quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O CAMINHO DA CURA


                                                         
                                                                              
                                                           
Embora o ser tenha sido criado para a felicidade, aprendemos que a dor, em qualquer de suas expressões, cumpre precípua finalidade na obra de regeneração do espírito, onde as Leis da vida estão empenhadas em executar, a qualquer custo, a sua evolução. Em um Universo que se dirige inexoravelmente para um telefinalismo pré-determinado e nobre, nada existe por quimera casualidade e sem um objetivo a se cumprir. De outra forma, teríamos de admitir que a complexidade da existência é produto aleatório de leis que existiriam por si mesmas, subordinadas ao caos e a desordem. Se partimos do princípio que a perfeição e a justiça são atributos insofismáveis do Criador, torna-se inaceitável que a Sua obra se subordine à imperfeição, comprometendo-se a felicidade do ser de modo injustificável. A enfermidade, cumpre um importante papel que precisamos conhecer melhor.

A função biológica e espiritual precípua que a doença executa no cortejo das Leis Divinas, retirando dela todos os proventos a que se propõe, antes penetraremos em conceituações teóricas, enriquecidos pela ciência espírita e pela homeopatia, conhecendo sua origem e seu mecanismo de atuação.
Importa ainda não só conhecer a finalidade máxima da enfermidade, mas igualmente sua verdadeira origem, pois o princípio essencial que embasa a prática médica nos diz que para se eliminar convenientemente uma doença é fundamental conhecer a sua causa. Se combatermos causas que não são genuínas, jamais estaremos erradicando-a efetivamente de nossa economia orgânica e espiriual. Torna-se indispensável partirmos em busca da real procedência de nossos males, até onde nossa razão atual nos permite, para podermos direcionar ao caminho da cura.
No ser vivo, mente e corpo estão substancialmente configurados em uma unidade, indispensável para confeccionarmos conclusões seguras sobre o intrincado binômio saúde – doença.


“A Medicina há de considerar o doente como um todo psicossomático se quiser realmente investir-se da arte de curar” Francisco Cândido Xavier (pelo espírito de André Luiz- Evolução em dois Mundos).


Esses três elementos que nos compõe a organização se abraçam em uma unidade indissolúvel e não se pode pretender a perturbação de um deles sem reflexos nos demais.
A Ciência espírita, interpõe um elemento de ligação entre a mente, ou espírito, e o corpo físico: o perispírito (envolve o espírito); veículo energético por excelência, contendo matéria em sua estrutura, ainda inacessível ao nosso entendimento.
Esses três elementos estruturam-se em uma unidade hierarquizada, de modo que o fluxo do ser emana do espírito em direção ao corpo físico, intermediado pelo perispírito.Compõem valores distintos e decrescentes em importância, do espírito ao corpo. Por esse princípio de hierarquia, compreenderemos porque o corpo físico, sendo veículo provisório e restituível, é muitas vezes sacrificado pelas Leis da Vida em prol da integridade do espírito e do perispírito.
O Conceito de hierarquia nos diz que o espírito é o comandante supremo desse composto, do qual parte todo impulso organizador ou desordenador, e o corpo físico é o elemento passivo, palco de efeitos, sendo o perispírito o elo entre ambos.
O corpo não adoece sem que uma desordem parta de unidades superiores, levando-nos já a conclusão de que toda a enfrmidade e o seu correspondente impulso de cura advêm sempre do espírito. Não se pode compreender perfeitamente a doença física sem que antecedentes espirituais justifiquem a sua existência e seus mecanismos de atuações. A função da dor, necessariamente deve remontar ao espírito, a hierarquia máxima de nossa unidade, de onde procedem todas as forças que mantém e dirigem os veículos físicos e perispirituais, meios passivos que lhe são naturalmente subordinados.


“A patogenia, na essência, deve envolver estudos que remontam ao corpo espiritual, para que não seja um quadro de conclusões falhas ou de todo irreais”.Francisco Cândido Xavier (pelo espírito de André Luiz).


A classificação das doenças, André Luiz nos instrui, com muita propriedade neste sentido, determinando duas formas de adoecimento, segundo mecanismos de ação e finalidades distintas:

“O Ferro sob o malho, a semente na cova, o animal em sacrifício, tanto quanto a criança chorando, irresponsável ou semiconsciente, para desenvolver os próprios órgãos, sofrem a dor-evolução, que atua de fora pra dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso.A dor-expiação, que vem de dentro pra fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, para regenerá-la perante a justica”.

Determinando dois tipos de enfermidades: de fora para dentro e de dentro para fora. No primeiro caso temos as doenças exógenas e no segundo, as doenças endógenas.

A enfermidade exógena é de fácil compreensão. É sempre consequência dos danos a que expomos nossa organização biológica, submetendo-a a condições impróprias de subsistência. Assim é que nos enfermamos por alimentação inadequada, em excesso ou em falta, por ingestão de tóxicos ou por hábitos higiênicos precários. Esses distúrbios, na verdade, não são doenças propriamente ditas, porém, acidentes biológicos a que nos sujeitamos por desejos impróprios, ignorância na ciência do bem viver ou, de forma involuntária, por nos expomos a fatores adversos do meio em que vivemos. Muitas dessas enfermidades são resultantes de desequilíbrios ambientais oriundos das diversas situações ainda primitivas da vida planetária ou da imperfeição de nossa sociedade. Compõem as distonias que André Luiz chama de dor-evolução, por advirem do meio ainda involuído do planeta, trazendo a função precípua de impulsionar todos os seus seres ao progresso. Estas seriam justamente as doenças dos animais e das plantas, sempre decorrentes de fatores inadequados aos seus equilíbrios, ainda que de origem vibratória, até o momento inacessível à compreensão moderna. O uso abusivo de pesticidas, além das emanações psíquicas dos seres humanos, poderia explicar muitos de seus distúrbios, justificando-se assim o maior adoecimento das espécies viventes quanto mais próximas se colocam do homem e de sua ainda errônea maneira de viver.

