sulf.)
Raiz Sódica ( Natrum)
Depressão, fraqueza e
irritabilidade
Forte sentimento do Dever,
com intensas preocupações pelos familioares.
Ansiedade pela manhã e
medos.
A música agrava os sintomas
mentais
Sede intensa
Agravação por alimentos e
bebidas frias.
Sensibilidade e agravação
pelo frio, aversão ao frio, mas ao mesmo tempo pelo calor excessivo e pela luz
solar.
Sensibilidade às correntes
de ar, às mudanças de tempo para frio e umidade.
Sensibilidade e agravação
pelo barulho.
Intensa sensibilidade
digestiva, especialmente ao leite.
Agravação pelo movimento e
pelo esforço mental
Um sintoma curioso,
apresentado por quase todos os sais de sódio, é “fraqueza dos tornozelos”.
NATRUM
MURIATICUM
O medicamento é obtido à
partir do sal de cozinha extraído das salinas. É uma substância mineral
complexa, composta quase exclusivamente de cloreto de sódio (99,5%), porém
também contém pequenas quantidades de cloreto de potássio, magnésio e traços de
cálcio, alumínio e de outros metais. Existe um medicamento quase idêntico,
extraído por evaporação da água do mar, Sal Marinum.
Seu principal papel
fisiológico no organismo é manter a constância do meio interno e a pressão
osmótica. O líquido extracelular tem um elevado conteúdo de íons de sódio,
cloro e bicarbonato, enquanto o intracelular tem íons de potássio, magnésio e
fosfato. Por isso, a solução salina do meio interno mantém a morfologia celular
e participa do equilíbrio ácido – base pelo intercâmbio do sódio tissular e
celular. Num meio excessivamente hipertônico, as células perdem água e
ressecam; num meio hipotônico, a pressão intracelular é maior que a
extracelular, aparecendo embebimento e edema. Como função do conteúdo de sal do
meio extracelular, a célula torna-se hidrófila ou hidrófoba, pelos mecanismos
osmóticos de transferência de água.
No âmbito do organismo, no
excesso salino aparece hipertonia circulatória com desidratação celular; no
déficit, hipotonia plasmática com imbibição tissular e edema. Os mecanismos de
regulação osmótica são muito estáveis, mas ao mesmo tempo, muito sensíveis, e o
organismo reage às mínimas variações na salinidade do meio interno pelos
osmorreceptores, que desencadeiam mecanismos complexos de feedback humorais e
hormonais.
O sal é um fator importante
na regulação da pressão arterial. Quando há excesso de sal, a osmolaridade dos
líquidos orgânicos aumenta, estimulando o centro da sede e produzindo maior
ingestão de água, a fim de diluir o cloreto de sódio extracelular. Igualmente é
estimulado o sistema secretor hipotálamo-hipófise posterior, com aumento na
liberação de hormônio antidiurético, produzindo aumento na reabsorção renal de
água, diminuição do débito urinário e aumento do volume do líquido
extracelular.
Hahnemann: “ Se é verdade
que as substâncias capazes de curar enfermidades são capazes de produzir enfermidades
semelhantes em organismos sãos, é difícil compreender como todas as nações,
haviam usado o sal em grande quantidade sem experimentar nenhum efeito
deletério proveniente do seu uso... Considerando que o sal, quando empregado
comumente, não tem nenhum efeito pernicioso, não deveríamos esperar nenhuma
influência curativa nesta substância. Sem dúvida o sal contém os mais
maravilhosos poderes curativos em estado latente.
A transmutação que a
substância sofre, pelo peculiar processo de preparação adotado na homeopatia, trituração e sucução,
traz à luz um novo mundo de poderes que
a natureza mantém latente, nas substâncias naturais. Estes processos operam por
assim dizer, uma nova criação.”
Na
Criança
Normalmente são crianças
abaixo do peso, com aspecto frágil, membros fracos e longos, porém são
dinâmicas e resistentes.
