quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O HOMEM TRANSDIMENSIONAL




O HOMEM TRANSDIMENCIONAL

   O Homem como um ser transdimensional, pois parte permanece no plano físico e parte permanece no plano espiritual. Como em um iceberg, a maior porção está submersa e não pode ser vista no plano físico.
   A porção física é temporária, perecível e descartável (realidade humana temporária), utilizada como um instrumento que possibilita ao Espírito transitar nesta dimensão, experimentando suas sensações e aprendendo lições que o mundo de sensações tem a ensinar.
   No plano espiritual, o Homem desencarnado, que não carrega o corpo físico, sua constituição é de dupla natureza, sendo parte material (derivada do fluído cósmico universal) e parte verdadeiramente espiritual (derivada do princípio inteligente).
   Quem transcende as dimensões é a porção material do homem, sendo justamente nessa porção que identificamos os mecanismos que manifestam o Espírito. É também através do estudo e compreensão da porção material do homem, assim como a interferência de sua porção imaterial, que entenderemos os seus distúrbios, para, então, chegarmos às alternativas terapêuticas de auxílio e reequilíbrio do indivíduo.
Modelo Tiller- Einstein do espaço/tempo positivo-negativo, descritos no livro Medicina Vibracional, escrito pelo Dr. Richard Gerber. Nesse modelo o Dr. Willian Tiller, da Universidade de Stanford (EUA), utilizou a fórmula de Einstein (E=m.c2) acrescida de uma constante de proporcionalidade (equação de Einstein- Lorentz).
E = M C
(1 – V 2 / C2)

E = energia c = velocidade da luz     m = massa v = velocidade
(equação de Einstein – Lorenentz)

   Uma partícula acelerada à velocidade da luz gasta uma energia absurdamente intensa maior até que em certo ponto, o aumento de sua velocidade necessita de uma energia absolutamente intensa.
   Para a matéria com velocidades inferior à da luz, chamou de: espaço-tempo positivo. Seria a matéria do universo físico. Para a matéria cujas partículas viajam a uma velocidade maior que a da luz, chamou de: espaço-tempo negativo, que comporiam a dimensão espiritual ou etérica.
   Sobre essa teoria, poderíamos imaginar que, da mesma forma que as partículas espaço-tempo positivas, ganhando velocidade, se transformam em luz e depois passam as fronteiras entre o físico e o etérico, na dimensão espaço-tempo negativa, poderíamos continuar acelerando a partícula até que ela se tornasse luz espaço-tempo negativa, e novamente estivesse na fronteira de uma próxima dimensão, mais energética e etérica ainda, e assim por diante até onde puder nos levar a imaginação.
   Na linha exata de transição entre essas duas dimensões, está o duplo- etérico, porção composta pelas partículas mais lentas da matéria espaço-tempo negativas, formadas pelo ectoplasma (matéria de transição).
   Na dimensão material, as porções mais próximas do perispírito são os neurônios e os meridianos acupunturais mais intimamente relacionados com o duplo- etérico. Já na dimensão espaço-tempo negativo, encontramos como principais estruturas de ligação os nadis e os chacras.
   Ao conjunto formado pelo duplo- etérico e seus canais de energia (chacras e nadis), meridianos acupunturais sistema nervoso e também sistema endócrino, chamamos de interface física- etérica, ou seja, a ponte transdimensional que ancora o verdadeiro EU ao seu corpo físico e provisório, agindo como um canal de comunicação de energia nos dois sentidos.
   Conhecer as leis que regem os canais de energia, saber como o perispírito age sobre o corpo físico e como o corpo físico pode influenciar o perispírito, são os caminhos que deverá seguir a medicina do próximo milênio, partindo para a exploração da matéria transdimensional, buscando as causas primárias dos distúrbios e descobrindo formas de intervir e auxiliar de maneira mais eficaz.
   Terapêuticas que agem sobre o organismo físico, estão mais relacionadas ao tratamento meramente sintomático, que procura aliviar os efeitos do distúrbio, sem intervir sobre a causa.
   As terapias que buscam a restauração dos fluxos energéticos, sua quantidade e qualidade, estão mais próximas da medicina curativa. No entanto, só haverá fim para os desequilíbrios humanos, quando passarmos a praticar a verdadeira medicina preventiva; e esta não age na porção material do homem, mas na sua Alma.
   Cirurgia, alopatia, homeopatia, acupuntura, cromoterapia, etc. são formas de auxílio que agem em diversos pontos da porção material do homem, seja ela espaço-tempo positivo ou negativo; mas a verdadeira cura só ocorrerá quando deixar de existir a causa primária do distúrbio, ou seja, a correção das patologias da Alma, dos sentimentos, das ações. O único que pode operar essa cura é o próprio indivíduo, no exercício do livre- arbítrio.
   Toda a porção de matéria física é um simples espelho do indivíduo, usado por ele para manifestar-se e interagir como mundo onde vive. Não existe possibilidade de tratamento a base de química se não houver um entendimento das ações, pensamentos e sentimentos gerados pelo indivíduo não resultando na cura. A homeopatia atua no campo vibracional do indivíduo, acelerando a força vital proporcionando a cura. As exonerações mental, emocional, energética e conseqüentemente física é simplesmente a força interna de cada um de nós (do Eu Superior) atuando na percepção verdadeira do Ser.

Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata


A ORIGEM DA INDIVIDUALIDADE




A ORIGEM DA INDIVIDUALIDADE


   Em se tratando de um ser vivo existe nele a capacidade de perceber o meio, percepção no qual está situado e com o qual interage. A partir do momento em que a consciência se dualiza ela “esquece” que é essencialmente una; não mais se dá conta de que o “eu”, os “eus” e todas as coisas integram uma só essência. Sentindo-se divisionária a mente, em vez de agir como unicidade, passa a agir como dualidade e por isso cobra a necessidade de interações com tudo aquilo que é percebido. Em tal condição o ser deixa de vivenciar a realidade única, unicidade e passa a vivenciar a realidade virtual, multiplicidade, que é o mundo imanente.
    Somente a metafísica especula sobre o que está além daquele limite expresso pelo mundo objetivo, mas ela se distancia muito do pensamento cartesiano adotado pela ciência oficial. Para além do ponto inicial da criação não se pode usar qualquer tipo de método científico, não se podem usar conceitos de geometria, de física, de matemática ou coisas assim. O único meio de abordagem sobre a transcendência é o da especulação metafísica e filosófica, portanto desde que nenhum método experimental se presta para este fim qualquer afirmação sobre o que está além do ponto adimensional da creação não pode ter respaldo científico, exatamente por transcender os limites da experimentação, da análise objetiva.
    A Filosofia Homeopática fala de Psora Latente Conferindo a qualidade de uma forma de angústia existencial, presente em todos os seres racionais, e quiçá nos irracionais. Mas para se entender o que na verdade é a Psora Latente em nível mental, se faz além do limite da própria creação e sendo assim não podemos obedecer aos protocolos da ciência experimental.
    Como tudo tem uma origem única fora do mundo objetivo, podemos então dizer: a angústia existencial tem origem no limite entre o mundo transcendente e o imanente, portanto fora do mundo dialético, ou seja, fora do mundo objetivo. Não adianta buscá-la em nível de organismo, e sim da própria existência do Ser.
    A Angústia Existencial atinge todos os seres. Para se entender, se faz deixar de lado o aspecto científico de nível experimental e penetrar no especulativo. Mas como a ciência experimental é totalmente ignorante no que tange à origem das coisas existentes que constituem o Universo em geral e as condições mentais em especial, isto nos leva a ter de usar premissas estabelecidas no campo da metafísica, das doutrinas filosóficas e religiosas.
    Houve o surgimento de uma Luz no início dos tempos (tempo cronológico, tempo linear, pois o tempo absoluto é eterno, portanto não tem início). No início deste universo manifestou-se algo que a ciência chama de energia e as doutrinas chamam de Luz. A ciência intitula de energia primordial existente num estado chamado de singularidade é idêntico àquela condição que as doutrinas oriundas do pensamento védico chamam de “Brahma”; as judaico-cristãs, de Deus Pai, e assim por diante.
    Temos duas condições, os dois mundos, o transcendente e imanente. A transcendência é o “nada quântico” que é considerado como sendo a Consciência Suprema, a Consciência Cósmica, que por transcender o ponto de origem do mundo imanente é considerada Una. Não existem duas consciências porque na transcendência Tudo é Um.
    A Consciência Creadora gerou duas condições distintas em manifestação. Tudo procede do Um, a primeira representa a consciência imponderável, e a segunda a consciência-energia-estruturada em todas as coisas objetivas. Ambas as condições são diferentes aspectos de manifestação de algo único que é a consciência.
    Qualquer expressão de consciência somente pode ser detectável através de algo. A Consciência Cósmica para se manifestar objetivamente necessitou criar as coisas que constituem o Universo físico, e isto conforme o pensamento dos antigos filósofos se fez sentir primariamente mediante os quatro elementos: Fogo, Água, Ar e Terra.
    Nesse processo fica evidente que a partir da unicidade se estabeleceu a multiplicidade, gerando assim dois aspectos de manifestações perceptivas da “existência Uma”. A primeira consiste em percebê-la como natureza primordial, isto é, como unicidade – Unismo; e a segunda, como descontinuidade – Dualismo, como uma “ilusória fragmentação do Uno” (Ilusão Maya). A multiplicidade é a condição que predomina quase totalmente na mente dos seres que integram o chamado “mundo Imanente”, a creação.
   A visão unista difere da dualista apenas no que diz respeito à objetividade. No dualismo Deus se manifesta objetivamente como polaridades, enquanto que no unismo como potenciais em que não há polaridades, pois o que é uno não pode comportar polaridade alguma.

Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata


A VERDADE SOBRE A PERCEPÇÃO




A VERDADE SOBRE A PERCEPÇÃO


   A percepção é um processo complexo com múltiplas facetas, iniciada quando nossos neurônios sensoriais captam informações do meio ambiente e a enviam ao cérebro na forma de impulsos elétricos. Temos uma percepção sensorial limitada. Não vemos a radiação infravermelha ou percebemos os campos eletromagnéticos como os pássaros que usam essa informação para se orientar. A quantidade de informação que entra por meio dos cinco sentidos é impressionante; cerca de 400 bilhões de bits por segundo.
          Não recebemos nem processamos conscientemente essa quantidade. Pesquisadores afirmam que passam por nossa consciência apenas dois mil bits por segundo. Nas palavras do doutor Andrew Newberg, quando o cérebro trabalha para tentar criar uma história do mundo, ele precisa se livrar de muitos dados supérfluos. O cérebro precisa filtrar uma tremenda quantidade de informação irrelevante para nós. Ele faz isso inibindo coisas, evitando que algumas respostas e informações neurais acabem por chegar ao nível consciente, e assim ignoramos a cadeira em que estamos sentados. Ou seja, filtrando o que é conhecido. E, então, existe a filtragem do que é desconhecido...
          Ao vermos alguma coisa que o cérebro não consegue identificar, buscamos algo similar. Se não houver nada semelhante, ou se for algo que saibamos não ser real, descartamos a informação com: “Eu devo estar imaginando coisas”.
          Assim, nós não percebemos a realidade de fato, vemos a imagem dela que nosso cérebro construiu, usando o impulso sensorial e associações obtidas em suas vastas redes neurais.
          “Dependendo de suas experiências, diz o doutor Newberg, e de como você as processa, isso realmente cria um mundo visual, o cérebro é, afinal, quem percebe a realidade e cria nossa versão do mundo”.


       EMOÇÕES E PERCEPÇÕES


          Nossas emoções decidem o que é digno de atenção. Os receptores são os mediadores na decisão sobre o que vai se tornar um pensamento ao chegar à consciência e o que vai permanecer como um padrão de pensamento não digerido, enterrado num nível mais profundo do corpo.