A doença endógena, é de difícil entendimento, sob um ponto de vista meramente materialista, porque suas causas remontam sempre ao espírito. É a enfermidade que não tem origem no meio, mas sim dentro de nossa própria organização psicoenergética, advinda de n Mal interno de natureza espiritual, representa praticamente, a quase totalidade das enfermidades ditas naturais de nossa espécie, cujas origens imediatas escapam à compreensão da medicina atual. São as doenças que não explicam por si mesmas.

Por vezes, a medicina julga encontrar a origem delas em determinadas alterações celulares ou mesmo moleculares, inclusive genéticas, mas trata-se de causas aparentes, pois poderemos questionar sempre a razão de tais perturbações. Por exemplo, a quantos padecimentos a serotonina não está sendo responsabilizada atualmente? Temos depressões horríveis por causa dela, engordamos e sofremos terríveis dores de cabeça ainda sob sua responsabilidade. Será tão poderosa assim uma molécula, capaz de nos fazer sofrer injustamente? Naturalmente que estamos diante de um falacioso raciocínio materialista, pois carecemos de explicações que justifiquem a sua falta. A serotonina não é a causa, mas consequência de uma perturbação prévia que somente podemos imputar ao próprio espírito, para atender a lógica do raciocínio espírita.

É bastante claro que o corpo físico não é um amontoado casual de células que se organizam por si mesmas, porém é construção de uma consciência espiritual eterna, que se utiliza ainda de uma estrutura de natureza energética, o perispírito, para confeccioná-lo segundo os seus objetivos. Esse corpo perispiritual, que acompanha o espírito até a morte, estabelece-se como um campo organizador e mantenedor da forma, responsabilizando-se assim por todos os fenômenos físico-químicos que se sucedem no âmbito orgânico.

Nessa organização ternária é que devemos compreender o fenômeno enfermidade e não somente o corpo físico, o elemento passivo, campo de efeitos e não das causas. O espírito, sendo o diretor dessa unidade, presidindo a todos os seus fenômenos energéticos e bioquímicos, é diretamente responsável pela sua manutenção e, portanto, senhor absoluto da saúde e da doença. Assim a relevância de nossas unidades superiores, o espírito e seu campo perispiritual, com determinantes em nosso adoecimento físico.
Em obediência ao conceito de unidade e de hierarquia de nossa constituição, a doença forçosamente deve iniciar-se no espírito, acomodando-se no perispírito, para se concretizar depois no corpo carnal. Assim como as células físicas se organizam sob seu comando, elas também se desestruturam quando esse comando encontra-se por sua vez, desorganizado.

É interessante considerar o fenômeno doença sob esse ângulo, pois ele o torna muito mais lógico, satisfazendo-se os critérios indispensáveis à ordem que deve predominar na Criação Divina.

Desse modo, as alterações celulares ou moleculares obedecem sempre, a um padrão vibratório alterado desse campo biomagnético, que é o perispírito. E assim podemos compreender como a doença vem de dentro de nós: são nichos fluídicos. Uma vez que suas projeções desalinhadas são irradiadas para o corpo físico, estas farão nossas células modificarem seus metabolismos, promovendo disfunções, desorganizando códigos genéticos, desviando impulsos e adulterando mensagens, nos mais diversos rincões do organismo, gerando as mais diferentes enfermidades de toda e qualquer natureza.

O espírito é quem gera e mantém esse campo morfossomático que, por sua vez, sustém e organiza o corpo físico. Campo de natureza biomagnética, ainda ignorado pela nossa ciência, é chamado por “André Luiz” de psicosfera, elemento integrante do nosso perispírito. Em sua ação, podemos compará-lo a um magneto atuando sobre limalhas de ferro, orientando-as segundo suas linhas de forças. As células físicas seriam como as partículas de metal, sustentadas e organizadas por essa malha energética, explicando-se  assim a manutenção constante de nossa forma física ao longo da vida, ainda que amontoado celular se renove sempre. As energias que compõem esse campo biomagnético podem se desorganizar, gerando forças desordenadas que, irradiando-se sobre o cosmo orgânico, desorganizá-lo-ão também.

Para compreender melhor como pode nossa psicosfera incorporar forças negativas desorganizadoras de si mesma e do corpo físico, basta comparar o espírito a um dínamo gerador de energias, capaz de criar forças positivas, construtoras, e forças negativas, destruidoras. Da boa qualidade de suas energias nasce o perfeito equilíbrio orgânico e a máxima saúde possível. Havendo um predomínio de forças negativas, impera a desordem no mundo orgânico, com consequentes alterações no funcionamento celular. Rupturas tissulares, hipo ou hiperfunções orgânicas, inadequados estímulos de crescimento, em excesso ou em falta são induzidas por pulsões energéticas inadequadas, gerando-se assim todo o rol de patologias conhecidas. E o que determina a qualidade  boa ou má dessas energias que fluem continuamente do espírito é a sua própria natureza, estabelecida por Lei Divina intrínseca, funcionando na intimidade de cada ser vivo e atuando na raiz de suas intenções. Portanto, nossa vontade, ainda que inconsciente, é que determina a natureza das energias que geramos.

Quando nos dispomos ao mal, seja em pensamentos, sentimentos ou ação, produzimos energias de má qualidade, ou seja, deletérias, de caráter destrutivo, podendo danificar os outros, mas igualmente nos lesa a unidade substancial. E como todo efeito está inexoravelmente unido a sua causa, ele produzirá reações de mesma natureza de sua ação. Assim, somos capazes de impregnar o nosso campo biopsíquico com manifestações idênticas à intencionalidade de nossas criações mentais, influenciando-o beneficamente se forem boas e deteriorando-o, se más.

Toda doença endógena se caracteriza, como produto de energias deletérias da força mental, subjugada às intenções da maldade, em qualquer de suas expressões. Maldade que empreendemos cada vez que derrogamos um princípio de Lei que norteia nosso comportamento, impresso na própria consciência, e que se pode denominar, em sua expressão geral, Lei do Amor.

Sempre que o espírito vibra nas raias da crueldade, alimentando sentimentos egóicos e contrários a essa Lei, ele gera energias enfermiças que permanecem em sua intimidade psicofísica, por mais as lance em derredor de si mesmo, em direção aos companheiros de jornada. Eis, em síntese, a fonte de todo e qualquer dano endógeno que sofremos e, assim, o mal está na raiz  de toda e qualquer enfermidade de origem interna.

