Para estarmos em plena liberdade, precisamos nos soltar, fluir pelos ritmos da vida. Muitas vezes, é no “ato de perder” que encontramos a razão da própria existência.
A Liberdade é na ciência, a experimentação e o raciocínio; na filosofia, o bom senso e a sensatez; na religião, o discernimento e a naturalidade; na arte, a originalidade e a inspiração; na sociedade, a igualdade e a solidariedade.
O indivíduo liberto, mais que idéias ou ideais, escolhe os autênticos valores da alma, porque reconhecer que estes orientam sua vida com lucidez, discernimento e ânimo. Possui uma excelente sociabilidade, produto de sua maturidade interior, manifestada na família, no trabalho, nos grupos de amizade; enfim, em todos os setores de nossas vidas.
O estado de liberdade da criatura é proporcional ao seu grau de amadurecimento espiritual.
Considerar e valorizar as orientações ou sugestões dos outros (cônjuges, pais, educadores, amigos). Aprender a ouvir, observar com claridade, sem a interferência do orgulho (chama da ignorância humana). O ato de grandiosidade é receber as críticas como aprendizados, filtrando o que necessitamos para nossa evolução. Mas nem por isso perdemos nossa autonomia de agir e pensar livremente; tendo a responsabilidade total de nossos atos.
Ponderar, sem julgar de modo precipitado às experiências alheias; antes, as observa e as confronta com as suas e, por fim, as assimila ou as rechaça total ou parcialmente.
Quem é livre desfruta uma atmosfera fluídica que facilita um progressivo desenvolvimento espiritual.
Não se considera indefeso, mas sim companheiro de viagem de outros seres humanos, pois sabe que a qualquer momento poderá refazer as cláusulas do “contrato” de sua existência.
Allan Kardec indagou, em o Livro dos Espíritos: “O homem tem livre-arbítrio dos seus atos?”; e “O Homem goza do livre-arbítrio desde seu nascimento?”. E os Mestres da Vida Maior deram respectivamente os seguintes esclarecimentos: “Visto que ele tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem livre-arbítrio o homem seria uma máquina”; e “Há liberdade de agir desde que haja liberdade de fazer. Nos primeiros tempos da vida a liberdade é quase nula; ela se desenvolve e muda de objeto com as faculdades”.
No exercício do livre-arbítrio, será sempre bem vinda a legitimidade da inquirição ou indagação, pois a “dúvida saudável” mantém nossa casa mental na prática constante da atividade intelectual ativa e criativa, enquanto a “certeza absoluta” pode nos levar a atitudes atrevidas e insolentes.
A circunspecção, atitude de quem olha cuidadosamente todos os aspectos por que se apresenta uma questão ou fato deve vir sempre acompanhada de prudência e de ponderação. Existe uma enorme diferença entre”circunspecção” e “receio incoerente”; entre “incredulidade patológica” e “suspeita lógica”.
O verbo “suspeitar” provém do latim suspectare,que tem como variável suspicere , que significa “olhar o lado de baixo” ou “olhar por baixo”. O que vive em suspeita, ao contrário do livre, não está olhando a realidade das coisas, mas supondo o que possa existir por detrás dos fatos, acontecimentos e atitudes das pessoas. O desconfiado compulsivo está sempre preocupado em não ser enganado ou roubado, enquanto o liberto sabe que nada nem ninguém podem extinguir ou se apropriar de suas conquistas pessoais.
Os indivíduos que alcançaram o estado de liberdade vivem no equilíbrio, porquanto não acreditam em tudo, nem desconfiam de tudo. Fazem parte do rol das criaturas centradas: diferenciam o que existe de real e verdadeiro, e não ficam imaginando males ilusórios ou sem fundamento.
A liberdade, como todas as outras conquistas da alma, só será alcançada verdadeiramente se for compartilhada com outros.
François Marie Arouet, dito Voltaire, poeta e escritor francês do século XVIII, escreveu: “O prazer pela liberdade aumenta à medida que dela se desfruta”. O Criador que nos concedeu a vida deu-nos, ao mesmo tempo, a liberdade. O que levou Paulo de Tarso a proclamar: “É para a Liberdade que o Cristo nos libertou.Permaneceis firmes, portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão.
