BIOLOGIA INTELIGENTE
Cada célula é um organismo inteligente.
Você pode retirá-la de seu corpo, pô-la em uma placa de Petri, e ela dará conta
de sua própria vida: lidará com o meio, crescerá, reproduzir-se-á e formará
comunidades com outras células. No corpo humano, lidamos com uma vasta
comunidade de células trabalhando juntas, de forma harmoniosa. Em uma placa de
cultura, as células se comportam como entidades individuais. Entretanto, em um
corpo, elas agem como uma comunidade. De fato, sozinhas não podem realizar tudo
aquilo que querem, porque a coesão do grupo ruiria. Portanto, quando as células
se juntam em uma comunidade, adquirem uma inteligência central que se incumbe
de coordenar a atividade das células individuais do grupo. As células realmente
se submetem à ordem mais elevada daquela voz central. Um organismo humano é uma
comunidade de mais de cinquenta trilhões de células operando em uníssono e harmonia,
tentando se adequar às solicitações e exigências daquela voz central. É esta
que obtém e aprende as percepções com que devemos tratar ao longo de nossas
vidas.
Existem três fontes de percepções
controladoras da vida. A fonte número um é a genética, que fornece os instintos comuns a todos os
seres humanos, coisas básicas, como tirar automaticamente sua mão do fogo. Um
segundo conjunto de percepções se origina da mente subconsciente, a parte que
controla todas as funções em que não temos necessidade de pensar. Uma vez que
você aprende a andar, o programa para controle do andar se torna uma parte da
mente subconsciente. Você necessita apenas ter a intençãode andar, e o cérebro coordenará o comportamento. A
terceira fonte de percepções vem da mente consciente. A mente consciente pode
rescrever qualquer um dos programas subconscientes que você adquiriu, e você
pode, até mesmo, retroceder e alterar a atividade genética. A mente consciente
é sem igual, porque pode mudar um histórico inteiro de percepções, de forma a
imprimir comportamentos e estilos de vida diferentes.
Como os bebês aprendem
Durante o desenvolvimento humano, no
momento em que um esperma e um óvulo de unem, supõe-se que o destino deles seja
controlado pelos genes herdados. O papel da mulher no desenvolvimento fetal
fora, em um primeiro momento, restrito a sua contribuição, no que diz respeito
à nutrição, por meio dos componentes de seu sangue que transcorrem da placenta
ao feto. Mas seu sangue contém muito mais do que apenas alimento. O sangue
também contém todas as moléculas de informação, como hormônios e substâncias
químicas emocionais. A mãe está constantemente ajustando sua fisiologia e suas
emoções para lidar com as contingências da vida. Como seu sangue, através da
placenta, é dirigido ao feto, este experimenta e sente o que a mãe vive. Esta é
uma idéia superinteligente da parte da Mãe Natureza. Como o feto, quando
nascer, viverá no mesmo ambiente que a mãe percebe, a mãe está ajudando o feto
a se “ajustar” às condições atuais do mundo.
Se a mãe compreende o mundo como
ameaçador, sinais enviados ao feto são completamente diferentes dos que o
seriam, caso a mãe percebesse o mundo como um lugar calmo e amparador.
Quando os hormônios do estresse cruzam
a placenta, visam exatamente aos mesmos alvos no feto que o fazem na mãe. Fazem
os vasos sangüíneos viscerais do feto se contraírem, enviando mais sangue à
periferia, preparando o feto para uma reação de luta ou de fuga. Em um feto em
desenvolvimento, isto acentuará o desenvolvimento do sistema
músculo-esquelético e construirá um corpo maior, com um aumento proporcional da
função do cérebro posterior para controlar aquela reação. Em um mundo
verdadeiramente instável, aquela mãe está criando uma criança que terá uma
grande vantagem, porque sua capacidade de ser um lutador e sobrevivente está
sendo aumentada grandemente. Sim, os genes controlam o desdobramento de um
plano corporal, mas a forma como você aprimora alguns órgãos e subtrai de
outros se baseia no fluxo de substâncias químicas de informação que são
transportadas do sangue materno à placenta.