A energética do pensamento também nos adoece ao gerar forças danosas que não se classificariam como maldades, no sentido moral, mas como pulsões desequilibrantes de natureza inferior. Diversas atividades psíquicas impróprias, frutos de uma vida mental involuída como, por exemplo, as vibrações danosas do pessimismo, as tensões inadequadas decorrentes de atividades excessivas, bem como inseguranças infundadas, mágoas, indignações, intolerância descabida e todo o cortejo de sentimentos negativos estabelecem campos deletérios no perispírito, sendo igualmente fonte de enfermidades endógenas. Baseiam-se, da mesma forma, em errôneas maneiras de sentir e atuar na vida, terminando por ser um agravo que impomos a nós mesmos. Logo, o “mal” continua na raiz de todas as nossas dores.

Portanto, entender que somos nós mesmos que lesamos nosso psicossoma e, consequentemente, nossa organização física, com nossos pensamentos, sentimentos e ações contrárias às Leis Divinas. Leis que, nos seres responsáveis, agem vigiando suas atuações e determinando que todo dano que praticamos contra a felicidade alheia redunde em nosso próprio prejuízo. Nossas intenções criam, assim, o sofrimento ou a alegria para nós mesmos. E todo sentimento, pensamento ou ato em oposição à Lei do Amor, permanece na nossa própria intimidade, como nódoas perispirituais, exigindo reparo através da dor e da corrigenda. Uma vez que são absorvidas pelo corpo físico, promovem nele a mesma maldade que as originou.

Essa é a Lei de Ação e Reação, o próprio princípio do carma que nos faz sofrer o mesmo mal praticado ou mesmo intencionado. Portanto, a causa verdadeira de toda e qualquer enfermidade é a nossa maldade, qualquer que seja ela. E toda doença traz em si o caráter de um dano praticado a outrem, contrariando o mais importante princípio de comportamento, determinado pelo nosso Criador: “ Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”

André Luiz – Psicografia de Chico Xavier: “ A percentagem quase total das enfermidades humanas guarda origem no Psiquismo”.

É de fato a nossa vida mental, distanciada da correta maneira de se comportar, que nos adoece. Atritamos permanentemente, muitas vezes sem nos darmos conta disso, contra a corrente de uma Lei perfeita e desse atrito gera-se todo e qualquer sofrimento, impondo-nos constantes mudanças de rumo ao psiquismo ainda inferiorizado. Psiquismo que domina todas as nossas atuações na vida íntima e de relações com o meio em que vivemos.

A doença como fenômeno endógeno, guarda sua origem no comportamento moral do homem: “ A prática do mal opera lesões imediatas em nossa consciência”.

O Mal que ocasiona precípuo distúrbio de natureza biomagnética em nossos tecidos perispirituais. “Nossas disposições, para com essa ou aquela enfermidade no corpo terrestre, representam zonas de atração magnética que dizem de nossas dívidas, diante das Leis Eternas, exteriorizando-nos as deficiências do espírito.” (André Luiz – Psicografia de Chico Xavier)

E indicando que tais lesões se formam, muitas das vezes, ainda durante nosso desenvolvimento embrionário; nossos deslizes de ordem moral estabelecem a condensação de fluidos inferiores de natureza gravitante, no campo eletromagnético de nossa organização, compelindo-nos a natural cativeiro em derredor das vidas começantes às quais nos imantamos.
Nenhuma lesão física escapa a essa etiologia, pois segundo André Luiz: “Toda queda moral nos seres responsáveis opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou perispírito, a refletir-se em desarmonia no hemisfério somático ou veículo carnal, provocando determinada causa de sofrimento”.

Não tenho a menor dúvida da natureza eminentemente moral da enfermidade endógena e seu papel corretivo na educação do espírito imortal, deixando claro que não podemos, naturalmente, imputar tal raciocínio aos reinos na,animais e vegetais, pois ambos não estão sujeitos à mesma Lei de Causa e Efeito que nos subordinada às diferentes atuações éticas no contexto da vida.
Observemos que essas Leis Morais se adaptam às condições evolutivas do ser e um ato lícito em um determinado nível evolutivo passa a ser condenado em outro.
A inferência do Cristo quanto a etiologia das enfermidades, é muito clara:

“Não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas o que sai dela”.
“Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias”.
“Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce pelo ventre e é lançado para fora?” (Jesus)

Todos os fatores externos nocivos, sendo inadequados à nossa biologia, são capazes de nos promover doenças exógenas, podendo sucumbir se não são convenientemente jogados para fora. Todavia são meros acidentes biológicos a que estamos sujeitos e não enfermidades propriamente ditas. Estas somente são aquelas geradas à partir de nosso meio interno.
Diante da doença infecto-contagiosa, pergunta-se o estudioso sincero se não estaríamos perante uma contradição do ensino evangélico.Nada parece mais correto em Medicina do que considerar as doenças contagiosas como produzidas por microorganismos infectantes.  Não Ser o que entra pela boca o que nos contamina, não são os patógenos veiculados pelo contágio que nos provocam doenças. Ao contágio de alguma enfermidade infecciosa como a salmonelose, uma simples parasitose, ou uma hepatite. Cuidando unicamente do que entra pela boca, menospreza o que de fato importa: os sentimentos que dela promanam. Estes sim, são os verdadeiros agentes etiológicos do processo contagioso, pois promovem um ambiente vibratório morbífico, criam as condições ideais para que os patógenos se instalem no organismo.
Naturalmente que a higiene é recurso de saúde para o corpo, porém a Medicina se apega exageradamente à assepsia como se fosse o único e indispensável recurso para se evitar todo e qualquer processo infeccioso, desde que o considera fruto de mero contágio. É decorrente de um ambiente espiritual propício ao desenvolvimento do agente patogênico específico. Devemos considerar a existência de um campo biomagnético favorável, convidativo e mantenedor do patógeno que se sintonize com nossa emanações pestilentas. Existindo o campo, o contágio ocorre de forma facilitada, pois, na verdade, se trata de um verdadeiro convite. Há um ditado bastante acertado em homeopatia: “Não se está doente porque se tem bactérias, tem-se bactérias porque se está doente”. Compreendemos porque as infecções hospitalares, de modo geral, acometem os doentes, portadores de campos suscetíveis aos seus desenvolvimentos, resguardando a equipe de trabalhadores em constante contato com as mesmas.
São os produtos mórbidos de nosso psiquismo que confeccionam o ambiente vibratório convidativo ao desenvolvimento dos diversos bacilos patogênicos.

