Embora o ser tenha sido criado para a
felicidade, aprendemos que a dor, em qualquer de suas expressões, cumpre
precípua finalidade na obra de regeneração do espírito, onde as Leis da vida
estão empenhadas em executar, a qualquer custo, a sua evolução. Em um Universo
que se dirige inexoravelmente para um telefinalismo pré-determinado e nobre,
nada existe por quimera casualidade e sem um objetivo a se cumprir. De outra
forma, teríamos de admitir que a complexidade da existência é produto aleatório
de leis que existiriam por si mesmas, subordinadas ao caos e a desordem. Se
partimos do princípio que a perfeição e a justiça são atributos insofismáveis
do Criador, torna-se inaceitável que a Sua obra se subordine à imperfeição,
comprometendo-se a felicidade do ser de modo injustificável. A enfermidade,
cumpre um importante papel que precisamos conhecer melhor.
A função biológica e espiritual precípua
que a doença executa no cortejo das Leis Divinas, retirando dela todos os
proventos a que se propõe, antes penetraremos em conceituações teóricas,
enriquecidos pela ciência espírita e pela homeopatia, conhecendo sua origem e
seu mecanismo de atuação.
Importa ainda não só conhecer a
finalidade máxima da enfermidade, mas igualmente sua verdadeira origem, pois o
princípio essencial que embasa a prática médica nos diz que para se eliminar
convenientemente uma doença é fundamental conhecer a sua causa. Se combatermos
causas que não são genuínas, jamais estaremos erradicando-a efetivamente de
nossa economia orgânica e espiriual. Torna-se indispensável partirmos em busca
da real procedência de nossos males, até onde nossa razão atual nos permite,
para podermos direcionar ao caminho da cura.
No ser vivo, mente e corpo estão
substancialmente configurados em uma unidade, indispensável para
confeccionarmos conclusões seguras sobre o intrincado binômio saúde – doença.
“A Medicina há de considerar o doente
como um todo psicossomático se quiser realmente investir-se da arte de curar”
Francisco Cândido Xavier (pelo espírito de André Luiz- Evolução em dois
Mundos).
Esses três elementos que nos compõe a
organização se abraçam em uma unidade indissolúvel e não se pode pretender a
perturbação de um deles sem reflexos nos demais.
A Ciência espírita, interpõe um elemento
de ligação entre a mente, ou espírito, e o corpo físico: o perispírito (envolve
o espírito); veículo energético por excelência, contendo matéria em sua
estrutura, ainda inacessível ao nosso entendimento.
Esses três elementos estruturam-se em uma
unidade hierarquizada, de modo que o fluxo do ser emana do espírito em direção
ao corpo físico, intermediado pelo perispírito.Compõem valores distintos e
decrescentes em importância, do espírito ao corpo. Por esse princípio de
hierarquia, compreenderemos porque o corpo físico, sendo veículo provisório e
restituível, é muitas vezes sacrificado pelas Leis da Vida em prol da
integridade do espírito e do perispírito.
O Conceito de hierarquia nos diz que o
espírito é o comandante supremo desse composto, do qual parte todo impulso
organizador ou desordenador, e o corpo físico é o elemento passivo, palco de
efeitos, sendo o perispírito o elo entre ambos.
O corpo não adoece sem que uma desordem
parta de unidades superiores, levando-nos já a conclusão de que toda a
enfrmidade e o seu correspondente impulso de cura advêm sempre do espírito. Não
se pode compreender perfeitamente a doença física sem que antecedentes
espirituais justifiquem a sua existência e seus mecanismos de atuações. A
função da dor, necessariamente deve remontar ao espírito, a hierarquia máxima
de nossa unidade, de onde procedem todas as forças que mantém e dirigem os
veículos físicos e perispirituais, meios passivos que lhe são naturalmente
subordinados.
“A patogenia, na essência, deve envolver
estudos que remontam ao corpo espiritual, para que não seja um quadro de
conclusões falhas ou de todo irreais”.Francisco Cândido Xavier (pelo espírito
de André Luiz).
A classificação das doenças, André Luiz
nos instrui, com muita propriedade neste sentido, determinando duas formas de
adoecimento, segundo mecanismos de ação e finalidades distintas:
“O Ferro sob o malho, a semente na cova,
o animal em sacrifício, tanto quanto a criança chorando, irresponsável ou
semiconsciente, para desenvolver os próprios órgãos, sofrem a dor-evolução, que
atua de fora pra dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso.A
dor-expiação, que vem de dentro pra fora, marcando a criatura no caminho dos
séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, para regenerá-la
perante a justica”.