No primeiro contato são
difíceis de abordar, não tanto por timidez mas porque não gostam de ser
perturbadas e precisam de um tempo para vencer sua suspicácia. Embora sejam
curiosas, não se metem nos assuntos de outros e nem gostam que os outros
interfiram com os próprios. Por isso, por vezes são crianças solitárias, com
dificuldade para se relacionar com estranhos. Geralmente demoram a começar a
falar, mas quando o fazem falam corretamente. Essa demora não é causada por retraso
, mas por contração, timidez e, mais especificamente, por medo de errar.
Parecem torpes por causa da pressa e não por falta de coordenação.
Assim, curiosamente o bebê,
tarda a aprender a falar, porque efetivamente está disposto a encerra-se. É uma
criança que rechaça as carícias, que é uma expressão física do não querer ser
tocado ou consolado, pois guarda rancor após uma contradição ; recusando
portanto o beijo da boa paz, pois permanece numa guerra interna. “Conserva seus
Pesares”.
Pele é geralmente seca com
pergaminhos, apresentando dobras cutâneas. Mãos secas , lábios secos, com
pequenas escamas secas, favorecendo o aparecimento de rachaduras. Ficam
umedecendo os lábios com a língua o tempo todo, fazendo aparecer vermelhidão e
tumefação; podendo também ter a língua aspecto geográfico.
O apetite é arbitrário com a
preferência de alimentos salgados, salgadinhos. Algumas crianças tem desejo de
pão chegando a substituir a refeição. A sede é constante.
Sensibilidade ao frio, nas
correntes de ar, apresentam com facilidade catarros respiratórios, e na
adolescência podendo apresentar rinite vasomotora. São muito sensíveis ao calor
, especialmente ao sol, apresentando insolação e cefaleia característica. Não
suportam quartos quentes nem frio excessivo, especialmente nos pés.
Tendência geral para
constipação, por inibição, não querem ser olhadas.
Cefaléia escolar por causa
do cansaço e por exagerado sentido do dever; autoexigentes, “sentido exagerado
do dever” em suas tarefas e com sua família. Os Pais os descrevem como:
“crianças em que se podem confiar”.
Choram facilmente, mas não
em frente a outras pessoas. Crianças com os olhos vermelhos por chorar em
solidão, param de chorar assim que aparece alguém. Se erram por exemplo, numa
apresentação escolar, não choram no palco como em Pulsatilla, Silicea ou
Staphysagria; mas se trancam no quarto. Se consoladas, os olhos se enchem de
lágrimas, como se o consolo fosse uma fonte de infelicidade.
Esta criança que não se
sente compreendida, à qual falta o entendimento de sua necessidade de
afirmar-se, de manifestar-se , vai repetir na sua juventude todos os fenômenos
relacionados às perdas afetivas ou amores contrariados. E no fundo o que são
esse afetos contrariados?
Em sua evolução, os
primeiros afetos são os Pais. Existe uma simbiose da filha com o pai e do filho
com a mãe.
Este jovem irá buscar fora
de casa alguém que lhe satisfaça todas as necessidades infantis. É muito típico
naquela jovenzinha que sonha com o príncipe encantado (Cinderela). Mas em Natrum
Muriaticum, isso acontece de uma forma deformada, como tudo que faz, no fundo
acaba sempre por destruí-lo internamente.
Busca sempre relações
afetivas muito raras que o comprometem e o destróem. Muda de uma relação a
outra permanentemente, são os filhos que dão dores de cabeça aos pais.
Essa atitude revela uma
rebeldia muito marcada que é típica de Natrum Muriaticum.
Que faz esse personagem
quando está com raiva por não lhe darem afeto? Volta-se para dentro. É uma das
formas de fugir das pessoas, buscando a solidão. É um grande solitário, gosta
de estar só. Quando os demais lhe perguntam: O que você tem? Ou o que se passa?
É tão grande sua raiva que é como se dissesse: “Não, não. Eu não aceito nada,
porque quando era pra você me dar algo, não me deu, não recebi nada!