“A alma resurge no equipamento físico, transportando consigo as próprias falhas a se lhe refletirem na veste carnal, como zonas favoráveis à eclosão de determinadas moléstias, oferecendo campo propício ao desenvolvimento de vírus, bactérias e bacilos inúmeros, capazes de conduzi-la aos mais graves padecimentos, de acordo com os débitos que haja contraído”.
“As doenças infecciosas surgem como fenômenos secundários sobre as zonas de predisposição enfermiça que formamos em nosso próprio corpo, pelo desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem rupturas ou soluções de continuidade nos pontos de interação entre o corpo espiritual e o veículo físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a que sejamos mais particularmente inclinados pela natureza de nossas contas cármicas” (Francisco Cândido Xavier – pelo espírito de André Luiz)

As doenças infecciosas não são, em última análise, produzidas pelos micróbios, como se a natureza divina fosse capaz de criá-los somente para nos ameaçar a integridade física. São produtos de nossa doença endógena, cumprindo papel expiatório em nossa economia espiritual.

A ciência médica, nos dias atuais, arvora-se em considerar a maioria das enfermidades como de cunho puramente hereditário, veiculadas por aleatórias adulterações das cadeias genéticas que comandariam, soberanas, todos os fenômenos da vida. Vislumbra ela um inverossímil futuro quando, munida do completo domínio do genoma, o código sagrado da vida, poderá impor a todas as patologias a correção devida, obstaculizando em definitivo o adoecimento humano. Pretende assim, corrigir o homem às avessas, consertando seus veículos, como alguém que desejasse fazer um músico ideal, aperfeiçoando unicamente o seu instrumento de trabalho.
Sabemos que o genoma não é o fator determinante da edificação dos corpos biológicos nem o senhor de nossos destinos. Mero detentor de modelos proteicos, carreia informações de moldes moleculares de uma vida para outra, servindo-se como base para a reconstrução das peças do vestiário orgânico. Como uma olaria, ele não sabe o que fazer com cada peça que produz e nem aplicá-la no seu devido local de atuação. Essa tarefa compete ao Arquiteto Da Vida, o espírito que, com seu molde perispiritual, confecciona verdadeiro campo biomagnético orientador da forma.
Extensão de seu próprio corpo mental, não só coloca cada estrutura proteica em seu devido lugar, como ativa, em cada agrupamento celular, a porção do código genético necessário ao seu correto funcionamento.

“A hereditariedade é dirigida por princípios de Natureza espiritual”.
“Não nos deixando a menor dúvida de que os mecanismos da herança estão, indiscutivelmente, subordinados ao fator espiritual. É o espírito com a bagagem que traz do pretérito, quem determina a sua própria hereditariedade, em perfeito acordo com suas necessidades evolutivas. E a doença genética é também enfermidade endógena, fruto da interação do genoma herdado com a condição de programação e execução do próprio reencarnante. Este é o único responsável pela ordem ou desordem que impera em seu cosmos orgânico e a confecção de seu particular destino”.(Francisco Cândido Xavier- pelo espírito de André Luiz)