Determinando dois tipos de enfermidades:
de fora para dentro e de dentro para fora. No primeiro caso temos as doenças
exógenas e no segundo, as doenças endógenas.
A enfermidade exógena é de fácil
compreensão. É sempre consequência dos danos a que expomos nossa organização
biológica, submetendo-a a condições impróprias de subsistência. Assim é que nos
enfermamos por alimentação inadequada, em excesso ou em falta, por ingestão de
tóxicos ou por hábitos higiênicos precários. Esses distúrbios, na verdade, não
são doenças propriamente ditas, porém, acidentes biológicos a que nos
sujeitamos por desejos impróprios, ignorância na ciência do bem viver ou, de
forma involuntária, por nos expomos a fatores adversos do meio em que vivemos.
Muitas dessas enfermidades são resultantes de desequilíbrios ambientais
oriundos das diversas situações ainda primitivas da vida planetária ou da
imperfeição de nossa sociedade. Compõem as distonias que André Luiz chama de
dor-evolução, por advirem do meio ainda involuído do planeta, trazendo a função
precípua de impulsionar todos os seus seres ao progresso. Estas seriam
justamente as doenças dos animais e das plantas, sempre decorrentes de fatores
inadequados aos seus equilíbrios, ainda que de origem vibratória, até o momento
inacessível à compreensão moderna. O uso abusivo de pesticidas, além das
emanações psíquicas dos seres humanos, poderia explicar muitos de seus
distúrbios, justificando-se assim o maior adoecimento das espécies viventes
quanto mais próximas se colocam do homem e de sua ainda errônea maneira de
viver.
A doença endógena, é de difícil
entendimento, sob um ponto de vista meramente materialista, porque suas causas
remontam sempre ao espírito. É a enfermidade que não tem origem no meio, mas
sim dentro de nossa própria organização psicoenergética, advinda de n Mal
interno de natureza espiritual, representa praticamente, a quase totalidade das
enfermidades ditas naturais de nossa espécie, cujas origens imediatas escapam à
compreensão da medicina atual. São as doenças que não explicam por si mesmas.
Por vezes, a medicina julga encontrar a
origem delas em determinadas alterações celulares ou mesmo moleculares,
inclusive genéticas, mas trata-se de causas aparentes, pois poderemos questionar
sempre a razão de tais perturbações. Por exemplo, a quantos padecimentos a
serotonina não está sendo responsabilizada atualmente? Temos depressões
horríveis por causa dela, engordamos e sofremos terríveis dores de cabeça ainda
sob sua responsabilidade. Será tão poderosa assim uma molécula, capaz de nos
fazer sofrer injustamente? Naturalmente que estamos diante de um falacioso
raciocínio materialista, pois carecemos de explicações que justifiquem a sua
falta. A serotonina não é a causa, mas consequência de uma perturbação prévia
que somente podemos imputar ao próprio espírito, para atender a lógica do
raciocínio espírita.
É bastante claro que o corpo físico não
é um amontoado casual de células que se organizam por si mesmas, porém é
construção de uma consciência espiritual eterna, que se utiliza ainda de uma
estrutura de natureza energética, o perispírito, para confeccioná-lo segundo os
seus objetivos. Esse corpo perispiritual, que acompanha o espírito até a morte,
estabelece-se como um campo organizador e mantenedor da forma,
responsabilizando-se assim por todos os fenômenos físico-químicos que se
sucedem no âmbito orgânico.
Nessa organização ternária é que devemos
compreender o fenômeno enfermidade e não somente o corpo físico, o elemento
passivo, campo de efeitos e não das causas. O espírito, sendo o diretor dessa
unidade, presidindo a todos os seus fenômenos energéticos e bioquímicos, é
diretamente responsável pela sua manutenção e, portanto, senhor absoluto da
saúde e da doença. Assim a relevância de nossas unidades superiores, o espírito
e seu campo perispiritual, com determinantes em nosso adoecimento físico.
Em obediência ao conceito de unidade e
de hierarquia de nossa constituição, a doença forçosamente deve iniciar-se no
espírito, acomodando-se no perispírito, para se concretizar depois no corpo
carnal. Assim como as células físicas se organizam sob seu comando, elas também
se desestruturam quando esse comando encontra-se por sua vez, desorganizado.