“As emoções foram projetadas para fixar quimicamente algo em nossa memória de longo prazo.”
                                              (Joe Dispenza)

          As emoções são ligadas a um nível ainda baixo do processamento visual, próximo do primeiro passo. De um ponto de vista evolutivo, isso faz sentido. Se você caminha por uma trilha e um tigre salta a sua frente, você vai processar essa imagem e começar a correr antes de saber por quê.
          Quatrocentos bilhões de bits por segundo. ”Mesmo depois de jogar fora o “irreal” (marcianos) e o” irrelevante” (cheiro de xampu), ainda restam muitos bits. As emoções atribuem a eles um peso ou importância relativos. Elas são um atalho estrutural na percepção, e também nos dão a capacidade incomparável de não ver o que simplesmente “não queremos ver”.
            “Nossos olhos estão se movendo o tempo todo. Eles se movem sobre todo esse campo de energia. Então, por que eles colocam em foco e começam a deixar entrar uma área e não outra? É muito simples: vemos aquilo em que queremos acreditar. E viramos as costas ao que não é familiar ou é desagradável.”
                                             (Candace Pert, Ph. D)

             Portanto, se construirmos a realidade como elemento de nosso estoque já existente de lembranças, emoções e associações, como podemos perceber algo novo?
       A chave são os novos conhecimentos. Expandir nosso paradigma, nosso modelo do que é real e possível, acrescenta novas opções à lista utilizada por nosso cérebro. Lembre-se, essa lista é só uma descrição operacional da realidade. Não é a realidade propriamente dita.
            Conhecimentos novos podem abrir nossas mentes a novos tipos e novos níveis de percepção e experiência.
          Informações novas são importantes, mas o conhecimento completo envolve tanto a compreensão quanto a experiência. Se você quiser que alguém saiba como é comer um pêssego, pode descrever a experiência – “é suculento, doce, macio...” - mas ele ou ela nunca saberá de fato o que é comer um pêssego enquanto não morder um. Portanto, para expandir nosso paradigma e despertar para uma vida, mas rica, precisamos de novas experiências.
       Quando foi a última vez que você provocou a própria mente? Que você fez algo escandalosamente diferente?
          Em Viagem a Ixtlan, Carlos Castaneda descreve uma das lições de Don Juan: “Espreitar a si mesmo”. Ou seja, estudar os próprios hábitos como se espreitasse uma presa, de modo a se apanhar fazendo coisas habituais e então fazer algo totalmente novo.
          De volta às velhas perguntas: se só percebemos o que conhecemos, como iremos perceber algo novo? Se é você quem faz, como poderá criar um novo você?
          Quando compreendemos que só conseguimos experimentar a vida dentro das fronteiras do que já sabemos, torna-se óbvio que se quisermos ter uma vida mais abrangente e mais rica, com mais oportunidades de crescimento, realizações e felicidade, precisamos nos empurrar para frente, fazendo grandes perguntas, experimentando novas emoções e armazenando mais dados em nossas redes neurais.
          Nós criamos o nosso mundo...
          O resultado, pelo menos para a ciência, é: Nós criamos o mundo que percebemos. Quando abro os olhos e olho em torno, não vejo o “mundo”, mas o que meu equipamento sensorial consegue perceber, o que meu sistema de crenças me permite ver, o que minhas emoções desejam ou não ver.
          Karl Pribram revolucionou o modo de pensar o cérebro quando declarou que ele é essencialmente holográfico: o processamento está espalhando por todo o cérebro e, como num holograma, cada parte contém o todo. O Universo é essencialmente holográfico e a única razão para sentirmos que estamos dentro da realidade, em vez de apenas percebê-la, é o fato de nosso cérebro estabelecer uma conexão holográfica com o que está lá fora. Portanto, nossa percepção não é processada apenas no cérebro, ela se move para além dele para interagir com o que está lá fora.
            Mas se a realidade é holográfica, é possível perceber isso de imediato? Nossos sentidos são limitados; são cortadores de biscoito dando forma à realidade. Ao passo que os exploradores da consciência relatam ser possível experimentar completamente o mundo, todo o universo e um grão de areia, o que percebemos em nossos sentidos é Maya, ilusão. Tudo depende do ponto de vista.

Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata



A INESGOTÁVEL RIQUEZA DO NADA




A INESGOTÁVEL RIQUEZA DO NADA


O “nada” ou os vazios quânticos é uma das principais preocupações da ciência atual. No “nada” desconfiam os cientistas, está a matriz do Todo, De tudo e do Universo Material em que vivemos. “O vazio está cheio de alguma coisa que não é matéria”. No vazio quântico há tudo e nada, ao mesmo tempo. Alguns físicos simplificam a questão e dizem que no vazio, nada há informação. O Brasileiro Mário Schemberg Laborit considera essa definição insuficiente e dá uma explicação mais elaborada para o conteúdo do “nada”: “Variações de campos elétricos provocados pelo epicentro da matéria e que persistem quando a matéria já não está lá.” Outro físico, David Bohm, fala de “ordem implícita”. Ele quer dizer: a matéria está implícita no “nada”- no vazio há pré-forma; é o molde invisível do molde visível- que somos nós e as coisas. Beneviste, pesquisador francês, provou que a matéria tem memória. Realizou experiências mostrando que quando a matéria deixa de existir num ponto, ficam os vestígios- ou memórias. As experiências de Beneviste foram testadas em vários laboratórios e os resultados comprovaram a afirmação. Burr e Sheldrake, dois biólogos, dizem ter identificado “campos de vida”, ou campos morfogenéticos. É mais ou menos como a “ordem implícita”, cada organismo teria uma pré-forma da qual os genes seriam apenas mensageiros materiais.“ Einstein, no seu intuicionismo avassalador, pensou ter identificado no Universo essa força invisível contida no “nada”- a ordem implícita de Bohm – e a incluiu num sistema conhecido como” constante cosmológica”. Desacreditada – até repudiada pelo próprio Einstein, depois a constante foi recentemente reabilitada com as descobertas do Telescópio espacial Hubble. O Hubble não detectou a chamada massa invisível. Essa massa era a explicação dada pelos astrônomos para ocorrências cósmicas inexplicáveis pelo volume de massa visível. Ou seja, a massa detectável no universo não bastaria para produzir o próprio universo.Deveria haver massa oculta e que constituiria 90% de todo o cosmos. O Hubble demoliu essa crença e pôs no seu lugar uma explicação parecida com a constante cosmológica. A de que há alguma coisa muito poderosa no “nada” dando origem ao todo, e muitos até a estão chamando de Deus. Para o físico inglês Stephen Hawking isto não é novidade. Ele já vem falando da “mente de Deus” para justificar o comportamento da matéria que volta para o “nada” pelas goelas dos insaciáveis buracos negros e atravessa a barreira do tempo.
A própria ciência com embasamento matemático, nega a existência de um “nada absoluto”, quando afirma existir algo indefinível, indetectável, inefável, fonte de “informações” além do Universo. Este pensamento da ciência moderna está em conformidade com o pensamento dos místicos em alto nível de todos os tempos, especialmente os orientais, habituados à meditação sobre conceitos metafísicos elevados. É exatamente num nível além do universo, ou seja, naquele “nada quântico” referido pela ciência atual, que eles colocam Deus, o Poder Superior Criador.
A fonte de todo o conhecimento, o propósito primeiro de tudo quanto foi criado, e mesmo daquilo que ainda não foi criado, existe ao menos como “informação” na citada “Inesgotável Riqueza do Nada”, pois ali tem tudo e tem nada.
A própria ciência tem indagado sobre coisas abstratas como pensamento e consciência, indagando se o próprio pensamento também é feito do “nada”. Psicólogos Freudianos e comportamentais, neurofisiologistas e biólogos têm tentado em vão, identificar a substância mental e a sede da consciência. Aí surge outra dúvida, a consciência é uma propriedade apenas do ser humano ou dos animais, e a própria matéria, também a têm? A Consciência como a mente seria algo especial, substrato do Todo, ou apenas produto de interações neuroquímicas de um organismo? Isto para a ciência ainda é um mistério insondável, embora para o místico seja algo bem claro, a consciência é um aspecto de o próprio Poder Superior. Todas as reações dos seres vivos nada mais são do que exteriorizações implícitas na fonte da própria energia o que originou todo o Universo, portanto não se trata de algo inerente ao mundo objetivo, de algo gerado pela matéria, mas de algo manifestado através dela.
“Onde quer que se faça presente uma estrutura apta a manifestar consciência, ela ali, se fará presente, desde que se trate de um Poder que inunda todo cosmos”.
A fonte de todo o conhecimento, o propósito primeiro de tudo quanto foi criado e mesmo daquilo que ainda não foi criado, existe ao menos como informação, pois ali tem tudo e tem nada. A ciência pode chamar de pré- forma da forma ou modelo organizador, mas nomes não causam diferença alguma, o que importa é que lá está uma fonte de consciência.
“Tudo é Mente” ou “O Universo é Mental”. Sendo assim, desde que tudo é mente no universo, logo, tudo tem consciência nas devidas proporções.
Podemos afirmar que sejam quais forem às circunstâncias, a consciência e também todas as qualidades inerentes à mente pré-existem, antecedem à forma, pois antes de qualquer estrutura tudo já estava implícito no ponto gênese do universo. Como não existiram dois pontos de origem, então não se pode negar que tudo que há e se manifesta de alguma forma, já estava reunido numa só condição – ponto primordial da criação, que se desdobrou em miríades de coisas. Houve uma fragmentação colossal atingindo não apenas a energia, mas também todas as condições imateriais existentes. Embora isto seja um mistério insondável para a ciência oficial não o é para os pensadores metafísicos e místicos.

Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata




O Que é Realidade?




O QUE É REALIDADE?

   O que eu pensava ser irreal, agora me parece em alguns aspectos mais real do que o que eu considero real, que agora parece irreal.
                        Fred Alan Wolf

   O que é a realidade? A maioria das pessoas acha que realidade é o que nossos sentidos projetam para nós. É claro, a ciência adotou essa visão durante quatrocentos anos, o que não for perceptível por meio dos cinco sentidos (ou de suas extensões) não é real.
   Porém, mesmo essa “realidade” tem uma aparência quando a examinamos com nossos olhos, e outra quando a examinamos mais a fundo, por meio do microscópio ou do acelerador de partículas. Então ela se torna completamente diferente, irreconhecível.
   E os nossos pensamentos, então? Eles são parte da “realidade”? Olhe em torno: há janelas, cadeiras, lâmpadas etc. Você provavelmente pensou que tudo isso era real. Tudo isso foi precedido por uma “idéia” de janelas e cadeiras e as criou. A maioria das pessoas acha que pensamentos e emoções são reais – mas quando os cientistas exploram a “realidade”, eles evitam cuidadosamente falar sobre essas coisas.
  A humanidade foi para o laboratório e resolveu algo mais simples, vamos pegar todas as “coisas” que concordamos serem “reais” e verem do que são feitas. Elas são mais simples do que sonhos, idéias, emoções ou outras coisas internas.
“Não existe nada a não ser átomos e espaços vazios; tudo o mais é opinião”.                                                                                                                                                                                                                          
                                            (filósofo grego Demócrito)

