quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O PODER DO AGORA


                                                                                      




O Poder do Agora

A maior parte da dor humana é desnecessária. Cria-se a si própria enquanto for a mente inobservada a dirigir a sua vida. A dor que você criar agora será sempre uma certa forma de não aceitação, uma certa forma de resistência inconsciente àquilo que é. Ao nível do pensamento, a resistência é uma certa forma de julgamento. Ao nível emocional, é uma certa forma de negatividade. A intensidade da dor depende do grau de resistência ao momento presente, e essa resistência por seu lado depende de quão fortemente você estiver identificado com a sua mente. A mente procura sempre recusar o Agora e fugir a ele. Por outras palavras, quanto mais identificado você estiver com a sua mente, mais sofrerá. Ou poderá colocar a questão deste modo: quanto mais você honrar e aceitar o Agora, mais livre estará da dor, do sofrimento – e da mente egoica.
Porque é que a mente recusa ou resiste habitualmente ao Agora? Porque ela não consegue funcionar nem permanecer no poder sem o tempo, que é passado e futuro e, por conseguinte, para ela o Agora representa uma ameaça. De facto, o tempo e a mente são inseparáveis.
Imagine a Terra desprovida de vida humana, habitada apenas por plantas c animais. Teria ela ainda um passado e um futuro? Poderíamos nós falar de tempo de maneira que fizesse sentido? As perguntas "Que horas são?" ou "Que dia é hoje?" — se houvesse quem as fizesse — não fariam qualquer sentido. O carvalho ou a águia ficariam estupefactos com tais perguntas. "Que horas são?" perguntariam. "Bem, é claro que é agora. Que mais poderia ser?"
Sim, é certo que precisamos da mente assim como do tempo para funcionarmos neste mundo, mas a certa altura eles tomam conta das nossas vidas, e é aí que a disfunção, a dor e o desgosto se instalam.
A mente, para garantir que permanece no poder, procura constantemente encobrir o momento presente com o passado e o futuro e, assim, ao mesmo tempo que a vitalidade e o infinito potencial criativo do Ser, que é inseparável do Agora, começam a ficar encobertos pelo tempo, também a sua verdadeira natureza começa a ficar encoberta pela mente.
Um fardo de tempo, cada vez mais pesado, tem vindo a acumular-se na mente humana. Todos os indivíduos sofrem sob esse fardo, mas também o tornam mais pesado a cada momento, sempre que ignoram ou recusam esse precioso Agora ou o reduzem a um meio para alcançarem um determinado momento futuro, o qual só existe na mente e nunca na actualidade. A acumulação de tempo na mente humana, colectiva e individual, contém igualmente uma enorme quantidade de dor residual que vem do passado.
Se quiser deixar de criar dor para si e para os outros, se quiser deixar de acrescentar mais dor ao resíduo da dor passada que continua a viver em si, então deixe de criar mais tempo, ou pelo menos crie apenas o tempo necessário para lidar com os aspectos práticos da sua vida. Como deixar de criar tempo? Compreendendo profundamente que o momento presente é tudo o que você algum dia terá. Faça do Agora o foco principal da sua vida.
Atendendo a que antes você vivia no tempo e fazia curtas visitas ao Agora, estabeleça a sua morada no Agora e faça curtas visitas ao passado e ao futuro quando precisar de lidar com os aspectos práticos da sua situação de vida. Diga sempre "sim" ao momento presente. Que poderia ser mais fútil, mais insensato do que criar resistência interior a algo que já é? Que poderia ser mais insensato do que opor-se à própria vida, que é agora e sempre será agora? Submeta-se àquilo que é. Diga "sim" à vida — e verá como de repente a vida começará a trabalhar para si cm vez de contra si.

Texto extraído do livro: O Poder do Agora, de Eckhart Tolle

SENTIDO DE EXISTÊNCIA






“Sentido de existência”