É interessante considerar o fenômeno
doença sob esse ângulo, pois ele o torna muito mais lógico, satisfazendo-se os
critérios indispensáveis à ordem que deve predominar na Criação Divina.
Desse modo, as alterações celulares ou
moleculares obedecem sempre, a um padrão vibratório alterado desse campo biomagnético,
que é o perispírito. E assim podemos compreender como a doença vem de dentro de
nós: são nichos fluídicos. Uma vez que suas projeções desalinhadas são
irradiadas para o corpo físico, estas farão nossas células modificarem seus
metabolismos, promovendo disfunções, desorganizando códigos genéticos,
desviando impulsos e adulterando mensagens, nos mais diversos rincões do
organismo, gerando as mais diferentes enfermidades de toda e qualquer natureza.
O espírito é quem gera e mantém esse
campo morfossomático que, por sua vez, sustém e organiza o corpo físico. Campo
de natureza biomagnética, ainda ignorado pela nossa ciência, é chamado por
“André Luiz” de psicosfera, elemento integrante do nosso perispírito. Em sua
ação, podemos compará-lo a um magneto atuando sobre limalhas de ferro,
orientando-as segundo suas linhas de forças. As células físicas seriam como as
partículas de metal, sustentadas e organizadas por essa malha energética,
explicando-se assim a manutenção
constante de nossa forma física ao longo da vida, ainda que amontoado celular
se renove sempre. As energias que compõem esse campo biomagnético podem se
desorganizar, gerando forças desordenadas que, irradiando-se sobre o cosmo
orgânico, desorganizá-lo-ão também.
Para compreender melhor como pode nossa
psicosfera incorporar forças negativas desorganizadoras de si mesma e do corpo
físico, basta comparar o espírito a um dínamo gerador de energias, capaz de
criar forças positivas, construtoras, e forças negativas, destruidoras. Da boa
qualidade de suas energias nasce o perfeito equilíbrio orgânico e a máxima
saúde possível. Havendo um predomínio de forças negativas, impera a desordem no
mundo orgânico, com consequentes alterações no funcionamento celular. Rupturas
tissulares, hipo ou hiperfunções orgânicas, inadequados estímulos de
crescimento, em excesso ou em falta são induzidas por pulsões energéticas
inadequadas, gerando-se assim todo o rol de patologias conhecidas. E o que
determina a qualidade boa ou má dessas
energias que fluem continuamente do espírito é a sua própria natureza,
estabelecida por Lei Divina intrínseca, funcionando na intimidade de cada ser
vivo e atuando na raiz de suas intenções. Portanto, nossa vontade, ainda que
inconsciente, é que determina a natureza das energias que geramos.
Quando nos dispomos ao mal, seja em
pensamentos, sentimentos ou ação, produzimos energias de má qualidade, ou seja,
deletérias, de caráter destrutivo, podendo danificar os outros, mas igualmente
nos lesa a unidade substancial. E como todo efeito está inexoravelmente unido a
sua causa, ele produzirá reações de mesma natureza de sua ação. Assim, somos
capazes de impregnar o nosso campo biopsíquico com manifestações idênticas à
intencionalidade de nossas criações mentais, influenciando-o beneficamente se
forem boas e deteriorando-o, se más.
Toda doença endógena se caracteriza,
como produto de energias deletérias da força mental, subjugada às intenções da
maldade, em qualquer de suas expressões. Maldade que empreendemos cada vez que
derrogamos um princípio de Lei que norteia nosso comportamento, impresso na
própria consciência, e que se pode denominar, em sua expressão geral, Lei do
Amor.
Sempre que o espírito vibra nas raias da
crueldade, alimentando sentimentos egóicos e contrários a essa Lei, ele gera
energias enfermiças que permanecem em sua intimidade psicofísica, por mais as
lance em derredor de si mesmo, em direção aos companheiros de jornada. Eis, em
síntese, a fonte de todo e qualquer dano endógeno que sofremos e, assim, o mal
está na raiz de toda e qualquer
enfermidade de origem interna.