Muitas vezes identificamos patologias que reúnem em si características de ambas as fontes, exógenas e endógenas, como o tabagismo, o etilismo e outros distúrbios decorrentes do uso abusivo de drogas inadequadas à economia orgânica. Consideramo-las patologias mistas porque comumente respondem, na verdade, a desejos infundados e equivocados do homem, que se permite danificar o seu organismo inoculando-lhe substâncias impróprias à sua fisiologia, por mero deleite ou intenção autodestrutiva. Deixando-se lesar pela ação tóxica, em evidente desrespeito ao sagrado santuário que é o nosso corpo físico, arquiva compromissos de ordem moral com a Lei Divina. Dessa maneira, as lesões que se imputa são também de origem mental e danificam tanto a veste carnal quanto a psicossomática, justificando-se inclusive a sua continuidade na erraticidade, após o desenlace, com reflexos até mesmo em reencarnações posteriores. Fato que, seguramente, não se verificará, sendo a intoxicação de origem involuntária.
E, mesmo os acidentes casuais que acometem o ser na jornada de ascensão evolutiva, frutos de muitas vezes de sua ignorância ou imprudência, podem estar a serviço da Lei do Carma, que situa cada um no cerne de um aparente desastre, por reflexo do seu passado. O dano externo, neste caso, é imposição educativa e corretiva para o espírito imortal, fazendo-se um complemento de expiação necessário ao seu reequilíbrio e felicidade.
A verdadeira doença do homem é aquela que procede de sua própria consciência e vontade, provocada por errônea maneira de sentir, pensar e atuar na vida, gerando para si mesmo um campo biomagnético morbífico, a se expressar em seus veículos perispiritual e físico, como as diversas possibilidades do sofrer.
O conhecimento da origem de uma doença é o fator que determina os meios para se combatê-la eficazmente. Esse é o primeiro princípio que norteia o raciocínio médico, pois somente se elimina um efeito, agindo em sua causa. Se concluímos que a etiologia de nossos padecimentos é endógena, então temos que rever os tratamentos propostos pela medicina, a fim de nos proporcionar meios seguros para a cura definitiva. Como os recursos de cura na atualidade, apoiam-se sobretudo, em causas equivocadas das doenças, jamais as solucionarão, levando-as apenas a silenciarem-se momentaneamente. Persistindo seus impulsos nos reinos das causas, elas retornarão sempre, muitas vezes agravadas, como muitas vezes se observa.
A revelação de nossos males procedem de nós mesmos conduz-nos a conclusão segura de que não adoecemos por obra do acaso.
Não podemos admitir que sofremos à revelia da magna vontade divina, pois assim estaríamos determinando que o acaso pode dominar a Criação, o que não é concebível para um Criador perfeito e onipotente. Muito menos podemos aceitar as doenças como meros castigos que suas Leis nos impõem, pois a vindita não é atributo divino. Nossas dores haverão de cumprir algum papel importante e indispensável, como filhos de um Pai que é sobretudo Amor, não estaríamos sujeitos a acerbos padecimentos em vão. Motivos nobres nos trazem de volta nossas próprias ações adulteradas em forma de dores, e devemos nos empenhar em compreender a linguagem e a função da enfermidade, haurindo dela benefícios que nos eduquem. Somente colocando em prática tal conhecimento é que estaremos no caminho acertado para eliminar definitivamente as causas profundas e reais que a determinam.
A compreensão que a dor cumpre em nossa espécie é uma das mais importantes revelações da ciência, capaz de projetar nossa cultura em novos patamares de progresso moral e mudar radicalmente os paradigmas materialistas em que ainda se apoia nosso pensamento. E extrair da doença a lição que ela objetiva na economia da vida é passo acertado para abolir suas verdadeiras e últimas causas, eliminando-a eficazmente de nossos destinos.
Conhecendo a finalidade da dor, aprendemos a retirar dela todo o seu potencial evolutivo, educando-nos definitivamente das amarguras da revolta que o sofrimento injustificado nos concita.
Até o ponto em que, educados devidamente segundo a Lei, deixaremos de sofrer os danos da ignorância, da revolta e do egoísmo, por já não mais exercê-los, entregando-nos confiantes, ao sabor da dor evolutiva, que paulatinamente perderá sua função à medida que nos projetar nas raias da angelitude. Eliminada as verdadeiras causas, banida estará a dor, definitivamente de nossos caminhos.
O que surpreende nesse paradigma é a compreensão de que o fenômeno doença tem nitidamente uma intenção curativa. Adoecer o corpo físico é um meio de debelar os males do espírito. É um “Ato Equivocado” gerando muitas vezes proporções inimagináveis da nossa mísera compreensão. O que pensamos ser um mal é na verdade ajuste, um veículo de solução, visando sempre o nosso bem, drenando nossos males da alma. A Previdente Sabedoria Divina com suas Leis Imutáveis no Universo nos educa para que possamos rever nossos conceitos e atitudes perante a nós mesmos. Não existe punição de Deus. Geramos pestes vibratórias com nosso pensar, sentir e agir. O corpo físico funciona como um abafador da moléstia da Alma, sanando-a pouco a pouco. O importante é termos consciência de nossas responsabilidades e não colocarmos a “culpa” nisso ou naquilo.
Quando exilados nos proscênios terrenos, olvidamos o sagrado compromisso que assumimos com a purificação da consciência imortal e recebemos a moléstia física, habitualmente munidos de inconformismo e intolerância, quando não nimbados por amarga revolta, em declarada atitude de recusa dos recursos curativos que a Misericórdia Divina disponibiliza ao nosso favor.
É hora de incorporarmos, definitivamente, essa compreensão da enfermidade, capaz de sanar pouco a pouco suas verdadeiras causas, corrigindo-nos as errôneas condutas, pois temos urgência em eliminar os resquícios de trevas que ainda se nos incorporam ao fundo mental, gerando a necessidade da dor.
Podemos dizer que, os microrganismos ditos patogênicos cumprem então, importante papel na drenagem do manancial mórbido retido em nossas malhas perispirituais. Compreendemos que muitas pestilências vibratórias que trazemos conosco somente podem ser evacuadas de nossa intimidade mediante a contribuição desses valiosos agentes biológicos, que trabalham na verdade, não para nosso dano, em favor de nossa saúde espiritual.

“A intromissão desse ou daquele fator patogênico, se destina a expungir da alma, em forma de sofrimentos, os resíduos do mal, correspondentes ao sofrimento por ela implantado na vida ou no corpo dos semelhantes” (Francisco Cândido Xavier –pelo espírito de André Luiz).

Compreendemos que a Natureza não produz nada inadequado e inútil à própria vida e tudo que existe corresponde a Sabedoria e Vontade de nosso Pai.
Os microrganismos patogênicos são chamados de agentes varredores, ou seja, os lixeiros do corpo, que absorvem e dirigem o nosso psiquismo mórbido, frutos de nossas próprias maldades, auxiliando-nos em sua drenagem.
É lícito interrogarmos: Estaremos realmente nos curando, simplesmente aniquilando as bactérias infectantes que nos assediam? Será de fato indispensável e sempre um bem para o nosso organismo ingerir antibióticos, na profusão com que são recomendados pela medicina oficial na atualidade? Suprimir com antibióticos a moléstia, curará definitivo ou criará uma falsa doença?
O fenômeno patológico não é mero fracasso das leis da vida e cumpre função biológica de primordial importância na substância da vida.
A exoneração da morbidez gerada pelas nossas condutas e sentimentos adulterados, segundo A Lei do Aor.
Educação da Consciência para que não tornemos a incorrer nos mesmos erros.
Já a doença exógena traz como função primordial promover a evolução, na medida em que a dor nos causa, afastando-nos dos planos inferiores, leva-nos a conquistar patamares cada vez mais elevados de comodidade e felicidade. No Ser Consciente, pode servir para correção de suas ações errôneas do passado, prestando-se à mesma função educativa da patologia endógena.

“O essencial é invisível aos olhos”

Saint-Exupéry

Há portanto, um terreno que engloba o doente como um todo, em cuja base as enfermidades se desenvolvem, apregoando-se o famoso ditado, atribuído ao fundador da Homeopatia o Dr. Samuel Hahnemann:

“ Não há doenças e sim, doentes”

Preceito que determina, com clareza, que a doença é um produto do meio interno do próprio enfermo, demonstrando com evidência a via endógena como a determinante de todo e qualquer processo patológico que não advenha de um distúrbio artificial bem como a ingestão abusiva de medicamentos alopáticos.

