quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A INESGOTÁVEL RIQUEZA DO NADA




A INESGOTÁVEL RIQUEZA DO NADA


O “nada” ou os vazios quânticos é uma das principais preocupações da ciência atual. No “nada” desconfiam os cientistas, está a matriz do Todo, De tudo e do Universo Material em que vivemos. “O vazio está cheio de alguma coisa que não é matéria”. No vazio quântico há tudo e nada, ao mesmo tempo. Alguns físicos simplificam a questão e dizem que no vazio, nada há informação. O Brasileiro Mário Schemberg Laborit considera essa definição insuficiente e dá uma explicação mais elaborada para o conteúdo do “nada”: “Variações de campos elétricos provocados pelo epicentro da matéria e que persistem quando a matéria já não está lá.” Outro físico, David Bohm, fala de “ordem implícita”. Ele quer dizer: a matéria está implícita no “nada”- no vazio há pré-forma; é o molde invisível do molde visível- que somos nós e as coisas. Beneviste, pesquisador francês, provou que a matéria tem memória. Realizou experiências mostrando que quando a matéria deixa de existir num ponto, ficam os vestígios- ou memórias. As experiências de Beneviste foram testadas em vários laboratórios e os resultados comprovaram a afirmação. Burr e Sheldrake, dois biólogos, dizem ter identificado “campos de vida”, ou campos morfogenéticos. É mais ou menos como a “ordem implícita”, cada organismo teria uma pré-forma da qual os genes seriam apenas mensageiros materiais.“ Einstein, no seu intuicionismo avassalador, pensou ter identificado no Universo essa força invisível contida no “nada”- a ordem implícita de Bohm – e a incluiu num sistema conhecido como” constante cosmológica”. Desacreditada – até repudiada pelo próprio Einstein, depois a constante foi recentemente reabilitada com as descobertas do Telescópio espacial Hubble. O Hubble não detectou a chamada massa invisível. Essa massa era a explicação dada pelos astrônomos para ocorrências cósmicas inexplicáveis pelo volume de massa visível. Ou seja, a massa detectável no universo não bastaria para produzir o próprio universo.Deveria haver massa oculta e que constituiria 90% de todo o cosmos. O Hubble demoliu essa crença e pôs no seu lugar uma explicação parecida com a constante cosmológica. A de que há alguma coisa muito poderosa no “nada” dando origem ao todo, e muitos até a estão chamando de Deus. Para o físico inglês Stephen Hawking isto não é novidade. Ele já vem falando da “mente de Deus” para justificar o comportamento da matéria que volta para o “nada” pelas goelas dos insaciáveis buracos negros e atravessa a barreira do tempo.
A própria ciência com embasamento matemático, nega a existência de um “nada absoluto”, quando afirma existir algo indefinível, indetectável, inefável, fonte de “informações” além do Universo. Este pensamento da ciência moderna está em conformidade com o pensamento dos místicos em alto nível de todos os tempos, especialmente os orientais, habituados à meditação sobre conceitos metafísicos elevados. É exatamente num nível além do universo, ou seja, naquele “nada quântico” referido pela ciência atual, que eles colocam Deus, o Poder Superior Criador.
A fonte de todo o conhecimento, o propósito primeiro de tudo quanto foi criado, e mesmo daquilo que ainda não foi criado, existe ao menos como “informação” na citada “Inesgotável Riqueza do Nada”, pois ali tem tudo e tem nada.
A própria ciência tem indagado sobre coisas abstratas como pensamento e consciência, indagando se o próprio pensamento também é feito do “nada”. Psicólogos Freudianos e comportamentais, neurofisiologistas e biólogos têm tentado em vão, identificar a substância mental e a sede da consciência. Aí surge outra dúvida, a consciência é uma propriedade apenas do ser humano ou dos animais, e a própria matéria, também a têm? A Consciência como a mente seria algo especial, substrato do Todo, ou apenas produto de interações neuroquímicas de um organismo? Isto para a ciência ainda é um mistério insondável, embora para o místico seja algo bem claro, a consciência é um aspecto de o próprio Poder Superior. Todas as reações dos seres vivos nada mais são do que exteriorizações implícitas na fonte da própria energia o que originou todo o Universo, portanto não se trata de algo inerente ao mundo objetivo, de algo gerado pela matéria, mas de algo manifestado através dela.
“Onde quer que se faça presente uma estrutura apta a manifestar consciência, ela ali, se fará presente, desde que se trate de um Poder que inunda todo cosmos”.
A fonte de todo o conhecimento, o propósito primeiro de tudo quanto foi criado e mesmo daquilo que ainda não foi criado, existe ao menos como informação, pois ali tem tudo e tem nada. A ciência pode chamar de pré- forma da forma ou modelo organizador, mas nomes não causam diferença alguma, o que importa é que lá está uma fonte de consciência.
“Tudo é Mente” ou “O Universo é Mental”. Sendo assim, desde que tudo é mente no universo, logo, tudo tem consciência nas devidas proporções.
Podemos afirmar que sejam quais forem às circunstâncias, a consciência e também todas as qualidades inerentes à mente pré-existem, antecedem à forma, pois antes de qualquer estrutura tudo já estava implícito no ponto gênese do universo. Como não existiram dois pontos de origem, então não se pode negar que tudo que há e se manifesta de alguma forma, já estava reunido numa só condição – ponto primordial da criação, que se desdobrou em miríades de coisas. Houve uma fragmentação colossal atingindo não apenas a energia, mas também todas as condições imateriais existentes. Embora isto seja um mistério insondável para a ciência oficial não o é para os pensadores metafísicos e místicos.

Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata




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