A energética do pensamento também nos
adoece ao gerar forças danosas que não se classificariam como maldades, no
sentido moral, mas como pulsões desequilibrantes de natureza inferior. Diversas
atividades psíquicas impróprias, frutos de uma vida mental involuída como, por
exemplo, as vibrações danosas do pessimismo, as tensões inadequadas decorrentes
de atividades excessivas, bem como inseguranças infundadas, mágoas,
indignações, intolerância descabida e todo o cortejo de sentimentos negativos
estabelecem campos deletérios no perispírito, sendo igualmente fonte de
enfermidades endógenas. Baseiam-se, da mesma forma, em errôneas maneiras de
sentir e atuar na vida, terminando por ser um agravo que impomos a nós mesmos.
Logo, o “mal” continua na raiz de todas as nossas dores.
Portanto, entender que somos nós mesmos
que lesamos nosso psicossoma e, consequentemente, nossa organização física, com
nossos pensamentos, sentimentos e ações contrárias às Leis Divinas. Leis que,
nos seres responsáveis, agem vigiando suas atuações e determinando que todo
dano que praticamos contra a felicidade alheia redunde em nosso próprio
prejuízo. Nossas intenções criam, assim, o sofrimento ou a alegria para nós
mesmos. E todo sentimento, pensamento ou ato em oposição à Lei do Amor,
permanece na nossa própria intimidade, como nódoas perispirituais, exigindo
reparo através da dor e da corrigenda. Uma vez que são absorvidas pelo corpo
físico, promovem nele a mesma maldade que as originou.
Essa é a Lei de Ação e Reação, o próprio
princípio do carma que nos faz sofrer o mesmo mal praticado ou mesmo
intencionado. Portanto, a causa verdadeira de toda e qualquer enfermidade é a
nossa maldade, qualquer que seja ela. E toda doença traz em si o caráter de um
dano praticado a outrem, contrariando o mais importante princípio de
comportamento, determinado pelo nosso Criador: “ Amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a si mesmo.”
André Luiz – Psicografia de Chico Xavier:
“ A percentagem quase total das enfermidades humanas guarda origem no
Psiquismo”.
É de fato a nossa vida mental,
distanciada da correta maneira de se comportar, que nos adoece. Atritamos
permanentemente, muitas vezes sem nos darmos conta disso, contra a corrente de
uma Lei perfeita e desse atrito gera-se todo e qualquer sofrimento, impondo-nos
constantes mudanças de rumo ao psiquismo ainda inferiorizado. Psiquismo que
domina todas as nossas atuações na vida íntima e de relações com o meio em que
vivemos.
A doença como fenômeno endógeno, guarda
sua origem no comportamento moral do homem: “ A prática do mal opera lesões
imediatas em nossa consciência”.
O Mal que ocasiona precípuo distúrbio de
natureza biomagnética em nossos tecidos perispirituais. “Nossas disposições,
para com essa ou aquela enfermidade no corpo terrestre, representam zonas de
atração magnética que dizem de nossas dívidas, diante das Leis Eternas,
exteriorizando-nos as deficiências do espírito.” (André Luiz – Psicografia de
Chico Xavier)
E indicando que tais lesões se formam,
muitas das vezes, ainda durante nosso desenvolvimento embrionário; nossos
deslizes de ordem moral estabelecem a condensação de fluidos inferiores de
natureza gravitante, no campo eletromagnético de nossa organização, compelindo-nos
a natural cativeiro em derredor das vidas começantes às quais nos imantamos.
Nenhuma lesão física escapa a essa
etiologia, pois segundo André Luiz: “Toda queda moral nos seres responsáveis
opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou perispírito, a refletir-se em
desarmonia no hemisfério somático ou veículo carnal, provocando determinada
causa de sofrimento”.
Não tenho a menor dúvida da natureza
eminentemente moral da enfermidade endógena e seu papel corretivo na educação
do espírito imortal, deixando claro que não podemos, naturalmente, imputar tal
raciocínio aos reinos na,animais e vegetais, pois ambos não estão sujeitos à
mesma Lei de Causa e Efeito que nos subordinada às diferentes atuações éticas
no contexto da vida.
Observemos que essas Leis Morais se
adaptam às condições evolutivas do ser e um ato lícito em um determinado nível
evolutivo passa a ser condenado em outro.
A inferência do Cristo quanto a
etiologia das enfermidades, é muito clara:
“Não é o que entra pela boca que contamina
o homem, mas o que sai dela”.
“Porque do coração procedem os maus
pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e
blasfêmias”.