Atualmente, reconhece-se que, quando a
criança nasce, ela é totalmente capaz de vivenciar quase todas as emoções de
adultos. Recém-nascidos podem expressar raiva, ciúmes, ira, amor e tristeza.
Ocorre que tanto a mãe quanto o pai, de fato, lapidam e moldam a fisiologia e o
comportamento da criança para esta se adaptar ao mundo deles. Se os pais acham
o mundo preocupante, seu filho será afetado. Por exemplo, quando os pais não
querem um filho, essa informação, na forma de química emocional, atravessa a
placenta! O feto já sabe que seu sustento não está garantido. É claramente
importante para nós reconhecermos que criar um filho é um processo muito
importante, dinâmico, interativo entre os pais e o feto. Com efeito, a
compreensão recente sobre patologia humana claramente revela que questões que
nos afetam na adultez, como doenças cardiovasculares, câncer e obesidade, na
verdade, possuem suas origens nas fases pré-conceptual, fetal e neonatal da
vida. As condições sob as quais uma criança se desenvolve no útero moldam-na
profundamente para o resto de sua vida, em relação ao comportamento e à
fisiologia.
Após nascer, a criança passa a fitar os
semblantes de seus pais e, dentro de poucas horas, ela aprende a ler suas
expressões faciais. A razão para isto é muito importante: a expressão facial
dos pais serve para instruir a criança sobre seu novo mundo. À medida que a
criança explora seu mundo, se ela encontra algo “novo”, e o rosto de seus pais
expressa preocupação ou medo, imediatamente ela aprende que aquela coisa deve
ser evitada. A criança se afastará de tudo aquilo que ela perceber como
ameaçador. Isto é uma reação saudável para sua vida. Através desta ligação e de
todas as suas interações, os pais estão programando as reações da criança.
Quando os pais não estão presentes e não seguem esta ligação, ocorrem problemas
no desenvolvimento da criança, designados como transtorno de apego. Tal criança
apresenta problema em focar e expressa características similares às do
distúrbio de déficit de atenção. A ciência documentou como as reações ao mundo
que obtemos de nossos pais são profundamente importantes na modelagem de nossa
própria fisiologia e saúde, bem como doenças que podemos vivenciar futuramente,
durante a vida.
Adaptando-se à sociedade
Eis como uma criança aprende a se
adaptar rapidamente à sociedade: o cérebro de uma criança pode assimilar
experiências a uma taxa de velocidade extremamente rápida. Desde o momento em
que uma criança nasce, até, aproximadamente, seis anos de vida, ela está em um
estado de super-aprendizagem. As crianças aprendem e assimilam a partir de como
as tratamos e de como reagimos uns aos outros.
Podemos compreender, por meio de
hipnose, que você pode inserir informação na mente subconsciente de alguém, sem
passar pela mente consciente. Por que isso é importante? Porque, entre o
nascimento e a idade de seis anos, o eletroencefalograma da atividade cerebral
de uma criança mostra que ela opera em um estado de transe hipnótico, de forma
que qualquer coisa que ela esteja aprendendo é armazenada na mentesubconsciente. A mente subconsciente
“grava” e, costumeiramente, roda estes programas.
Reflita sobre todas as regras da
sociedade, sobre cada forma que vivemos, sobre as nuances de nossa linguagem.
Uma criança de três anos de idade pode aprender três línguas diferentes ao
mesmo tempo e não confundir suas gramáticas, vocabulários ou sintaxes. Ao redor
de oitos anos ou nove anos, aprender uma única língua nova é difícil. Qual a
diferença? Quando a criança é menor de seis anos, a mente consciente não está
desenvolvida, não interferindo na programação. As experiências observadas de
vida são diretamente armazenadas na mente subconsciente. Durante aquele
período, a criança também desenvolve uma concepção de auto-identidade, e
aqueles programas rodam ao longo de toda a vida.
O poder da mente
Somos poderosos e capazes de realizar
coisas que são chamadas milagres. Na verdade, milagres são eventos que a
ciência ainda não compreende. Milagres muito profundos acontecem diariamente.