“ devemos ainda acrescentar às doenças crônicas, infelizmente, aquelas universalmente espalhadas produzidas artificialmente pelos tratamentos alopáticos e pelo emprego contínuo de medicamentos heroicos, violentos,em grandes e progressivas doses” (André Luiz).


Nos parágrafos 74 a 78 do Organon – Divina Arte de Cura, Samuel Hahnemann nos elucida:

“Pelo que é impiedosamente enfraquecida a força vital e a estas se somam ainda as doenças crônicas aparentes, impropriamente chamadas de doenças, os padecimentos dos indivíduos que constantemente se expõem a influencias nocivas evitáveis, abusando habitualmente de bebidas ou alimentos nocivos, entregando-se
 A excessos de toda sorte que mina a saúde”.

“As verdadeiras doenças crônicas naturais são aquelas provenientes de um miasma crônico”.

Ou seja, oriundas de um campo de energias mórbidas alimentadas pelo nosso espírito. Está estabelecida com clareza a origem endógena da doença.

A enfermidade física passou a ser vista como uma planta daninha que nasce na intimidade psicofísica, não por obra do acaso, mas por aí encontrar o ambiente propício ao seu desenvolvimento, condição denominada em Homeopatia de suscetibilidade ou idiossincrasia. Hahnemann passou a tratar o doente e não suas doenças isoladamente, com base nas peculiaridades de cada um, ele interpôs ao adoecimento um importante fator individual, o fundamento da Terapêutica Homeopática, por considerar o ser como uma unidade. O procedimento médico homeopático partiu no encalço dos fatores que determinam o adoecimento do terreno, buscando reconhecê-los na história da vida do doente, interessando-se muito mais pelos seus aspectos emocionais e as sutis linguagens subjetivas do mundo psíquico do que a comum sintomatologia objetiva dos órgãos doentes.
A doença se inseria em um contexto fenomenológico que envolve todo o ser doente, a dinâmica mórbida do terreno, onde se começou a buscar o início e fim da patologia.
A energia vital foi compreendida como elemento de ligação entre a mente, o espírito, e o seu veículo de manifestação física. Elo que em Homeopatias recebeu a denominação de “vice regente da alma”. Trata-se o Ser Humano como um Todo indivisível, compreendendo a doença como uma perturbação dinâmica desse todo e não como distúrbio aleatório de um órgão, palco de efeitos e não das causas. Toda doença passou a ser vista como uma alteração psíquica, energética e física, configurando-se a unidade espírito,perispírito e corpo; base para o raciocínio da nova fisiopatologia.

Termino este texto sem o término necessário pois a Ciência Homeopática tem muito a explorar no Universo Humano bem como Galáctico......


Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata
e
Hipnóloga Condicionativa
Ateneng: 1498
Conahom: 1081
Instituto Brasileiro de Hipnologia
Sociedade Ibero Americana de Hipnose Condicionativa
               N° 1457






  