“Não compreendeis que tudo o que entra
pela boca desce pelo ventre e é lançado para fora?” (Jesus)
Todos os fatores externos nocivos, sendo
inadequados à nossa biologia, são capazes de nos promover doenças exógenas,
podendo sucumbir se não são convenientemente jogados para fora. Todavia são
meros acidentes biológicos a que estamos sujeitos e não enfermidades
propriamente ditas. Estas somente são aquelas geradas à partir de nosso meio
interno.
Diante da doença infecto-contagiosa,
pergunta-se o estudioso sincero se não estaríamos perante uma contradição do
ensino evangélico.Nada parece mais correto em Medicina do que considerar as
doenças contagiosas como produzidas por microorganismos infectantes. Não Ser o que entra pela boca o que nos
contamina, não são os patógenos veiculados pelo contágio que nos provocam
doenças. Ao contágio de alguma enfermidade infecciosa como a salmonelose, uma
simples parasitose, ou uma hepatite. Cuidando unicamente do que entra pela
boca, menospreza o que de fato importa: os sentimentos que dela promanam. Estes
sim, são os verdadeiros agentes etiológicos do processo contagioso, pois
promovem um ambiente vibratório morbífico, criam as condições ideais para que
os patógenos se instalem no organismo.
Naturalmente que a higiene é recurso de
saúde para o corpo, porém a Medicina se apega exageradamente à assepsia como se
fosse o único e indispensável recurso para se evitar todo e qualquer processo
infeccioso, desde que o considera fruto de mero contágio. É decorrente de um
ambiente espiritual propício ao desenvolvimento do agente patogênico
específico. Devemos considerar a existência de um campo biomagnético favorável,
convidativo e mantenedor do patógeno que se sintonize com nossa emanações
pestilentas. Existindo o campo, o contágio ocorre de forma facilitada, pois, na
verdade, se trata de um verdadeiro convite. Há um ditado bastante acertado em
homeopatia: “Não se está doente porque se tem bactérias, tem-se bactérias
porque se está doente”. Compreendemos porque as infecções hospitalares, de modo
geral, acometem os doentes, portadores de campos suscetíveis aos seus desenvolvimentos,
resguardando a equipe de trabalhadores em constante contato com as mesmas.
São os produtos mórbidos de nosso
psiquismo que confeccionam o ambiente vibratório convidativo ao desenvolvimento
dos diversos bacilos patogênicos.
“A alma resurge no equipamento físico,
transportando consigo as próprias falhas a se lhe refletirem na veste carnal,
como zonas favoráveis à eclosão de determinadas moléstias, oferecendo campo
propício ao desenvolvimento de vírus, bactérias e bacilos inúmeros, capazes de
conduzi-la aos mais graves padecimentos, de acordo com os débitos que haja
contraído”.
“As doenças infecciosas surgem como
fenômenos secundários sobre as zonas de predisposição enfermiça que formamos em
nosso próprio corpo, pelo desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem
rupturas ou soluções de continuidade nos pontos de interação entre o corpo
espiritual e o veículo físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a
que sejamos mais particularmente inclinados pela natureza de nossas contas
cármicas” (Francisco Cândido Xavier – pelo espírito de André Luiz)
As doenças infecciosas não são, em
última análise, produzidas pelos micróbios, como se a natureza divina fosse
capaz de criá-los somente para nos ameaçar a integridade física. São produtos
de nossa doença endógena, cumprindo papel expiatório em nossa economia
espiritual.
A ciência médica, nos dias atuais,
arvora-se em considerar a maioria das enfermidades como de cunho puramente
hereditário, veiculadas por aleatórias adulterações das cadeias genéticas que
comandariam, soberanas, todos os fenômenos da vida. Vislumbra ela um inverossímil
futuro quando, munida do completo domínio do genoma, o código sagrado da vida,
poderá impor a todas as patologias a correção devida, obstaculizando em
definitivo o adoecimento humano. Pretende assim, corrigir o homem às avessas,
consertando seus veículos, como alguém que desejasse fazer um músico ideal,
aperfeiçoando unicamente o seu instrumento de trabalho.
Sabemos que o genoma não é o fator
determinante da edificação dos corpos biológicos nem o senhor de nossos
destinos. Mero detentor de modelos proteicos, carreia informações de moldes
moleculares de uma vida para outra, servindo-se como base para a reconstrução
das peças do vestiário orgânico. Como uma olaria, ele não sabe o que fazer com
cada peça que produz e nem aplicá-la no seu devido local de atuação. Essa
tarefa compete ao Arquiteto Da Vida, o espírito que, com seu molde
perispiritual, confecciona verdadeiro campo biomagnético orientador da forma.