Ter um sentido de existência é conhecer o mundo onde vivemos;sentir nossas vontades e ter um olhar distinto sobre as coisas.
O campo ilimitado do SER abrange desde o estado imanifesto, absoluto e eterno até os estados grosseiros, relativos e sempre mutáveis da vida fenomenal, assim como o oceano abrange desde o silêncio eterno de suas profundezas até a grande atividade de natureza constantemente mutável existente na superfície das ondas.
Uma extremidade é eternamente silenciosa, imutável em sua natureza, e a outra é ativa e constantemente mutável.
A nossa época, fatigada dos desvaneios da imaginação, das teorias e dos sistemas preconcebidos, propendeu para o capticismo. Reclama provas, diante de qualquer afirmação. Precisa de fatos sensíveis, diretamente observados, para dissipar as suas dúvidas. Tais dúvidas se explicam: são a conseqüência fatal dos abuso das lendas, das ficções, das doutrinas errôneas com que durante séculos se embalou a Humanidade. De crédulo que era, o homem instruindo-se, tornou-se céptico e cada teoria nova é acolhida com desconfiança, senão com hostilidade.
A idéia inata de uma justiça imanente, o sentimento de nossa consciência e de nossas faculdades intelectuais, a miserável incoerência dos destinos terrestres, comparada a ordem matemática que rege o Universo, a identidade permanente do nosso “Eu”, apesar das variações e das transformações perpétuas da substância cerebral – tudo concorre para nos dar a convicção da existência da nossa alma como entidade individual, da sua sobrevivência à destruição do nosso organismo e da sua imortalidade. Os fisiologistas ensinam ao contrário, que o pensamento é uma função do cérebro, que sem este não há pensamento. Se um ou outro milhões de micróbios que habitam nosso corpo procurasse generalizar suas impressões, navegando no sangue de nossas artérias ou de nossas veias, devorando nossos músculos, furando-nos os ossos, viajando pelos diversos órgãos do nosso corpo, desde a cabeça até os pés, que este corpo, é regido por uma unidade orgânica?
O Sol, coração gigantesco, fonte de vida, resplandece no centro das órbitas planetárias. Não temos o direito de negar que uma idéia possa residir no espaço e dirigir seus movimentos como nós dirigimos os movimentos de nossos braços ou de nossas pernas. A potência instintiva que rege os seres vivos, as forças que entretêm as pulsações de nossos corações, a circulação de nosso sangue, a respiração de nossos pulmões, o funcionamento de nossos órgãos, tem uma existência como outras no Universo material. Existe no cosmos um elemento dinâmico, invisível e ponderável que age sobre ela. E nesse elemento dinâmico há uma inteligência superior à nossa. Nós pensamos pelo cérebro do mesmo modo que vemos pelos olhos e ouvimos pelos ouvidos, mas não é nosso cérebro que pensa, da mesma forma que não são os nossos olhos que vêem. O olho é um órgão, como o cérebro o é.
Crer que tudo se sabe é um erro profundo: O Horizonte tomar por limites do mundo. LEMIERRE.
Analisando os nossos sentidos, verificando que ele nos engana de um modo absoluto. Vemos o Sol, a Lua e as Estrelas girarem em torno de nós: é falso. Sentimos a Terra imóvel: é falso. Vemos o Sol levantar-se acima do horizonte: ele está abaixo do horizonte. Tocamos corpos sólidos: não há corpos sólidos. Ouvimos sons harmoniosos: o ar não transporta mais do que ondas em si mesmas silenciosas. Admiramos os efeitos da luz e das cores que fazem viver aos nossos olhos o esplêndido espetáculo da Natureza: em realidade não há nem luz, nem cores, mas somente movimentos etéreos obscuros que, influenciando nosso nervo ótico, dão- nos as sensações luminosas. Queimamos nosso pé ao fogo: é, sem o sabermos ,em nosso cérebro somente o que reside a sensação da queimadura.Falamos de calor e de frio: não há no Universo nem calor, nem frio, mas somente movimento. Como se vê, os nossos sentidos nos enganam a respeito da realidade que são coisas distintas. Nossos pobres cinco sentidos são insuficientes. Não nos deixam eles sentir mais do que pequeno número dos movimentos que constituem a vida no Universo. Não podemos circunscrever a ciência de uma forma restrita e dizer que o “Mero Acaso” é a resposta para nossas dúvidas quando muitas vezes não achamos soluções “palpáveis” para as indagações, pois nem sempre o que vemos é real. Precisamos ter olhos para ver e ouvidos para ouvir. A Natureza demonstra em todos os momentos seu “poder” e sua “força”. Como podemos nós “reles mortais” ir contra as “Leis Universais” nos colocando como “senhores do saber”. O orgulho e a vaidade nos impede de chegarmos as verdadeiras respostas. O “medo” é outro agravante do desconhecido.
Descobrir a causa dos problemas mas sem oferecer as respostas contundentes para os nossos problemas, pois as respostas são muito sutis, imperceptíveis as nossas percepções físicas. Ir além, perceber a verdadeira causa e consequentemente mudarmos colocando as Leis Morais e a Lei Do Amor com certeza faremos um mundo melhor onde a evolução será constante e plena. A Ciência sem o embasamento “racional” mas não limitado às Leis Universais e aos cinco sentidos bloqueará as verdadeiras respostas para o conhecimento rumo à evolução.

PATRICIA JORGE ALVES
TERAPEUTA HOMEOPATA

INSTITUTO CULTURAL IMHOTEP