SINAIS DOS TEMPOS - A NOVA GERAÇÃO


Tudo é harmonia na criação; tudo se revela uma previdência que não se desmente, nem nas menores coisas, nem nas maiores; devemos pois, desde o início, afastar toda a idéia de capricho, inconciliável com a sabedoria divina; em segundo lugar, se nossa época é marcada para a realização de certas coisas, é que elas tem sua razão de ser na marcha do conjunto.
Diremos que nosso globo, como tudo quanto existe, está sujeito a Lei do Progresso. Progride fisicamente pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente pela purificação dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Estes dois progressos se seguem e caminham paralelamente, pois a perfeição da morada está relacionada com a do habitante. Fisicamente o globo passou por transformações, constatadas pela ciência, e que sucessivamente o tornaram habitável por serres mais e mais aperfeiçoados; moralmente, a humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Ao mesmo tempo que a melhoria do globo se opera sob o império das forças materiais, os homens concorrem para ela, pelos esforços de sua inteligência, saneiam as regiões insalubres, tornam as comunicações mais fáceis e a Terra mais produtiva.
Este duplo progresso se realiza de duas maneiras: uma, lenta, gradual e insensível; a outra, por modificações mais bruscas; cada uma delas resulta num movimento ascensional mais rápido, o qual marca, com sinais nítidos, os períodos progressivos da humanidade. Esses movimentos, subordinados nos pormenores ao livre-arbítrio dos homens, são de alguma forma fatais em seu conjunto, pois são submetidos a Leis, como as que se operam na germinação, no crescimento e maturação das plantas; é por isso que o movimento progressivo é algumas vezes parcial, isto é, limitado a uma raça ou a uma nação; outras vezes será geral.
O progresso da humanidade se efetua em virtude de uma lei; ora, com todas as Leis Da Natureza são a Obra Eterna Da Sabedoria e da Presciência divinas, tudo o que é feito dessas Leis é o resultado da vontade de Deus, não de uma vontade acidental ou caprichosa, mas de uma vontade Imutável.
Quando a humanidade está madura para franquear um grau, pode-se dizer que os tempos marcados por Deus chegaram, como se pode dizer que em tal estação, são chegados os tempos para a maturidade dos frutos e a colheita.
Da afirmação de que o movimento progressivo da humanidade é inevitável, porque está na natureza, não se segue que Deus seja indiferente ao mesmo, e que após haver estabelecido suas leis,haja retornado à inação, deixando que as coisas se movam por si. Suas Leis são eternas e imutáveis, sem dúvida, mas porque sua própria vontade é eterna e constante, e seu pensamento, que penetra em tudo, é a força inteligente e permanece, mantendo tudo em harmonia.O Universo é um relógio sem o pêndulo regulador. Deus é a Inteligência Suprema Causa Primária de Tudo e Ele vela pela execução de suas Leis, e os Espíritos que povoam o espaço são seus Ministros encarregados dos detalhes, segundo as atribuições relativas ao seu grau de adiantamento.
O Universo é ao mesmo tempo um mecanismo incomensurável, conduzido por um número não menos incomensurável de inteligências, um imenso governo cuja vontade única mantém a unidade por toda a parte. Sob o império desta vasta potência reguladora,tudo se move, tudo funciona numa ordem perfeita; aquilo que nos parecem perturbações são os movimentos parciais e isolados, que só nos parecem irregulares, porque nossa vista é circunscrita. Se pudéssemos abarcar o conjunto, veríamos que tais irregularidades não são senão aparentes, e que elas se harmonizam no todo.
A humanidade realizou até hoje incontestáveis progressos; os homens por sua inteligência, chegaram a resultados que jamais atingiram, sob o ponto de vista das ciências, das artes e do bem estar material; resta-lhes ainda um imenso progresso a realizar; é o de fazer reinar entre eles a caridade, a fraternidade e a solidariedade para assegurar o bem estar moral. Já não é mais somente o desenvolvimento da inteligência o que os homens necessitam; é a elevação do sentimento, e por isso é preciso destruir tudo quanto possa excitar neles o egoísmo e a vaidade.
Esta fase que se elabora neste momento, é o complemento necessário da etapa precedente, ela poderia ser prevista e predita com antecipação, e é por isso que se diz que são chegados os tempos marcados por Deus.
Nesse tempo, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a uma região, a um povo, a uma raça; é um movimento universal que se opera no sentido do progresso moral.Uma nova ordem de coisas tende a se estabelecer, e os homens que maior oposição lhe fazem, trabalham nela contra sua vontade; a geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada por elementos mais purificados, encontrar-se-á animada por idéias e sentimentos completamente diversos dos que são adotados pela geração presente, que se retira a passos de gigantes.
Cada um sabe o quanto a ordem das coisas atual ainda deixa a desejar; depois de ter alguma sorte esgotado o bem estar material, que é o produto da inteligência, chega-se a compreender que o complemento de tal bem estar só se encontra no desenvolvimento moral. Quanto mais se avança, mais se sente aquilo que falta. É o efeito do trabalho íntimo se operando visando a regeneração.
Uma mudança tão radical como a que se elabora, não pode realizar-se sem comoção; há a luta inevitável entre as idéias. De tal conflito, nascerão forçosamente perturbações temporárias, até que o terreno haja sido desobstruído e o equilíbrio restabelecido. É pois da luta das idéias que surgirão os graves acontecimentos anunciados e não de cataclismos ou catástrofes puramente materiais. Os cataclismos gerais eram a conseqüência do estado de formação da Terra; hoje não são as entranhas do globo que se agitam, são as da humanidade.
Cada corpo celeste, além das leis simples que presidem à divisão dos dias e das noites, das estações, etc., passa por revoluções que levam milhares de séculos para sua perfeita realização, mas que, como as revoluções mais breves, passam por todos os períodos, desde o nascimento até um máximo de efeito, depois do qual há um decréscimo até o limite inferior, para recomeçar em seguida a percorrer as mesmas fases.
O homem não abarca senão as fases de duração relativamente curta, e das quais ele pode constatar a periodicidade; porém há outras que compreendem longas gerações de seres, e mesmo de sucessões de raças, cujos efeitos, por conseguinte, tem para ele as aparências de novidade e de espontaneidade, ao passo que, se seu olhar pudesse alcançar alguns milhares de séculos atrás, veria, entre estes mesmos efeitos e suas causas, uma correlação da qual nem sequer suspeita. Tais períodos que confundem a imaginação dos humanos devido sua relativa extensão, não são entretanto senão instantes na duração eterna.
Em um mesmo sistema planetário todos os corpos que dele dependem reagem uns sobre os outros; todas as influências físicas dali são solidárias, e não há um só dos efeitos que vós designais sob o nome de grandes perturbações, que não seja a conseqüência do componente de influências de todo esse sistema.
Os sistemas planetários reagem uns sobre os outros, em razão da proximidade ou do afastamento que resulta de seus movimentos de translação através dos miríades de sistemas que compõem nossa nebulosa.Nossa nebulosa é como um arquipélago na imensidade, tendo também seu movimento de translação através dos miríades de nebulosas, sofre a influência daquelas das quais se aproxima.
As nebulosas reagem sobre as nebulosas, os sistemas reagem sobre os sistemas, como os planetas reagem sobre os planetas, como os elementos de cada planeta reagem uns sobre os outros, e assim de aproximação em aproximação até o átomo; em cada mundo as revoluções locais ou gerais, que não parecem perturbações senão em relação à brevidade da vida, a qual não permite ver senão os efeitos parciais.