Extensão de seu próprio corpo mental,
não só coloca cada estrutura proteica em seu devido lugar, como ativa, em cada
agrupamento celular, a porção do código genético necessário ao seu correto
funcionamento.
“A hereditariedade é dirigida por
princípios de Natureza espiritual”.
“Não nos deixando a menor dúvida de que
os mecanismos da herança estão, indiscutivelmente, subordinados ao fator
espiritual. É o espírito com a bagagem que traz do pretérito, quem determina a
sua própria hereditariedade, em perfeito acordo com suas necessidades
evolutivas. E a doença genética é também enfermidade endógena, fruto da
interação do genoma herdado com a condição de programação e execução do próprio
reencarnante. Este é o único responsável pela ordem ou desordem que impera em
seu cosmos orgânico e a confecção de seu particular destino”.(Francisco Cândido
Xavier- pelo espírito de André Luiz)
Muitas vezes identificamos patologias
que reúnem em si características de ambas as fontes, exógenas e endógenas, como
o tabagismo, o etilismo e outros distúrbios decorrentes do uso abusivo de
drogas inadequadas à economia orgânica. Consideramo-las patologias mistas
porque comumente respondem, na verdade, a desejos infundados e equivocados do
homem, que se permite danificar o seu organismo inoculando-lhe substâncias
impróprias à sua fisiologia, por mero deleite ou intenção autodestrutiva.
Deixando-se lesar pela ação tóxica, em evidente desrespeito ao sagrado
santuário que é o nosso corpo físico, arquiva compromissos de ordem moral com a
Lei Divina. Dessa maneira, as lesões que se imputa são também de origem mental
e danificam tanto a veste carnal quanto a psicossomática, justificando-se
inclusive a sua continuidade na erraticidade, após o desenlace, com reflexos
até mesmo em reencarnações posteriores. Fato que, seguramente, não se
verificará, sendo a intoxicação de origem involuntária.
E, mesmo os acidentes casuais que
acometem o ser na jornada de ascensão evolutiva, frutos de muitas vezes de sua
ignorância ou imprudência, podem estar a serviço da Lei do Carma, que situa
cada um no cerne de um aparente desastre, por reflexo do seu passado. O dano
externo, neste caso, é imposição educativa e corretiva para o espírito imortal,
fazendo-se um complemento de expiação necessário ao seu reequilíbrio e
felicidade.
A verdadeira doença do homem é aquela
que procede de sua própria consciência e vontade, provocada por errônea maneira
de sentir, pensar e atuar na vida, gerando para si mesmo um campo biomagnético
morbífico, a se expressar em seus veículos perispiritual e físico, como as
diversas possibilidades do sofrer.
O conhecimento da origem de uma doença é
o fator que determina os meios para se combatê-la eficazmente. Esse é o
primeiro princípio que norteia o raciocínio médico, pois somente se elimina um
efeito, agindo em sua causa. Se concluímos que a etiologia de nossos
padecimentos é endógena, então temos que rever os tratamentos propostos pela
medicina, a fim de nos proporcionar meios seguros para a cura definitiva. Como
os recursos de cura na atualidade, apoiam-se sobretudo, em causas equivocadas
das doenças, jamais as solucionarão, levando-as apenas a silenciarem-se
momentaneamente. Persistindo seus impulsos nos reinos das causas, elas
retornarão sempre, muitas vezes agravadas, como muitas vezes se observa.
A revelação de nossos males procedem de
nós mesmos conduz-nos a conclusão segura de que não adoecemos por obra do
acaso.
Não podemos admitir que sofremos à
revelia da magna vontade divina, pois assim estaríamos determinando que o acaso
pode dominar a Criação, o que não é concebível para um Criador perfeito e
onipotente. Muito menos podemos aceitar as doenças como meros castigos que suas
Leis nos impõem, pois a vindita não é atributo divino. Nossas dores haverão de
cumprir algum papel importante e indispensável, como filhos de um Pai que é
sobretudo Amor, não estaríamos sujeitos a acerbos padecimentos em vão. Motivos
nobres nos trazem de volta nossas próprias ações adulteradas em forma de dores,
e devemos nos empenhar em compreender a linguagem e a função da enfermidade,
haurindo dela benefícios que nos eduquem. Somente colocando em prática tal
conhecimento é que estaremos no caminho acertado para eliminar definitivamente
as causas profundas e reais que a determinam.