Por exemplo, algumas pessoas estão com câncer e, de repente, sua percepção
muda, e eles podem passar por remissão espontânea. Mudando sua percepção de
vida, eles reprogramam suas células. Isto é uma expressão dos mecanismos
epigenéticos, processos que devolvem o poder à pessoa. Ao invés de imaginar que
“somos vítimas das células”, a nova ciência reconhece o poder que temos para
controlá-las.
Existem muitos relatos ao longo da
história que revelam o poder de nossos pensamentos. O efeito placebo é, na
verdade, o “efeito da percepção”. Se você acredita que algo irá ajudá-lo,
a crença, em si, pode levar ao processo curativo. Entre as drogas mais vendidas
no mercado, estão as da classe ISRS (inibidores seletivos da recaptação da
serotonina), como o Prozac e o Zoloft. As próprias empresas farmacêuticas revelaram,
por força da Lei da Liberdade de Informação (Freedom of Information Act) que tais drogas agem da mesma forma
que placebos. O efeito placebo é algo que ainda não aproveitamos, a idéia de
que as crenças podem controlar nossa biologia e fisiologia. De fato,
atualmente, é aceito que um terço de todas as curas, incluindo cirúrgicas, é
resultado do efeito placebo.
Mas o que é mais importante e o que foi
deixado de fora do contexto geral é o efeito oposto e equivalente, chamado
“efeito nocebo”, quando um pensamento ou crença negativa é usada para moldar
nossa biologia. Por exemplo, se um profissional de saúde, como um médico ou
especialista, diz que você irá morrer dentro de três meses, e você acredita
nele, então você pode marcar esta data em seu relógio perceptivo, passar a
desligar sua vida e realmente morrer em três meses. Essencialmente, os efeitos
placebo e nocebo são duas faces da mesma moeda e simplesmente representam o
efeito dapercepção.
Mas, há um problema: a mente consciente
pode processar cerca de quarenta bits de dados por segundo, enquanto que a
mente subconsciente pode processar quarenta milhões de dados no mesmo segundo.
A importância disso é simples. A mente subconsciente é um milhão de vezes mais
poderosa como processadora de informação do que a mente consciente. Todos nós
acreditamos que tocamos nossas vidas com uma mente consciente. “Isto é o que eu
quero da vida. Quero fazer todas essas coisas maravilhosas”. Mas sua vida
não se equivale às suas intenções. Conseqüentemente, você tende a dizer: “Não
consigo as coisas que desejo. O mundo não mas concede”. Assumimos o papel de
vítima. Perspectivas novas revolucionaram completamente estas concepções. Hoje
em dia, reconhecemos que noventa e cinco a noventa e nove por cento de nossa
atividade cognitiva advém da mente subconsciente. Menos de cinco por cento é
influenciado ou controlado pela mente consciente.
Quando você está fazendo afirmações ou
pensando positivamente, está usando um minúsculo processador que possui
influência menor do que cinco por cento, o que significa que temos que depender
da força de vontade para
sobrepujar a mente subconsciente. Isto beira à impossibilidade, porque,
no instante em que nos distraímos, automaticamente retornamos aos programas
pré-definidos que estão em nossa mente subconsciente. Pensamento positivo é uma
boa ideia, muito melhor do que pensamento negativo, mas, enquanto você estiver
ocupado com pensamentos positivos, usando a mente consciente, a mente
subconsciente, com seus programas limitadores e auto-sabotadores, está
conduzindo o espetáculo! Conseqüentemente, pensamento positivo não melhora a
situação para muitas pessoas.
Não é que a mente consciente não seja
poderosa. Ela pode governar qualquer coisa no corpo humano. Estamos acostumados
a pensar que ela pode apenas governar o sistema voluntário
(músculo-esquelético, braços, pernas). Mas os yogis revelaram que a mente consciente
pode mudar a temperatura corporal, a pressão sanguínea e o ritmo cardíaco. A
mente consciente, se focar em qualquer parte do corpo ou qualquer função, pode
controlá-la. Mas a mente consciente, sendo um pequeno processador (40 bit/s), não
é capaz de controlar muitas coisas ao mesmo tempo, como pode a mente
subconsciente, operando a 40 milhões bits/s.