A matéria orgânica não poderia escapar a tais influências; as perturbações que ela sofre podem portanto alterar o estado físico dos seres viventes, e determinar algumas moléstias, como todos os flagelos são para a inteligência humana um estimulante que a impele, por necessidade, às pesquisas dos meios de combatê-las, e a descoberta das leis da natureza.
A matéria orgânica reage sobre o espírito e a ligação íntima com os elementos materiais, sofre também influências que modificam suas disposições, sem entretanto obstar ao seu livre arbítrio, contribuindo para o seu desenvolvimento. A movimentação que se manifesta por vezes em toda uma população, entre os homens de uma mesma raça, não é coisa fortuita, nem o resultado de um capricho; tem suas causas na lei da natureza.
A humanidade se transforma, como já se transformou em outras épocas, e cada transformação é marcada por uma crise. Crises estas penosas, dolorosas arrastando muitas vezes gerações e instituições, mas sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral.
A humanidade chegada a um desses períodos de crescimento, está totalmente  há quase um século, no trabalho da transformação; é por isso que ela se agita de todos os lados, presa de uma espécie de febre, e como que movida por uma força invisível até que retorne seu assento sobre novas bases.
Quem a vir então, a encontrará bem mudada em seus costumes, seu caráter, suas leis, suas crenças, numa palavra em todo o seu estado social.
O mundo dos Espíritos que vos rodeia sofre o contra golpe de todas essas comoções que agitam o mundo dos encarnados. Os Espíritos e a Humanidade não deixam de ser um todo; que eles dela saem, e nela devem reentrar; é natural que se interessem pelos movimentos que se operam entre os homens. Quando uma revolução social se realiza sobre a Terra, ela agita igualmente o mundo invisível; todas as paixões boas e más ali são excitadas.
Tudo o que se relaciona na natureza, as perturbações dos elementos físicos; dá-se uma verdadeira confusão geral, que passa como um furacão, depois do qual o céu volta a ser sereno, e a humanidade, reconstituída sobre novas bases, imbuídas de novas idéias, percorre nova etapa de progresso.
Em conseqüência de seu movimento de translação através do espaço, os corpos celestes exercem, uns sobre os outros, uma influencia maior ou menor, conforme sua aproximação e sua posição respectivas; que essa influencia pode ser causa de uma perturbação momentânea em seus elementos construtivos, e modificar as condições de vitalidade de seus habitantes; que a regularidade dos movimentos deve resultar da volta periódica das mesmas causas e dos mesmos efeitos; que a duração de certos períodos é bastante curta para ser apreciável pelos homens, outras vêem passar gerações e raças que dela não se apercebem, e para as quais o estado de coisas é normal; as gerações, ao contrário, contemporâneas da transição, dela recebem o contra golpe, e tudo lhes parece afastar-se das leis ordinárias. Elas vêem uma causa sobrenatural, maravilhosa, milagrosa, naquilo que na realidade nada é senão o cumprimento das leis da natureza.
Se, pelo encadeamento e a solidariedade das causas e dos efeitos, os períodos de renovação morais da humanidade coincidem, como tudo leva a crer, com as revoluções físicas do globo, elas podem ser acompanhadas ou precedidas de fenômenos naturais, insólitos para aqueles que não estejam habituados, de meteoros que lhes parecem estranhos, da recrudescência e intensificação desacostumadas, de flagelos destruidores. Tais flagelos não são causas, nem presságios sobrenaturais, mas sim uma conseqüência do movimento geral que se opera no mundo físico e no mundo moral.
Ao predizer a era de renovação que devia abrir-se para a humanidade e marcar o fim do velho mundo, Jesus pode dizer que ela seria assinalada por fenômenos extraordinários, tremores de terra, flagelos diversos, sinais nos céus; que não são outra coisa senão meteoros sem sair das leis naturais; mas o vulgo ignorante viu nessas palavras o anúncio de fatos miraculosos.
A previsão dos movimentos progressivos da humanidade nada tem de surpreendente para os seres desmaterializados que vêem o objetivo para o qual tendem todas as coisas, pois alguns deles possuem o pensamento direto de Deus, e são os que julgam, nos movimentos parciais, o tempo no qual se poderá realizar o movimento geral, como se estima o tempo que necessitará uma árvore para frutificar, como os astrônomos calculam a época de um fenômeno astronômico pelo tempo que um astro leva para realizar sua revolução.
A humanidade é um ser coletivo no qual se operam as mesmas revoluções morais que em cada ser individual, com esta diferença: que umas se realizam de ano para ano, e as outras de século em século. Se a seguirmos em suas revoluções através dos tempos, veremos a vida das diversas raças marcada por períodos que dão a cada época uma fisionomia particular.
A marcha progressiva da humanidade opera-se de duas maneiras: uma gradual, lenta, insensível, se consideram as épocas próximas, que se traduz por melhorias sucessivas nos costumes, nas leis, nos usos, e não percebe senão à distância, como as mudanças que as correntes d’água realizam na superfície do globo; outra, por movimentos relativamente bruscos, rápidos, semelhantes àqueles de uma torrente que rompe seus diques, que lhe fazem franquear em alguns anos o espaço que levou séculos a percorrer. É então um cataclismo Moral que traga em alguns instantes as instituições do passado, e ao qual sucede uma nova ordem de coisas que se assenta aos poucos, à medida que a calma se restabelece e se torna definitiva.
A humanidade, tornada adulta, tem novas necessidades, aspirações mais amplas, mais elevadas; ela compreende o vazio das idéias, a insuficiência das suas instituições, no tocante a sua felicidade, ela não encontra mais no estado de coisas as satisfações legítimas cujo apelo sente. A humanidade se encontra no jardim da infância com vontades e verdades relativas e limitadas, achando que é só isso o mundo; que ao morrer tudo acaba. Que idiotice!
O crescimento é moral. A revolução é humanitária.
O progresso intelectual realizado até hoje nas mais vastas proporções é um grande passo, e marca a primeira fase da humanidade; porém sozinho é impotente para regenerá-la; enquanto o homem for dominado pelo orgulho e pelo egoísmo, utilizará sua inteligência e seus conhecimentos para vantagem de suas paixões e seus interesses pessoais. Se aplica ao aperfeiçoamento dos meios de prejudicar os seus semelhantes, e os destruir.
Unicamente o progresso moral pode assegurar a felicidade dos homens sobre a Terra pondo um freio às más paixões; unicamente ele pode fazer reinar entre os homens a concórdia, a paz e a fraternidade.
O progresso moral derrubará as barreiras dos povos, que fará cair os preconceitos de casta e calar os antagonismos de seitas, ensinando aos homens a se considerarem como irmãos chamados a se auxiliar reciprocamente, e não a viver às expensas uns dos outros.
O ser humano infelizmente vive nos tempos de hoje com conceitos de posse, de vaidades ao culto do corpo, de poder e sofrem com o que criaram. Famílias destroçadas por vaidades; Instituições de ensino perdidas em crenças e dogmas sem ter condições de ensinar o que realmente é importante. Governo voltado ao poder, ganância e satisfação de seus desejos. O que vemos é puramente a destruição em massa!
A nova geração se constituirá à partir da derrubada de todas as verdades criadas pela humanidade. A própria humanidade comerá a si.
Os vícios de qualquer espécie  que os Espíritos Encarnados criaram e se alimentam, com o efeito degenerativo é puramente natural. Quer mudar essa realidade?
A Lei do Universo se cumprirá acreditando ou não e o sofrimento é o Efeito de tudo o que criamos. Observe a sua volta: a alimentação, a educação, conceitos de beleza, conceitos de trabalho, os políticos que comandam, os valores que colocamos para sermos felizes, o que fazer para mudar essa situação?
O sofrimento faz parte da Ignorância Humana. A humanidade pelo mal uso do livre arbítrio criou o sofrimento! Não se lamentar por algo que criaste e acreditar-se piamente.

Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata
e
Hipnóloga Condicionativa
      


INSTITUTO CULTURAL IMHOTEP