Agrava pelo Consolo.
Vamos ter um indivíduo
irritado, impetuoso, colérico, impulsivo e sofrendo silenciosamente. Pena
silenciosa assim como Ignatia e Pulsatilla.
Como na infância, a maioria
dos adolescentes Natrum Muriaticum passa por um período de tuberculinismo,
estando mais expostos então às afecções respiratórias.
Na puberdade, aparece acne
com aspecto característico , na testa e na implantação do cabelo. O rosto é
oleoso, com pústulas passando a impressão de pele rugosa ao toque. O rosto torna-se
vermelho por emoções ou por raiva e transpira facilmente. Acentuam-se às
tendências alérgicas, sendo um dos medicamentos mais frequentes na rinite
vasomotora do adolescente ou originada na adolescência.
Por causa das dificuldades
de relacionamento, e porque acham poucas pessoas que respondam às suas
necessidades afetivas, não tem muita amizade, nem sequer “um amigo de
confiança”; pelo recalque dos sentimentos e pela grande “sensibilidade a
desapontamentos amorosos, sofrem longamente sem consolo, ou tem prazer em
amores impossíveis, que ruminam infindavelmente e causam infelicidade.
Desenvolvem facilmente complexo de inferioridade por causa de seus sentimentos
de insegurança e autodesvalorização, procurando super compensar por intensos
esforços de vontade, para os que tem a maior disposição.
A dificuldade de
relacionamento alcança os pais e parentes. Não se manifesta visivelmente, mas
pelo sentimento de não serem compreendidos, de que não gostam deles, tendo
muitas vezes complexo de feiúra .Apesar da falta de comunicabilidade, estão
prontos a oferecer sua amizade. Outras vezes na época da puberdade pode aflorar
sentimento profundo de frustação, carregado desde a infância, tornando-se então
furiosos contra si mesmo e contra o mundo. A raiva os torna “adolescentes
rebeldes”, especialmente em relação aos pais(quem está mais próximo).
Em situação de crise podem
apresentar anorexia nervosa; facilmente com vômitos pós-prandiais, mas
frequentemente determinada a desilusão sentimental.
A maior parte dos conflitos
básicos do ser humano estão na sua necessidade instintiva de afirmação. Se a
criança Natrum Muriaticum, não recebe afeto na medida necessária para a sua
idiossincrasia, sofre com isso uma frustração que interfere no seu
desenvolvimento, implicando em falta de segurança e de autonomia, capacidade de
valorizar-se e de ser independente; com isso, ela carregará consigo,
relembrando e remoendo sempre. O Sal é um Conservante, os indivíduos Natrum
Muriaticum quando sofrem algumas emoções e decepções, as guardam dentro de si,
para serem curtidas. Isso se vê nas crianças que exigem muito mais do que lhes
é dado, acontece frequentemente quando nasce um irmão e com ele, o ciúmes.
Natrum Muriaticum é muito ciumento entre amigos ou irmãos, porque logicamente é
o irmãozinho que vai disputar o trono que ele tinha até este momento. O que faz
então nesta situação? A criança de Natrum muriaticum busca o afeto, quer que o
dêem, mas quando pensa que não estão dando o que deveriam dar, imediatamente
reprime-se, porque sua primeira reação ante a frustração do afeto é irritar-se
para conseguir o que quer e exercer alguma agressão. Cria-se a patologia quando
a agressão se torna exagerada.
A criança Natrum Muriaticum
necessita ser querida, necessita que o adotem. Tem medo de não ser querida, que
a deixem, então reprimem-se ficando com fixação nestas sensações desagradáveis
que ocorreram em sua vida.
Adulto
O medicamento persiste como
um dos remédios tipológicos mais importantes, e um grande medicamento
conjuntural nos estados de somatização de sofrimento psíquico ligados à
desapontamento, frustrações e solidão.