Muitas pessoas mal usam a mente
consciente. Levam sua existência cotidiana a partir dos programas armazenados
em sua mente subconsciente. Quais programas aquela mente roda? A resposta é os
mesmos programas que foram gravados nela. Nada senão isso. O que foi aprendido
será rodado por sua vida inteira, a menos que entremos na mente subconsciente e
reescrevamos o programa. A mente consciente freqüentemente não percebe os
programas rodando na mente subconsciente, porque ambas as mentes operam
simultaneamente: uma não observa a outra. Então, se as coisas em minha vida não
são o que eu procuro, isso se deve por que o universo não está me oferecendo oportunidade,
ou por que estou me sabotando? É praticamente inevitável que estejamos nos
sabotando, por meio de programas limitadores em nossa mente subconsciente.
Devemos, então, retornar e identificar
como ocorrera a programação subconsciente? Absolutamente não. A mente
subconsciente não distingue futuro de passado. Está operando no presente a todo
o tempo. Um sinal do ambiente surge, aciona o receptor que ativa o executor, e
este coordena a reação. Isto é a mente subconsciente. Não há ninguém lá. Não há
ninguém com quem conversar ou com quem negociar na mente subconsciente. Devemos
encontrar outras formas de influenciar e alcançar a programação da mente
subconsciente.
Uma abordagem é aquela que os budistas
chamam de plenitude de atenção: ser completamente consciente a
todo momento e tomar decisões com sua mente criativa, não com sua mente
consciente habitual. Todos os caminhos da Yoga oferecem diversas práticas neste
sentido. Outras abordagens incluem hipnoterapia clínica e um campo novo de
modalidades diversas que são coletivamente chamadas “psicologia
energética” (formas de identificar e reescrever os programas de crenças em
nossa mente subconsciente).
Tomando a responsabilidade pessoal
A nova biologia é muito importante,
porque versa a respeito de por que perdemos nossa responsabilidade pessoal e
por que não conhecemos quão poderosos somos para controlar nossas vidas e
controlar o que acontece em nosso mundo; por que estamos no caminho em direção
à extinção e por que nosso mundo está ruindo. Estamos destruindo o ambiente.
Passamos por crises de todos os tipos, incluindo a de saúde. Carregamos medos
que pioram a crise da assistência à saúde, porque nossos medos causam reações
de proteção que inibem os mecanismos de crescimento e a função do sistema
imunológico. Estamos em uma espiral de medo e adoecimento. Tudo isso é um
chamado para despertarmos. Cabe a nós, como indivíduos, a, no final das contas,
tomarmos as rédeas de quem somos.
As novas ciências da epigenética e dos
mecanismos da física quântica reconhecem o papel importante dos campos
invisíveis no controle da vida, incluindo os pensamentos e energias que
participam de nossa realidade. Esta nova conscientização muda nossa velha visão
de mundo. Sabemos, agora, que controlamos nossos genes. Controlamos nossas
vidas. Nossos pensamentos são reais e tangíveis. Eles influenciam nossa
fisiologia.
Os físicos estão começando a reconhecer
que o universo é uma construção
mental. Sabendo estas coisas, tornamo-nos imbuídos de força. Os
programas em sua mente subconsciente são descarregados, conforme a vida que
levamos. O que temos de fazer é revermos nossas vidas e identificarmos as
coisas que desejamos mudar. As coisas pelas quais aspiramos e não dão certo
geralmente refletem o programa subconsciente que sabota nossos esforços para
alcançá-las. Não precisamos regressar e descobrir como adquirimos tal
programa. Isso seria semelhante a matar o “mensageiro” em detrimento da
“mensagem” (o programa subconsciente adquirido).
Podemos reescrever os programas subconscientes,
usando diversos métodos, mas, enquanto não o fizermos, seremos realmente
vítimas de nossa mente subconsciente. Não vítimas do mundo, mas vítimas de
nossos sistemas de crenças. Quando limparmos as vias, tornar-nos-emos imbuídos
de força. Então, e somente então, poderemos provavelmente vivenciar o que disse
Jesus: “Você pode realizar todos esses milagres e até maiores do que fiz, se acreditar que você pode
realizá-los.”