             Foi um grande ponto de partida. Então vieram os microscópicos eletrônicos, os aceleradores de partículas e as câmaras de neblina e nós, os gigantes, nos debruçamos sobre o mundo das coisas pequenas.
             Os átomos são os blocos de que é feita a natureza. Boa tentativa! É um conceito elegante, que permite criar diagramas, mas não é verdadeiro. Aqueles pequenos átomos sólidos, com suas órbitas bem comportadas, eram apenas pacotes de energia. Cada átomo consiste quase totalmente em “espaço vazio” de modo que é uma espécie de milagre não cairmos no chão cada vez que nos sentarmos numa cadeira. E como o chão é majoritariamente vazio, onde encontraríamos alguma coisa bastante sólida para nos sustentar? Nossos corpos também são feito de átomos!
             O dito “espaço vazio” dentro e em torno dos átomos não é de forma alguma vazio; está cheio de energia que um centímetro cúbico. O conteúdo de um dedal ou o volume de uma bolinha de gude contém mais energia que toda a matéria sólida existente em todo o Universo conhecido! Então, o que você disse que era realidade?
              Existe um domínio completamente não físico, que pode ser chamado de informação, de ondas de probabilidade ou de consciência. Tudo é feito de átomos; então esse campo subjacente de inteligência, é na essência, o que o universo realmente é.
            O universo é inteligente. Ele está avançando em uma direção, e temos algo a ver com ela. O espírito criativo, a intenção criativa que fez a história deste planeta, vem de dentro de nós e está fora. Tudo é o mesmo. Tudo é consciência. Tudo é inteligente. Tudo é Deus.
            A consciência propriamente dita é o que é fundamental, e a energia- matéria é o seu produto. Se mudarmos de opinião sobre quem somos, e nos olharmos como seres criativos e eternos, criando a experiência física, unidos por esse nível da existência que chamamos consciência, então começará a ver e a criar de forma diferente esse mundo em que vivemos.
            No século XVIII, o filósofo alemão Emmanuel Kant afirmou que nunca poderemos conhecer a natureza da realidade como ela é. Nossas investigações só fornecem respostas ao que perguntamos baseados nas capacidades e limitações de nossas mentes. Tudo o que percebemos no mundo natural (seja por nossos sentidos, seja pela ciência) passa pelo filtro da nossa consciência, e é determinado, até certo ponto, pelas estruturas mentais. Assim, o que vemos são “fenômenos”, interações entre a mente e o que quer que esteja “realmente ali”. Não vemos a realidade. A “coisa em si” nos é oculta.
            A ciência só nos dá modelos do mundo, não o mundo propriamente dito.
            A idéia de que existem diferentes níveis simultâneos, todos eles reais. Em outras palavras, os níveis superficiais são reais em si, só quando os comparamos aos níveis mais profundos percebemos que não são de fato reais, não é o nível “final”. Braços e pernas são reais, células e moléculas são reais, átomos e elétrons são reais, a consciência é real.
            Existem diferentes mundos nos quais vivemos. Há a verdade superficial e a profunda. Há o mundo macroscópico que podemos ver, há o mundo de nós mesmos, há o mundo de nossos átomos, e o de nossos núcleos. São mundos totalmente diferentes. Vivemos paralelamente em muitos mundos. Cada um deles tem uma linguagem própria. Não são menos importantes ou mais, são diferentes níveis de verdade. Mas tudo está ligado, vivemos em uma cadeia.

    A realidade é um processo democrático?

             As nossas vidas diárias e decisões momentâneas sobre a realidade são democráticas?
            Quando a concordância com os outros torna algo real? Se de dez pessoas numa sala, oito vêem uma cadeira, e duas um marciano, quem está alucinado?
            E quando 12 pessoas acham que um lago é uma massa de água, e uma pessoa, uma superfície em que se possa caminhar?  Um paradigma é apenas a idéia (modelo) de maior aceitação sobre o que é real. A consciência cria a realidade? É por isso que não há uma boa resposta, porque a realidade é a resposta?
            A mente fornece a referência, o conhecimento específico e as premissas específicas para que os olhos vejam. A mente forma o universo que o olho então vê. Em outras palavras nossa mente está estruturada em nossos olhos.
                                               Henryk Skolimowski


            A Mente mente!
            Se tudo o que percebo tem por base o que já conheço, como poderei perceber alguma coisa nova? Se eu nunca perceber algo novo, como poderei mudar? Como crescerei?
            Cinco níveis aninhados de processamento cerebral. Foi o que você acabou de fazer para “ver” cada uma dessas letras. Seus olhos não mandaram uma imagem de cada letra. Seu cérebro processou os dados visuais enviados pelos olhos e construiu essas letras.
            O cérebro divide em formas, cores e padrões básicos os impulsos que chegam a ele. Ele então compara esses elementos a padrões de lembranças de coisas similares, associando-os às emoções e atribuindo significado aos eventos. O cérebro reúne tudo, formando uma imagem integrada que é projetada no lobo frontal quarenta vezes por segundo. Nós não vemos de forma contínua. É como um filme piscando.
            Imagine que você está olhando para uma floresta. O cérebro está na verdade pintando as folhas de cada árvore que você vê. Ele associa as imagens às lembranças, ou redes neurais, de folhas, cores, tamanhos e formas, e de alguma maneira as reúne.
            “Somos bombardeados por imensas quantidades de informação que entra em nosso corpo e é processada. Ela entra por meio de nossos órgãos dos sentidos, vai se infiltrando corpo acima, e a cada passo vamos eliminando informação. Por fim, a que chega à superfície da consciência é aquela que mais atende a nossos interesses.”
                                                     (Candace Pert, Ph. D)

Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata




INSTITUTO CULTURAL IMHOTEP