Adoecer é uma conseqüência da desobediência aos padrões de vida observados por Deus. Teoricamente, quem vive o bem pensar vive dentro de seu equilíbrio, tem uma maior probabilidade de não adoecer, pois o homem natural já foi contaminado com o pecado original.
Viver o bem pensar, traz ao indivíduo a possibilidade de uma existência sem adoecer, a vida esgota-se e o indivíduo pode morrer pleno de dias, sem passar por moléstias.
Viver ao natural é simples e profundo. Buscar a essência da vida é interiorizar em seu Ser e buscar seus verdadeiros valores. Como é sua vida hoje? Você precisa do que para viver? Trocar de carro todo ano? Ter mais de uma Tv? Como você se alimenta e o que se alimenta? Trocar o guarda roupa todo ano?
Deus não criou o homem com o objetivo de adoecer, a doença não fazia parte da criação. Na verdade a enfermidade não foi prevista antes da criação, pois no céu “não há dor, nem luto, nem pranto” (Apocalipse 21:14). Ela é decorrente do desequilíbrio do mal pensar e isto não fazia parte do projeto original de Deus para o homem.
Para Kent: “ O estado da mente humana e do corpo humano, é um estado de suscetibilidade à doenças que provem do desejar mal, de pensar no que é falso e de fazer da vida uma herança contínua de coisas falsas, e assim esta forma de enfermidade”.
A relação existente entre a doença e o estado de equilíbrio emocional, aceita nos dias atuais pelas Ciências Médicas e Psicológicas, já era pontuada pelo escritor do Êxodo, Moisés, demonstrando um ensinamento de Deus, como uma regra para não adoecer, ou seja ter uma conduta correta de obediência às Suas Leis:
“Se vocês derem atenção ao Senhor, o seu Deus, e fizerem o que ele aprova, se derem ouvidos aos seus mandamentos e obedecerem a todos os seus decretos, não trarei sobre vocês nenhuma das doenças que eu trouxe sobre os egípcios, pois eu sou o Senhor que os cura”. (Êxodo 15: 26)
A Homeopatia explica a etiologia das doenças, também, através do mal pensar, ou seja os pensamentos errados ou ruins acarretam equívocos no comportamento, levando o homem a adoecer e sentir-se mal.
A Observação detalhada da doença nos remete a uma linha de observação mais profunda. Contudo se um indivíduo nasce em uma família estruturada em convicções religiosas com conceitos morais e éticos, tendo um comportamento correto. Como obteve uma moléstia incurável com tantos sofrimentos?
No livro Dos Espíritos - ALLAN KARDEC página 143 capítulo V . A Pluralidade das Existências, nos explica com clareza e razão as Leis Universais Imutáveis.
[...Muitos repelem a idéia da reencarnação pelo só motivo de ela não lhes convir. Dizem que uma existência já lhes chega de sobra e que, portanto, não desejariam recomeçar outra semelhante. De alguns sabemos que saltam em fúria só com o pensarem que tenham de voltar `Terra. Perguntar –lhes – emos apenas se imaginam que Deus lhes pediu o parecer, ou consultou os gostos, para regular o Universo. Uma de duas: ou a reencarnação existe, ou não existe; se existe, nada importa que os contrarie; terão que a sofrer, sem que para isso lhes peça Deus permissão. Afiguram-se-nos os que assim falam um doente a dizer: sofri hoje bastante, não quero sofrer mais amanhã. Qualquer que seja seu mau humor, não terá por isso que sofrer menos no dia seguinte, nem nos que se sucederam, até que se ache curado. Conseguintemente, se os que de tal maneira se externam tiverem que viver denovo, corporalmente, tornarão a viver, reencarnarão. Nada lhes adiantará rebelarem-se, quais crianças que não querem ir para o colégio, ou condenados para a prisão.Passarão pelo que tem de passar. São demasiado pueris semelhantes objeções, para merecerem mais seriamente examinadas. Diremos, todavia, ao que as formulam que se tranqüilizem, que a Doutrina Espírita, no tocante à reencarnação, não é tão terrível como a julgam; que, se a houvessem estudado a fundo, não se mostrariam tão aterrorizados; saberiam que deles dependem as condições da nova existência, que será feliz ou desgraçada, conforme ao que tiverem feito neste mundo; que desde agora poderão elevar-se tão alto que a recaída no lodaçal não lhes seja mais de temer...]
[... Se não há, reencarnação, só há, evidentemente, uma existência corporal. Se a nossa atual existência corpórea é única, a alma de cada homem foi criada por ocasião do seu nascimento, a menos que se admita a anterioridade da alma, caso em que caberia perguntar o que era ela antes do nascimento e se o estado em que se achava não constituía uma existência sob forma qualquer. Não há meio termo: ou a alma existia, ou não existia antes do corpo. Se existia, qual a sua situação? Tinha, ou não, consciência de si mesma? Se não tinha, é quase como se não existisse. Se tinha individualidade, era progressiva, ou estacionária? Num e noutro caso, a que grau chegara ao tomar o corpo? Admitindo, de acordo com a crença vulgar, que a alma nasce com o corpo, ou, o que vem a ser o mesmo, que, antes de encarnar, só dispõe de faculdades negativas, perguntamos:
1º Por que mostra a alma aptidões tão diversas e independentes das idéias que a educação lhe fez adquirir?