Você precisa reconhecer algo que eu
também reconheci. Não se trata apenas de obter a conscientização pela mente
consciente. Aplicar tal conscientização na vida realiza a mudança. Ao mesmo
tempo em que a mente pode nos conduzir para esta situação, temos de realmente
fazer algo para manifestar a mágica em nossas vidas. Estamos em uma corrida
desesperada para mudar quem somos e o que somos, para reconduzir nosso ambiente
e nosso planeta de volta à harmonia, trazendo novamente a chance de nossa
sobrevivência. Todos somos células de um organismo maior, chamado humanidade.
Quando acreditarmos nisto, passaremos a amparar uns aos outros, ao invés de nos
matarmos. Nosso futuro reside no fato de reconhecermos que somos muito maiores,
como um todo, do que como indivíduos.
Reflita a este respeito da seguinte
forma: por debaixo de sua pele, encontram-se cinqüenta trilhões de células,
vivendo em harmonia, em um ambiente muito coeso. Tais células são muito
inteligentes. Sempre menosprezamos tudo que não seja humano como não sendo
inteligente. Este é nosso orgulho arrogante e pagaremos um preço alto por ele.
Se você puder olhar para o interior do corpo e ver estes trilhões de células,
vivendo em harmonia, perceba: cada célula é um ser consciente, assim como cada
um de nós. Cada célula vive em uma comunidade e possui uma tarefa para manter
aquela comunidade. Estas são as regras e os regulamentos. As células prestam
serviços. Existe assistência à saúde, por meio do sistema imunológico. O lixo é
retirado pelo sistema excretor. O sistema digestivo entrega a comida. Existe
uma sociedade, que consiste de trilhões de indivíduos dentro de nossos corpos,
que pode prosperar, quando temos saúde, embora os poucos bilhões de pessoas em
toda a superfície do planeta estejamos tão desequilibrados, a ponto de estarmos
destruindo nosso ambiente.
Esta compreensão nos remete de volta
aos tempos de crença mística, quando se esclarecia: “as respostas residem
internamente”. Se quisermos compreender como estruturar a população humana de
poucos bilhões de pessoas em nosso planeta, a resposta reside abaixo de nossa
pele. Os seres humanos estão evoluindo. A humanidade se completará como uma
comunidade multi-humana, e, naquele momento, reconheceremos que, quando lutamos
uns contra os outros, estamos lutando contra nós mesmos.
A humanidade é um corpo único, contendo
células, e cada um de nós é uma célula nesta estrutura. Quando compreendermos
isto, pararemos de fazer mal uns aos outros e passaremos a nos organizar em
estruturas sociais que refletem o que acontece dentro do corpo humano. Quando
alcançarmos este ponto, a Terra completará sua evolução como uma célula viva.
Qual é nosso papel nesta célula Terra viva? Somos equivalentes às
proteínas na membrana celular da Terra. Somos as proteínas “receptoras” na
superfície da terra que recebem os sinais do meio e somos as proteínas
“executoras” que participam do controle da expressão do planeta!
Perdemos nossa declaração de missão
original. Os aborígines que ainda estão aqui nos recordam que somos os jardineiros
e, até o momento, tudo o que temos feito é devastar o Jardim. Mas, à medida que
evoluímos, começamos a reconhecer o poder de nossa consciência. Temos de
organizar nossas vidas agora para o futuro. Podemos ter uma vivência
completamente diferente neste planeta. Quando o planeta completar sua evolução,
será uma célula viva individual. A história evolucionária revela que toda vez
em que um patamar de desenvolvimento se completa, ele se junta a outras
entidades similares, para criar uma estrutura social mais poderosa. Portanto,
prevejo que, naquele tempo, começaremos a interagir com outras terras, outras
células do espaço, e começaremos a criar uma matriz maior de células vivas como
planetas constituintes do universo. Temos grande esperança e possibilidade
diante de nós. Vivemos em um jardim de assistência, um jardim que deve amparar
todos nós, onde podemos desfrutar da vida e de paz, prosperidade e felicidade.
Crédito © 2007 de Bruce H. Lipton, biólogo celular, cuja pesquisa
revolucionária sobre a membrana celular o fez pioneiro da nova biologia. É
autor de “Evolução espontânea” e “A biologia da crença”, publicados, no Brasil,
pela Editora Butterfly.