É seguramente, com a
sociedade atual cada vez mais agressiva e competitiva, o remédio mais
importante e destacado da Matéria Médica em problemas e afecções de toda ordem,
de origem emocional e transtornos que se manifestam ou se exteriorizam
principalmente na esfera espiritual. Toda a vasta gama do psicossomatismo
encontra neste remédio um dos principais e fundamentais agentes terapêuticos.
As emoções patológicas mais frequentes em que Natrum Muriaticum atua com um
efeito corretor são os pesares, as decepções ou frustrações, a ira (mesmo a
reprimida), as más notícias, um amor não correspondido, rejeitado, contrariado
ou pela perda do objeto de seu amor (mesmo por causa de morte), as
mortificações prolongadas e cotidianas, um fracasso nos negócios, em suas
ocupações ou em seus estudos, as preocupações, discórdia com pais, filhos ou amigos,
um susto a ser desprezado, a rudeza dos outros e qualquer tipo de emoção ou
excitação. Geralmente a indicação surge, principalmente, quando os fatores
emocionais mencionados são de incidência
reiterada e prolongada e não muito recentes, já que no caso agudo (ou no
momento agudo), o medicamento habitual, na maioria das vezes, costuma ser Ignatia.
Uma das formas de se
manifestar seus sentimentos, afetados pela noxa emocional ou sem nenhuma causa
visível, é mediante uma profunda tristeza, tormento ou aflição que, em geral, é
silenciosa, não demonstrativa, já que o habitual é que não possa chorar.Cansaço
pela vida, vontade de morrer, descontente com tudo, antes da menstruação, fome
canina, sem vontade de nada, aborrecido da vida, inconsolável podendo chegar a
uma indiferença a tudo que é prazeroso: às suas tarefas a comer ao bem estar de
todos; podendo existir alegria ou bom humor (alternando com tristeza),
alterando risada com choro.
Em outros casos, a resposta
as noxas emocionais se orienta a um profundo ressentimento em relação àquelas
pessoas que considera, com fundamento ou não, como causadoras de seus
problemas, chegando na maioria das vezes a uma aversão e em maior grau ao ódio,
com ideias de revanche, principalmente com aqueles que o ofenderam. Se não
consegue expressar seu ressentimento, este permanece na esfera de seus
pensamentos, que giram sempre ao redor do mesmo tema, verdadeira ideia fixa,
persistente e desagradável, que o prende e o atormenta. Expressa seu
ressentimento, o faz de viva voz, lembrando e voltando constantemente sobre o
mesmo tema (fatos desagradáveis antigos), chorando ao lembrar deles e
reprovando violentamente; é uma verdadeira ruminação mental.
É um cliente de choro fácil
que, quase inevitavelmente, chora durante a consulta, principalmente ao relatar
os problemas que viveu ou vive. Não consegue controlar seu pranto, que é
involuntário, mas a todo custo, trata de não chorar na frente dos outros,
preferindo chorar quando está sozinho porque o consolo o piora.
É também um dos clientes que
é intenso o desejo de solidão; tem uma verdadeira aversão à companhia, fica
melhor sozinho(gosta de ficar sozinho). É muito reservado, taciturno, piora
pela conversação. Falar produz esgotamento mental, tendo aversão a responder.
Tímido.
Sobressalta-se facilmente,
principalmente por susto, ruídos bruscos. Antes de dormir ou dormindo e às
vezes, como por uma sensação eletricidade que o acorda, como se viesse dos pés.
É assustadiço, piora à noite e ao acordar. Hipersensível à música e aos ruídos.
Tem medo de escuridão,
ladrão, tempestade, multidão; de perder a razão, de morrer, das doenças, dos
fracassos, da desgraça, de pessoas de ser envenenado, como se algo fosse
acontecer; dos homens e de ir dormir. Na Menstruação tudo se acentua e acompanha
por tristezas e palpitações. É acometido por ansiedade com angústia,
piorando ao anoitecer. Ansiedade hipocondríaca, ansiedade de consciência um
forte sentimento de culpa. Se desespera pelo futuro e por sua salvação.