A compreensão que a dor cumpre em nossa
espécie é uma das mais importantes revelações da ciência, capaz de projetar
nossa cultura em novos patamares de progresso moral e mudar radicalmente os
paradigmas materialistas em que ainda se apoia nosso pensamento. E extrair da
doença a lição que ela objetiva na economia da vida é passo acertado para
abolir suas verdadeiras e últimas causas, eliminando-a eficazmente de nossos
destinos.
Conhecendo a finalidade da dor,
aprendemos a retirar dela todo o seu potencial evolutivo, educando-nos
definitivamente das amarguras da revolta que o sofrimento injustificado nos
concita.
Até o ponto em que, educados devidamente
segundo a Lei, deixaremos de sofrer os danos da ignorância, da revolta e do
egoísmo, por já não mais exercê-los, entregando-nos confiantes, ao sabor da dor
evolutiva, que paulatinamente perderá sua função à medida que nos projetar nas
raias da angelitude. Eliminada as verdadeiras causas, banida estará a dor,
definitivamente de nossos caminhos.
O que surpreende nesse paradigma é a
compreensão de que o fenômeno doença tem nitidamente uma intenção curativa.
Adoecer o corpo físico é um meio de debelar os males do espírito. É um “Ato
Equivocado” gerando muitas vezes proporções inimagináveis da nossa mísera
compreensão. O que pensamos ser um mal é na verdade ajuste, um veículo de
solução, visando sempre o nosso bem, drenando nossos males da alma. A
Previdente Sabedoria Divina com suas Leis Imutáveis no Universo nos educa para
que possamos rever nossos conceitos e atitudes perante a nós mesmos. Não existe
punição de Deus. Geramos pestes vibratórias com nosso pensar, sentir e agir. O
corpo físico funciona como um abafador da moléstia da Alma, sanando-a pouco a
pouco. O importante é termos consciência de nossas responsabilidades e não
colocarmos a “culpa” nisso ou naquilo.
Quando exilados nos proscênios terrenos,
olvidamos o sagrado compromisso que assumimos com a purificação da consciência
imortal e recebemos a moléstia física, habitualmente munidos de inconformismo e
intolerância, quando não nimbados por amarga revolta, em declarada atitude de
recusa dos recursos curativos que a Misericórdia Divina disponibiliza ao nosso
favor.
É hora de incorporarmos,
definitivamente, essa compreensão da enfermidade, capaz de sanar pouco a pouco
suas verdadeiras causas, corrigindo-nos as errôneas condutas, pois temos
urgência em eliminar os resquícios de trevas que ainda se nos incorporam ao
fundo mental, gerando a necessidade da dor.
Podemos dizer que, os microrganismos
ditos patogênicos cumprem então, importante papel na drenagem do manancial
mórbido retido em nossas malhas perispirituais. Compreendemos que muitas
pestilências vibratórias que trazemos conosco somente podem ser evacuadas de
nossa intimidade mediante a contribuição desses valiosos agentes biológicos,
que trabalham na verdade, não para nosso dano, em favor de nossa saúde
espiritual.
“A intromissão desse ou daquele fator
patogênico, se destina a expungir da alma, em forma de sofrimentos, os resíduos
do mal, correspondentes ao sofrimento por ela implantado na vida ou no corpo
dos semelhantes” (Francisco Cândido Xavier –pelo espírito de André Luiz).
Compreendemos que a Natureza não produz
nada inadequado e inútil à própria vida e tudo que existe corresponde a
Sabedoria e Vontade de nosso Pai.
Os microrganismos patogênicos são
chamados de agentes varredores, ou seja, os lixeiros do corpo, que absorvem e
dirigem o nosso psiquismo mórbido, frutos de nossas próprias maldades,
auxiliando-nos em sua drenagem.
É lícito interrogarmos: Estaremos
realmente nos curando, simplesmente aniquilando as bactérias infectantes que
nos assediam? Será de fato indispensável e sempre um bem para o nosso organismo
ingerir antibióticos, na profusão com que são recomendados pela medicina
oficial na atualidade? Suprimir com antibióticos a moléstia, curará definitivo
ou criará uma falsa doença?