Escravidão essa de conceitos e pré-conceitos estabelecidos como verdades imutáveis ditas pela sociedade nos escraviza, ditando regras de “falsa felicidade”: o que precisamos comer, vestir ou ter para sermos verdadeiramente “Libertos?” Que liberdade mais adoecedora, supressora!
A rigidez mental é uma das formas mais corriqueiras de atrair o sofrimento. Mudança é um mecanismo espiritual através do qual Deus assegura a evolução. Quem não evolui fica paralisado, desenvolvendo um verdadeiro entorpecimento interior.
Para transformarmos a vida para melhor, temos que começar a nos mudar por dentro. E, para tanto, precisamos inicialmente desfazer os diversos conceitos equivocados que nos foram transmitidos de forma não intencional ou com a “intenção”. Estamos tão rijos intimamente que sentiremos dificuldades em dar os primeiros passos rumo à liberdade, mas, com determinação, e com o passar do tempo, tomaremos consciência cada vez mais de como é agradável e realizadora a mudança interior; aí tudo se torna mais fácil.
Quando nos desfazemos das crenças inadequadas, morre em nós tudo aquilo que é velho, e passamos a reformular ou remodelar novos caminhos, dinamizando a casa mental e ampliando o universo pessoal.
Quer aceitemos ou não, o mundo está progredindo. A Natureza está em constante evolução, por isso a necessidade constante de nos reformularmos nos observando diariamente nossos valores e crenças, idéias e conceitos.
Existem muitas pessoas que dizem: “meus pais sempre pensaram e agiram dessa forma, portanto eu também penso e ajo igualmente”. Outros afirmam:”minha família sempre abraçou esses conceitos; ora, por que eu haveria de trocá-los?”
É óbvio que não estou aqui querendo induzir as criaturas a desprezar as memórias, os ensinos ou as experiências familiares, mas é preciso que entendamos que o mundo progride e, em decorrência disso, muitas coisas se modificam em nossa existências. Queiramos ou não, “a mudança gera sempre um desafio existencial”. É fascinante os desafios vistos pelos olhos da espiritualidade!
Falo de evolução Espiritual embasada em conceitos “Morais” e “Éticos”. A evolução que o Homem acha que desenvolve nada mais é do que destruição. Observem a sua volta. Tecnologia de “Ponta” com destruição do “Ecossistema?” Rios, oceanos, florestas, animais, gás carbônico, metais pesados no ar, armamentos, dentre outros. Isso é evolução?
A busca do Poder constante traz a destruição em massa. A torre de babel em queda! Vistos a olhos nus! Mudemos! Transformemo-nos a nossa verdadeira realidade para o que viemos fazer. O nosso propósito, o nosso foco! Façamos com Amor, coloquemos amor em nossas palavras, atos e ações para que possamos ter uma vida verdadeiramente Plena!
A Vida é um processo maravilhosamente ilimitado; entretanto, ainda há e não são poucos os que enxergam a existência de forma “afunilada”, como se estivessem vivendo na época de Moisés ou na Idade Média. A Ciência e Espiritualidade precisam caminhar juntas. Tudo vem da Inteligência Suprema, inclusive o mundo científico.
Liberdade é um direito natural, faz parte de nossa herança divina, e, para crescermos devemos usar com Sabedoria Divina.
Qual o grau de influência da opinião alheia sobre meus atos e atitudes?
O que dificulta ter suficiente autonomia para tomar minhas próprias decisões?
O que me impede de desfrutar uma vida plena?
Meus conceitos facilitam autoconfiança?
Somos as criaturas na Terra capazes de mudar e transformar o mundo ao nosso redor!
Que mudanças realizarei à partir de agora?
Sou verdadeiramente Livre?
Sou verdadeiramente Feliz? Ou vivo num “faz de conta”?
Aproveitamos este momento “Agora” e Mudemos nossa percepção de ver o mundo.
Que a Luz se faça presente e o Amor a força propulsora para alavancar nossa vida para a “verdadeira vida”.
Amo a todos indistintamente
Estou aonde precisarem de mim...
Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata
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