Intelectualmente, tem
dificuldade para pensar e compreender, concentra-se com dificuldade. Confusão
mental, piorando pelos esforços mentais. Pode haver um déficit de ideias ou até
uma imbecilidade ou graus diversos de oligofrenia.
Pela manhã é muito
irritável, não tolera ser consolado.
Outras características
mentais: Ciúmes, falta de confiança em si mesmo, desdenhoso, arrogante,
nostálgico, imprevisível, indeciso, cleptomania, cheio de preocupações e com
isso se atormenta.
Olhos:
Pálpebras vermelhas e
ulceradas, que grudam à noite. Os olhos fecham espasmodicamente, tendo a
sensação de que se juntam e estão maiores como se estivessem comprimidos.
Paralisia do reto interno, estrabismo, principalmente divergente, rigidez ou
dificuldade nos movimentos dos globos oculares. Hiperestesia retiniana.
Conjuntivas injetadas. Olhos salientes. Veias marcadas nas pálpebras. Erupções
nas sobrancelhas, que picam. Fendas no canto externo do olho. Catarata.
Lacrimejamento intenso (muitas vezes intenso), as lágrimas escorrem pelo rosto
ao tossir(era o sintoma chave de Burnett na coqueluche). Dor nos olhos pelo
esforço visual, quando olha fixamente, lendo ou escrevendo.
Sede extrema de grandes
quantidades por vez. Indigestão a farináceos. Pirose que sobe. Náuseas. Arrotos
com gosto de comida. Fome intensa sem apetite. Anorexia. Vômitos biliosos.
Pressão no estômago.
Insônia por causa de
aflições ou por uma atividade mental; não consegue dormir depois que acorda.
Dificuldade para acordar pela manhã.
Tremor das mãos,
articulações inchadas, peso nas pernas.
Friorento, falta de calor
vital, apesar de esgotar-se com o calor, com o sol e no verão.
Por ter um grande potencial
afetivo e um déficit de assimilação, tem necessidade e insatisfação que se
incrementam.
Vemos um exemplo a nível de
estômago, que podemos encontrar também a nível mental com as mesmas conotações.
Aversão a comida e com fome
e perda do apetite. Vemos a necessidade de um lado e a incapacidade de
gratificar-se do outro. Natrum Muriaticum não está apenas descontente consigo
mesmo, está descontente com tudo.
Como um bom sujeito que
necessita de sal e mar, Natrum Muriaticum gosta de produtos do mar. Tem desejos
de mariscos. As ostras, os mariscos, os pescados o encantam.
O indivíduo muitas vezes roubam
sal, gostam de sentir o gosto de sal na boca.
Quando viemos ao mundo,
quando a vida se desenvolveu-se na Terra, a vida nasceu na água e depois saiu
para a terra. Continuamos todos a viver na água. Não existe nenhuma parte viva
do ser humano em contato com o ar. As mucosas estão banhadas em líquidos e a
pele está coberta por uma capa córnea morta que renova-se permanentemente.
Nossa vida desenvolve-se em meio aquoso. O elemento vital deste meio aquoso é o
cloreto de sódio. O líquido amniótico, em que está banhando o bebê, é seu
elemento de contexto com a vida, quando o retiram deste líquido estão separando
o indivíduo do meio. O ser humano para viver necessita deste meio aquoso, do
meio salino e, também, necessita de um elemento muito importante que é o afeto,
o calor afetivo.
Esta necessidade de água e
sal que tem o indivíduo de Natrum Muriaticum cujo metabolismo é alterado,
também terá alteração na dinâmica de suas necessidades afetivas com o mundo que
o rodeia. Ele necessita quantidade exageradas de água e sal, assim como
necessita de quantidade exagerada de afeto.
Ao tomar o medicamento
Natrum muriaticum o indivíduo se equilibra em suas emoções internas e externas,
obtendo uma qualidade de vida, com um propósito maior nos altos fins de sua
existência.
Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata
E
Hipnóloga Condicionativa
Coordenadora do Curso de Homeopatia em
São Paulo