O fenômeno patológico não é mero
fracasso das leis da vida e cumpre função biológica de primordial importância
na substância da vida.
A exoneração da morbidez gerada pelas
nossas condutas e sentimentos adulterados, segundo A Lei do Aor.
Educação da Consciência para que não
tornemos a incorrer nos mesmos erros.
Já a doença exógena traz como função
primordial promover a evolução, na medida em que a dor nos causa, afastando-nos
dos planos inferiores, leva-nos a conquistar patamares cada vez mais elevados
de comodidade e felicidade. No Ser Consciente, pode servir para correção de
suas ações errôneas do passado, prestando-se à mesma função educativa da
patologia endógena.
“O
essencial é invisível aos olhos”
Saint-Exupéry
Há portanto, um terreno que engloba o
doente como um todo, em cuja base as enfermidades se desenvolvem, apregoando-se
o famoso ditado, atribuído ao fundador da Homeopatia o Dr. Samuel Hahnemann:
“ Não há doenças e sim, doentes”
Preceito que determina, com clareza, que
a doença é um produto do meio interno do próprio enfermo, demonstrando com
evidência a via endógena como a determinante de todo e qualquer processo
patológico que não advenha de um distúrbio artificial bem como a ingestão
abusiva de medicamentos alopáticos.
“ devemos ainda acrescentar às doenças
crônicas, infelizmente, aquelas universalmente espalhadas produzidas
artificialmente pelos tratamentos alopáticos e pelo emprego contínuo de
medicamentos heroicos, violentos,em grandes e progressivas doses” (André Luiz).
Nos parágrafos 74 a 78 do Organon –
Divina Arte de Cura, Samuel Hahnemann nos elucida:
“Pelo que é impiedosamente enfraquecida
a força vital e a estas se somam ainda as doenças crônicas aparentes,
impropriamente chamadas de doenças, os padecimentos dos indivíduos que
constantemente se expõem a influencias nocivas evitáveis, abusando
habitualmente de bebidas ou alimentos nocivos, entregando-se
A
excessos de toda sorte que mina a saúde”.
“As verdadeiras doenças crônicas
naturais são aquelas provenientes de um miasma crônico”.
Ou seja, oriundas de um campo de
energias mórbidas alimentadas pelo nosso espírito. Está estabelecida com
clareza a origem endógena da doença.
A enfermidade física passou a ser vista
como uma planta daninha que nasce na intimidade psicofísica, não por obra do
acaso, mas por aí encontrar o ambiente propício ao seu desenvolvimento,
condição denominada em Homeopatia de suscetibilidade ou idiossincrasia.
Hahnemann passou a tratar o doente e não suas doenças isoladamente, com base
nas peculiaridades de cada um, ele interpôs ao adoecimento um importante fator
individual, o fundamento da Terapêutica Homeopática, por considerar o ser como
uma unidade. O procedimento médico homeopático partiu no encalço dos fatores
que determinam o adoecimento do terreno, buscando reconhecê-los na história da
vida do doente, interessando-se muito mais pelos seus aspectos emocionais e as
sutis linguagens subjetivas do mundo psíquico do que a comum sintomatologia
objetiva dos órgãos doentes.
A doença se inseria em um contexto
fenomenológico que envolve todo o ser doente, a dinâmica mórbida do terreno,
onde se começou a buscar o início e fim da patologia.
A energia vital foi compreendida como
elemento de ligação entre a mente, o espírito, e o seu veículo de manifestação
física. Elo que em Homeopatias recebeu a denominação de “vice regente da alma”.
Trata-se o Ser Humano como um Todo indivisível, compreendendo a doença como uma
perturbação dinâmica desse todo e não como distúrbio aleatório de um órgão,
palco de efeitos e não das causas. Toda doença passou a ser vista como uma
alteração psíquica, energética e física, configurando-se a unidade
espírito,perispírito e corpo; base para o raciocínio da nova fisiopatologia.
Termino este texto sem o término
necessário pois a Ciência Homeopática tem muito a explorar no Universo Humano
bem como Galáctico......
Patricia
Jorge Alves
Terapeuta
Homeopata
e
Hipnóloga
Condicionativa
Ateneng:
1498
Conahom:
1081
Instituto
Brasileiro de Hipnologia
Sociedade
Ibero Americana de Hipnose Condicionativa
N° 1457
N° 1457