2º Donde vem a aptidão extranormal que muitas crianças em tenra idade revelam, para esta ou aquela arte, para esta ou aquela ciência, enquanto outras se conservam inferiores ou medíocres durante a vida toda?
3º Donde, em uns, as idéias inatas ou intuitivas, que noutros não existem?
4º Donde, em certas crianças, o instinto precoce que revelam para os vícios ou para as virtudes, os sentimentos inatos de dignidade ou de baixeza, contrastando com o meio em que elas nasceram?
5º Po que, abstraindo-se da educação, uns homens são mais adiantados do que outros?
6º Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomardes de um menino hotentote recém-nascido e o educardes nos nossos melhores liceus, fareis dele algum dia um Laplace ou um Newton?
Qual a filosofia ou a teosofia capaz de resolver estes problemas? É fora de dúvida que, ou as almas são iguais ao nascerem, ou são desiguais. Se são iguais, porque, entre elas, tão grande diversidade de aptidões? Dir-se-á que isso depende do organsmo. Mas, então, achamo-nos em presença da mais monstruosa e imoral das doutrinas. O homem seria simples máquina, joguete da matéria; deixaria de ter a responsabilidade de seus atos, pois que poderia atribuir tudo as inperfeições físicas. Se as almas são desiguais, é que Deus as criou assim. Nesse caso, porém, porque a inata superioridade concedida a algumas? Corresponderá essa parcialidade à justiça de Deus e ao amor que Ele consagra igualmente a todas as suas criaturas?
Admitamos, ao contrário, uma série de progressivas existênciasanteriores para cada alma e tudo se explica. Ao nascerem, trazem os homens a intuição do que aprenderam antes: São mais ou menos adiantados, conforme o número de existências que contém, conforme já estejam mais ou menos afastados do ponto de partida. Dá-se aí exatamente o que se observa numa reunião de indivíduos de todas as idades, onde cada um terá desenvolvimento proporcionado ao número de anos que tenha vivido. As existências sucessivas serão, para a vida da alma, os que os anos são para a do corpo. Reuni, em certo dia, um milheiro de indivíduos de um a oitenta anos; supondo que um véu encubra todos os dias precedentes ao em que os reunistes e que, em conseqüência, acreditais que todos nasceram na mesma ocasião. Perguntareis naturalmente como é que uns são grandes e outros pequenos, uns velhos e jovens outros, instruídos uns, outros ainda ignorantes. Se, porém dissipando-se a nuvem que lhes oculta o passado, vierdes a saber que todos hão vivido mais ou menos tempo, tudo se vos tornará explicado. Deus, em sua justiça, não pode ter criado almas desigualmente perfeitas. Com a pluralidade das existências, a desigualdade que notamos nada mais apresenta em oposição à mais rigorosa equidade: é que apenas vemos o presente e não o passado. A este raciocínio serve de base algum sistema, alguma suposição gratuita? Não. Partimos de um fato patente, incontestável: a desigualdade das aptidões e do desenvolvimento intelectual e moral e verificamos que nenhuma das teorias correntes o explica, ao passo que uma outra teoria lhe dá explicação simples, natural e lógica. Será racional preferir-se as que não explicam àquela que se explica...]
Poremos a analisar os fatos racionalmente: Uma família com três filhos sendo um deles cego de nascença e estudando a genética familiar não tendo ocorrência passada; como podemos explicar com a visão científica linear?
O que somos no presente é o reflexo de nosso passado!
A Homeopatia tem por princípio doutrinário que o adoecer está ligado a algum tipo de equívoco, assim o homeopata tem como missão, buscar o ato equivocado ou a idéia errada de ser de cada um.
Ter a consciência de nossos atos equivocados não representa viver do passado, mas construir o presente observando a cada ato, pensamento ou atitude no agora.
Existem clientes que trazem uma história clínica repleta de mágoas, ressentimentos e saudosismo. Arrastam, para o presente, um desagravo ou decepção afetiva ocorrida há muitos anos, fazendo com que estes fatos se tornem inesquecíveis para eles. Conservam seus dissabores e os vivenciam a cada momento. Seus “fantasmas ou medos” do passado, são os responsáveis pelo seu adoecer.
Parágrafo 9: “ Desta forma o espírito dotado de razão que reside em nós (Componente espiritual pensante) pode empregar livremente este instrumento vivo e sadio para atender os mais altos fins de nossa existência” Organon, Samuel Hahnemann
Escreverei em outro texto com um aprofundamento na raiz psicossomática da angústia existencial e da ansiedade que são criações comportamentais desencadeantes de nossos adoecimentos. Mas concluo que, a responsabilidade do que criamos é consequentemente aos sabores ou dissabores que estamos passando. Cabe a cada um de nós a auto- observação diária e constante.
Patricia Jorge Alves
Terapeuta Homeopata
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